Como já disse, não existe cenário realista em que Brasília arde em chamas e você tem água na torneira, energia elétrica, sinal de telefonia, TV à cabo, internet e serviços públicos funcionando normalmente.
O fato de líderes de Estado estarem guardando suas economias, lícitas e ilícitas, em paraísos fiscais também não é um sinal de estabilidade em curto e médio prazo.
Desde o linchamento de Khadafi (relembrando muito o de Mussolini no final da Segunda Grande Guerra) que a segurança de grandes estadistas subiu vários degraus no ranking de risco.
Numa amostra geral de 20 homens comuns e os últimos 20 presidentes norteamericanos a inclinação para probabilidade de ser baleado vai na direção dos chefes de Estado.
Quando é perigoso ser chefe de Estado, quais são os perigos que correm os cidadãos comuns?
A resposta está na razão de pessoas muito ricas decidirem por estocar grandes reservas de dinheiro. Não é pelo conforto, não é para comprar jatinhos e iates de luxo. Isso eles já têm.
Trata-se do poder de controlar armas e pessoas em uma situação de caos social. A China em seus milhares de anos de história já passou por feudalismos ferozes. Na Rússia famílias reais e líderes políticos se exterminaram do início do século XX até os dias atuais.
Na perspectiva ampla dos movimentos históricos, revoluções e convulsões sociais são comuns e recorrentes.
O perigo que corremos, nós cidadãos comuns, é proporcional a nossa dimensão demográfica. Somos muitos diluídos, espalhados por um cenário onde a violência se dissemina e atinge grande capilaridade.
Ir à rua poderá ser tão perigoso quanto ficar em casa. É o que já ocorre nos Estados falidos do Oriente Médio.