(Reflexão sobre as aulas 9 e 10 do curso “Para rir dos maus encontros” com Luiz Fuganti da Escola Nômade de filosofia)
Então, renunciar ao acontecimento em nome de um ideal, ou do ideal, é um modo direto de negar a existência, de rebaixar a vida a uma condição estática, imóvel, como de algo que já não vive.
A estética dos zumbis, metáfora preferida para a causa do fim da civilização, tão presente na literatura e no cinema, representa esse devir que não varia, que não muda, que não é devir, que não é humano. É curioso que nos roteiros dessas fábulas modernas se passe o tempo todo a matá-los e, que mesmo assim, de algum modo eles sempre conseguem se multiplicar mais do que é possível exterminá-los.
O ideal, não existe. Mas, é um não lugar onde nascem infinitos zumbis. Modos de ser que mesmo movendo-se não mudam, não passam, não são capazes de variação alguma.
O ideal é similar a outro personagem muito recorrente na ficção contemporânea. Toda forma de idealização atua como um vampiro do acontecimento. Mesmo não existindo, o ideal suga a alma do acontecimento, pois ele consome a potência, a energia, do que nosso corpo pode.
Pois, mesmo para negar o presente é preciso efetuar sua passagem. É dessa forma que o nada, travestido de ideal, consegue rebaixar a vida como o vampiro que não estando vivo, torna-se capaz de se alimentar da vida para seguir eternamente morto.
O comum, ao contrário do ideal que nega a diversidade e a opulência do acontecimento, dá ao evento o tesouro inesgotável da imanência.
É vida gerando vida. É a potência efetuando a si mesma no acontecimento, na continuidade e na variação que encadeia passado e futuro na extensão do presente.
Entre uma nave espacial e um trem, o comum pode,
O comum e o ideal
(Reflexão sobre as aulas 9 e 10 do curso “Para rir dos maus encontros” com Luiz Fuganti da Escola Nômade de filosofia)
Então, renunciar ao acontecimento em nome de um ideal, ou do ideal, é um modo direto de negar a existência, de rebaixar a vida a uma condição estática, imóvel, como de algo que já não vive.
A estética dos zumbis, metáfora preferida para a causa do fim da civilização, tão presente na literatura e no cinema, representa esse devir que não varia, que não muda, que não é devir, que não é humano. É curioso que nos roteiros dessas fábulas modernas se passe o tempo todo a matá-los e, que mesmo assim, de algum modo eles sempre conseguem se multiplicar mais do que é possível exterminá-los.
O ideal, não existe. Mas, é um não lugar onde nascem infinitos zumbis. Modos de ser que mesmo movendo-se não mudam, não passam, não são capazes de variação alguma.
O ideal é similar a outro personagem muito recorrente na ficção contemporânea. Toda forma de idealização atua como um vampiro do acontecimento. Mesmo não existindo, o ideal suga a alma do acontecimento, pois ele consome a potência, a energia, do que nosso corpo pode.
Pois, mesmo para negar o presente é preciso efetuar sua passagem. É dessa forma que o nada, travestido de ideal, consegue rebaixar a vida como o vampiro que não estando vivo, torna-se capaz de se alimentar da vida para seguir eternamente morto.
O comum, ao contrário do ideal que nega a diversidade e a opulência do acontecimento, dá ao evento o tesouro inesgotável da imanência.
É vida gerando vida. É a potência efetuando a si mesma no acontecimento, na continuidade e na variação que encadeia passado e futuro na extensão do presente.
Entre uma nave espacial e um trem, o comum pode, até na divergência do encontro, produzir o encantador trem espacial.
até na divergência do encontro, produzir o encantador trem espacial.
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