Cuidados aplicados a retomada da prática de Visitas Domiciliares em retorno de uma Pandemia.

15 votos

O Curso de Medicina da Universidade do Oeste Paulista (UNOESTE), permite aos seus acadêmicos o acesso as práticas, por meio do Programa de Aproximação Progressiva a Prática (PAPP).  As visitas domiciliares fazem parte do cotidiano das ações da equipe da Estratégia Saúde da Família (ESF), na qual o estudante de Medicina se insere como membro, vivenciando ações na saúde individual, coletiva, nos processos de trabalho e na educação em saúde e que o Ministério da Saúde define, como o conjunto de ações integradas em saúde que ocorrem no domicílio destinadas à população em geral. Compreende ações articuladas de vigilância à saúde e Assistência Domiciliar. A ESF tem as visitas domiciliares como elemento primordial de assistência à saúde, melhorando a qualidade de vida dos usuários dos sistemas de saúde.

 A inserção dos acadêmicos na Atenção primaria à Saúde, com visitas domiciliares é inserida logo no início da formação dos estudantes, com o intuito de criar vínculos com algumas famílias que abrangem o território destinadas a uma determinada ESF. No entanto, pela continuidade do cenário em que o país se encontrava, com o período de Pandemia por COVID-19, as práticas foram suspensas por questões de segurança.

Ao retornarem as práticas e as visitas domiciliares, como base nas determinações governamentais instituídas pelo Governo Estadual, juntamente com a Comissão Permanente de Prevenção à COVID-19 da universidade, seguindo os Decretos, discorre que os cursos da área da saúde tiveram o retorno de suas atividades 100% presenciais. Os acadêmicos demonstraram satisfação em retomar ações de criação de vínculos de respeito e confiança com usuários do Sistema Único de Saúde (SUS) e com seus familiares, conforme os preceitos da Política Nacional de Humanização (PNH), apostando no Protagonismo do Usuário SUS. No entanto, por causa da Pandemia COVID-19, as práticas foram suspensas temporariamente, por motivos de segurança.

Salientando que foi seguindo as recomendações da Organização Mundial de Saúde (OMS) como a utilização de equipamentos de proteção individual (EPIs), sendo eles: máscara, álcool em gel 70% e jaleco. Algumas outras medidas também foram adotadas como a higienização de materiais utilizados em cada visita, manter o distanciamento social, bem como a redução do número de alunos que participam de um mesmo grupo, visando a biossegurança tanto dos alunos quanto dos pacientes de abrangência.

Importante ressaltar que este foi meu primeiro contato com a visita domiciliar. Dentre as atividades práticas que realizamos foi a aferição de Pressão Arterial (PA), análise do ambiente da residência, avaliação do estado geral do paciente. E principalmente informações, orientações quanto a prevenção do COVID-19, o aconselhamento em prol da vacinação e seus benefícios, bem como as orientações pós-vacinação que devem ser mantidas até que seja administrado as próximas doses da vacina, independente disso as medidas de segurança devem ser mantidas.

As práticas são de extrema importância, pois nos dão oportunidades para entendermos o princípio da Integralidade, além de nos proporcionar o aprendizado do princípio da Equidade. Dessa maneira, aprendemos a “dar mais atenção” ao usuário SUS que mais necessita dela, no território da ESF.

Portanto, no que refere-se à formação médica dos estudantes, percebemos que surgem nas visitas domiciliares, oportunidades de associar teoria à prática, com Ampliação da Clínica e migração do Modelo Biomédico para o Biopsicossocial, muito mais abrangente e mais resolutivo, pois analisa as “Necessidades de Saúde” das pessoas que residem na Comunidade ligada à ESF. Quando analisamos “Condições de Vida, Acesso às Tecnologias que Prolongam a Vida, criamos Vínculos de Respeito e Confiança com Usuários SUS e estimulamos sua Autonomia na Maneira de Andar a Vida” estamos realmente criando ambientes saudáveis nas Unidades de Saúde e adquirindo experiências para nossa futura profissão.

Referência:

BRASIL, Ministério da Saúde. Atenção Primária à Saúde. Brasília – DF, 2020. Disponível em:https://bvsms.saude.gov.br/bvs/publicacoes/atencao_domiciliar_primaria_saude.pdf. Acesso em: 31 de outubro 2021.