Ações de Educação em Saúde e prevenção da gravidez na adolescência são realizadas por estudantes
Estudantes do Curso Médico do Programa de Aproximação Progressiva à Prática da Universidade de Oeste Paulista (PAPP/FAMEPP/UNOESTE), organizaram, em conjunto com trabalhadores da saúde da ESF, um Plano de Ação, a partir das Necessidades de Saúde que emergiram de um território de Saúde, ligado a uma Estratégia Saúde da Família (ESF), com foco na sexualidade e prevenção de gravidez na adolescência, em Presidente Prudente, no interior de SP.
O Ministério da Saúde (MS), por meio do Ministério da Mulher, Família e Direitos Humanos (MMFDH) sugere que sejam realizadas ações para conversar com as pessoas sobre as medidas preventivas e educativas ligadas à redução da incidência da gravidez na adolescência. Este é um problema de interesse para a saúde pública.
Acadêmicos Médicos, estimulados pelas Facilitadoras do PAPP/FAMEPP/UNOESTE, organizaram uma Roda de Conversa, com os adolescentes que residem no terrirório ligado à ESF.
Após a execução do Plano de Ação, a docente utilizou o Arco de Maguerez com os estudantes para estimular a “Reflexão na Ação”.
Estudantes consideraram que o novo coronavírus contribuiu para diminuir a procura dos adolescentes pelas ESFs, ligadas ao Sistema Único de Saúde (SUS).
Acadêmicos consideraram que a gravidez na adolescência pode interromper “projetos de vida”, podendo causar prejuízos econômicos e sociais para os adolescentes. Os usuários do SUS podem se tornar mães e pais precocemente, o que pode trazer riscos à saúde do bebê e da mulher. A Facilitadora considerou que os profissionais de saúde da ESF podem realizar o atendimento de adolescentes, informando a esse grupo de usuários SUS sobre os cuidados em saúde necessários a essa fase de vida, disponibilizando, de forma gratuita, os métodos contraceptivos.
Após a busca em referências confiáveis, estudantes médicos consideraram que o Brasil apresenta, na atualidade, a maior taxa de mães adolescentes da América Latina.
A Facilitadora considerou que, segundo a Organização Pan-Americana da Saúde/Organização Mundial da Saúde (OPAS/OMS), na América Latina e no Caribe a taxa de gravidez por 1.000 nascidos de mulheres entre 15-19 anos é estimada em 65,5 nascimentos, e no Brasil esse número chega a 68,4. Nosso país apresenta uma taxa de gravidez na adolescência acima da média latino-americana, embora o Brasil tenha apresentado avanços nas últimas duas décadas.
Acadêmicos consideraram que, entre 2000 e 2019, de acordo com o registro no Sistema de Informações de Nascidos Vivos (SINASC), ocorreu uma redução de 55% no número de bebês nascidos de mães adolescentes (15-19 anos), graças ao excelente trabalho desenvolvido pelos Profissionais de Saúde do SUS, que teve papel fundamental nessa redução.
Houve a ampliação da cobertura nos serviços que abordam a sexualidade responsável e planejamento familiar. Foram colocados em prática, alguns programas específicos para a saúde da mulher, da gestante, dos adolescentes, além de serem disponibilizados, gratuitamente, métodos contraceptivos nas ESFs.
Estudantes consideraram a importância de serem oferecidas à população de adolescentes e jovens, ações educativas relacionadas à sexualidade responsável, à promoção da saúde, prevenção das Infecções Sexualmente Transmissíveis (ISTs) e à gravidez precoce.
Acadêmicos sinalizaram que existem nove métodos contraceptivos que ajudam no planejamento familiar, que são oferecidos pelo SUS, gratuitamente para os adolescentes. São eles: anticoncepcional injetável mensal; anticoncepcional injetável trimestral; minipílula; pílula combinada; diafragma; pílula anticoncepcional de emergência (ou pílula do dia seguinte); Dispositivo Intrauterino (DIU); preservativo feminino e preservativo masculino.
Os participantes consideraram como positiva a ação de Promoção à Saúde realizada na área de abrangência da ESF.
Referência:
Referência:
Desigualdade social aumenta risco de gravidez na adolescência.
Disponível em:
https://www.google.com/url?sa=t&source=web&rct=j&url=https://www.medicina.ufmg.br/desigualdade-social-aumenta-risco-de-gravidez-na-adolescencia/&ved=2ahUKEwiu9aDu5Yz0AhWKqpUCHbEkAr4QFnoECCsQAQ&usg=AOvVaw0ffW2MhCERoj5r0a1w51ET
Acesso em 10 11 2021, às 19h 30min.
Por Alex Wander Nenartavis
Excelente relato, Professota Talita Franco.
Embora tenha apresentado redução nos índices de gravidez na adolescência nos últimos anos, o nosso país ainda está acima da média global. O Brasil registra altas taxas de gravidez precoce em relação a outros países, principalnente entre as faixas etárias mais baixas. O Ministério da Saúde exibe resultados, reunidos pelo Fundo de População das Nações Unidas (UNFPA), afirmando que existem mais de 19 mil bebês nascidos vivos por ano, de mães com idade entre 10 a 14 anos, no Brasil. No dia 26 de setembro, comemora-se o Dia Mundial da Prevenção à Gravidez na Adolescência. É muito importante realizar ações como esta, citada neste relato. A informação e a educação integral em sexualidade precisam ser utilizadas como ferramentas para prevenir a gravidez precoce. É também, muito necessário discutirmos com estudantes médicos, as violências e abusos contra adolescentes e meninas, em nosso país.
Congratulações!