O Uso da simulação como estratégia de habilidades da Comunicação na relação médico-paciente

9 votos

A Organização Mundial da Saúde (OMS) coloca o câncer (CA) na atualidade representando um problema de saúde pública. Estima -se  que  até 2025, aproximadamente 20 milhões de casos novos de câncer aumente na próxima década  nos países em desenvolvimento.

Neste sentido trabalhar com a sensibilização e orientação das mulheres usuárias do SUS exige dos profissionais da saúde e dos futuros médicos habilidades de comunicação assertiva, para que de fato a orientação sobre o exame aconteça e que os exames de prevenção sejam efetivados.

Para tanto, os professores do PAPP (Programa de Aproximação Progressiva à Prática) e da disciplina de Comunicação em Saúde, do Curso Médico da Universidade do Oeste Paulista (FAMEPP/UNOESTE) desenvolveram uma atividade de simulação, na qual o cenário desenvolvido foi de estimular habilidades de comunicação no convencimento de uma usuária do SUS para realização do exame Papanicolau. A usuária (Lívia, nome fictício), 35 anos, mãe de três filhos, e até então nunca havia realizado o exame Papanicolau. De acordo com o caso hipotético a usuária nunca havia realizado o exame por medo, pois em conversar com as amigas todas disseram que era um exame doloroso.

O objetivo da simulação foi para que os acadêmicos de medicina exercitassem e ou desenvolvessem as habilidades de comunicação relacionadas às orientações humanizadas com foco de prevenção à saúde da mulher, enfatizando neste caso o estímulo a realização do exame preventivo de Papanicolau.

A simulação contou com a produção de um cenário, com a participação de atriz que representava a usuária do SUS. Ela recebeu um roteiro elaborado pelos tutores responsáveis da simulação, com as possíveis perguntas que os estudantes poderiam fazer para essa paciente.

Os facilitadores tinham em mãos, um “check list”, para registro de fragilidades e fortalezas em relação às habilidades esperadas. Após a simulação, foi utilizado o Arco de Maguerez para estimular reflexão na ação.

Os acadêmicos que participaram ativamente como protagonistas da simulação juntamente com os demais colegas, relataram que a atividade foi de extrema importância e que de fato os aproximou da realidade em perceber o quanto as habilidades de comunicação servem como estratégia de sensibilização e aproximação do médico –paciente, principalmente quando se trata de assuntos de maior complexidade como cuidados com a saúde intima.

Os tutores consideraram ainda que, as discussões com os acadêmicos são muito importantes, e devem se fazer contínua nas Estratégias de Saúde da Família ESF, de modo que as mulheres encontrem à sua disposição uma rede de serviços adequada e capaz de suprir suas Necessidades de Saúde.

 

Referências:
Conhecimento e prática do exame Papanicolau entre estudantes de escolas públicas do período noturno.
Disponível em:
https://www.google.com/url?sa=t&source=web&rct=j&url=http://reme.org.br/artigo/detalhes/1217&ved=2ahUKEwjor__63oz4AhV2uZUCHWn6CdAQFnoECAQQAQ&usg=AOvVaw1qeTnJo-7HK45gYL_F69xQ
Acesso em 01 06 2022, às 20h 28min.