GRUPO OPERATIVO DO ACCR SE REUNE PARA RETOMADA DO TRABALHO
No dia 29 de outubro aconteceu a 5ª reunião do Grupo Operativo para Implantação do ACRR nos hospitais de urgência e emergência do Estado do Piauí, com o objetivo de qualificar o atendimento, identificando os usuários que necessitam de tratamento imediato, de acordo com o potencial de risco, agravos à saúde ou grau de sofrimento.
O evento contou com a presença de apoiadores da Política Municipal e Estadual de Humanização, e de consultores do MS, e apresentou a seguinte pauta: apresentação do protocolo revisado do Hospital de Urgência de Teresina; inclusão da Rede Cegonha e RAPS no ACCR; elaboração do manual para Implantação desse dispositivo nos hospitais e indicação do novo coordenador do grupo.
Annatália, consultora do MS, abriu a roda de conversa enfatizando a retomada das atividades do grupo, após a paralisação das suas ações, com a saída da enfermeira Clara leal da coordenação, para assumir a Direção do Hospital Dirceu Arcoverde no município de Parnaíba. Na sequência, Renato Douglas, enfermeiro do HUT, fez a apresentação do protocolo do ACCR da unidade, seguido de um debate para esclarecimento das dúvidas.
Emília fez um paralelo entre os dois protocolos, destacando que o modelo de Manchester classifica cinco níveis de cuidado, definindo as prioridades de atendimento, enquanto que o do HUT apenas quatro níveis.
Annatália convocou as redes temáticas a aderirem ao protocolo que deverá ser único para o atendimento de urgência e emergência, incluindo as suas ações que por acaso não estejam contempladas. Informou que o Protocolo de Manchester foi pactuado no HUT, porém, até à sua aprovação definitiva, iremos trabalhar com o protocolo revisado em uso.
Soraya, apoiadora da Rede Cegonha, informou uma reunião programada para o dia 06, na qual será discutido o atendimento da criança. Informou ainda, que vai contactar com o grupo condutor e logo fornecerá uma prazo para apresentação das sugestões.
Annatália chamou atenção do grupo para definição do Coordenador e elaboração do manual do ACCR. Por unanimidade Renato foi indicado para coordenar o grupo, e que contará com o apoio da Maria Vieira, Ioli e Emília, na mobilização dos integrantes do grupo, elaboração dos relatórios dos encontros e divulgação dos movimentos produzidos, na Rede HumanizaSUS, dentre outros apoios.
Em seguida procedeu-se o debate sobre as estratégias para a elaboração do manual do ACCR para implantação nos hospitais. Ficou definido que o documento constará dos seguintes itens: Introdução, Justificativa, Metodologia, Conceituação, Capacitação, Ambiência, Recursos Humanos, Atribuições, Definição de Fluxo, Pactuação e Redes.
Emília fez uma abordagem sobre a Rede HumanizaSUS, ressaltando a potência da rede para o debate e compartilhamento das iniciativas bem sucedidas do SUS, e convidou os apoiadores para se apossarem mais deste espaço.
Como encaminhamento, foi agendado um novo encontro para o dia 08 de novembro, às 9h00 no Hospital de Urgência de Teresina-HUT, com o intuito de iniciar a construção do manual em destaque.
Por deboraligieri
Cara Emília.
Essa é daquelas postagens que a gente lê e pergunta: por que ninguém pensou nisso antes? Importantíssima a questão de identificar uma urgência maior num atendimento como forma de garantir tanto a saúde como a dignidade do cidadão, ao evitar que fique esperando por um atendimento de que necessita imediatamente. Acredito que aplicar técnicas para identificação desses casos seja de grande valia, pois ajuda tanto o atendido quanto os prestadores do atendimento.
Fiquei curiosa em relação aos protocolos: em alguns deles existe a previsão ou indicação do teste da ponta do dedo, principalmente para crianças, para a detecção de diabetes, em casos com ou sem suspeita da doença? Publiquei um texto de um pediatra sobre o assunto no meu blog, que falava justamente sobre a dificuldade de se detectar o diabetes em crianças desidratadas, que muitas vezes acabam recebendo erroneamente soro glicosado (houve um óbito em função disso aí no Estado do Piauí ano passado): https://deboraligieri.blogspot.com.br/2013/10/por-que-ocorre-falha-no-diagnostico-de.html
Na verdade, acho que o índice glicêmico deveria ser aferido logo no início do atendimento, juntamente com a verificação da temperatura, pressão e freqüência cardíaca.
Se houver algo sobre a indicação do teste da ponta do dedo, gostaria muito de saber Emília, e se possível utilizar como exemplo e modelo para outros Estados do Brasil, porque em muitos casos o teste de glicemia é o que pode garantir se o paciente (muitas vezes crianças) vai viver ou não.
Grande abraço!