Esclerose Lateral Amiotrófica (ELA): filhas, parentes e amigos tentam arrecadar recursos.
A fé aliada à medicina se tornou o estímulo para a família de Elaine Aparecida Martins, de 45 anos, na busca por condições que possibilitem um tratamento alternativo na rede particular contra a Esclerose Lateral Amiotrófica (ELA), doença degenerativa que ataca o sistema neurológico. Filhas, outros parentes e amigos tentam arrecadar recursos para que Elaine faça o tratamento em Uberlândia.
Elaine Aparecida Martins está internada no Hospital São José, em Ituiutaba, há 60 dias, sendo que há 50 dias está na Unidade de Tratamento Intensivo (UTI). Ela respira com ajuda de aparelhos, se comunica somente através da escrita e, por enquanto, não tem previsão de alta.
As filhas de Elaine, Esther e Stephânia, percorrem as ruas de Uberaba arrecadando dinheiro que possibilite o tratamento adequado em Uberlândia.
Desde que campanha começou, já conseguiram arrecadar cerca de R$ 5 mil. Para o tratamento na rede particular ainda precisam de pelo menos R$ 30 mil. Por isso, ações também estão acontecendo em Ituiutaba, onde Elaine está internada atualmente.
“Tentamos arrecadar dinheiro na escola, mas infelizmente foi muito pouco, e através de campanha no Facebook também. O tratamento é de urgência e minha mãe precisa muito. Decidimos vir para a rua para mobilizar a maior quantidade de pessoas possível”, disse Stephânia Martins Trindade.
A campanha é feita com cartazes e camisas personalizadas. O local escolhido são os semáforos. Lucas Mota Souza se diz orgulhoso por contribuir no tratamento da mãe da amiga. “Ajudei com o que eu podia junto com minha família e com amigos. Estou fazendo minha parte e vou continuar enquanto ela precisar”, disse.
O músico Rogério Izamar é sobrinho de Elaine, e destaca que a solidariedade deverá ser constante, pois o tratamento é só a primeira etapa de uma recuperação que requer muita esperança.
“O médico mesmo falou para nós que ela precisará de ajuda 24h por dia, então ela precisa de fisioterapeuta todo dia, fonoaudióloga e até nutricionista, pois ela está muito magra. A família está desamparada, pois é tudo novo para nós. Não sabemos como proceder, mas graças a Deus temos muitos amigos que estão nos ajudando”, afirmou.
O namorado de Elaine, Jamir Queiroz, recorda que a demora no real diagnóstico piorou o quadro de Elaine. “Há três anos e meio ela foi diagnosticada com Acidente Vascular Cerebral (AVC), perdeu a voz e ficou com muita dificuldade de engolir alimentos e foi piorando o quadro. Os médicos continuaram tratando como se fosse AVC, mas como não se trata de uma doença que evolui, eles ficaram preocupados e com medo de ter algo errado. Depois de um certo tempo ela foi diagnostica com Esclerose Lateral Amiotrófica”, recordou.
Interessados em colaborar podem entrar em contato com a família da paciente pelo telefone: (34) 9772-3124.
https://g1.globo.com/minas-gerais/triangulo-mineiro/noticia/2015/07/filhas-fazem-campanha-em-ruas-para-tratamento-da-mae-em-mg.html
