AÇÃO LÚDICA SOBRE TERRITORIALIZAÇÃO COMO INSTRUMENTO DO PLANEJAMENTO NA ATENÇÃO BÁSICA

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Oficina territorializaçãoOficina Territorialização

 

 

Oficina Territorializacao

Os facilitadores do Curso Médico da Universidade do Oeste Paulista, no Campus de Presidente Prudente (FAMEPP/UNOESTE) se organizaram para estimular estudantes a compreenderem e terem aptidão para discutir o conceito de território e sua utilização na Estratégia Saúde da Família (ESF). Acadêmicos do termo 2, participaram de uma ação lúdica, organizada, na Semana Integradora de Disciplinas, no Campus de Presidente Prudente, com foco no Acesso às Tecnologias que Prolongam a Vida. Os acadêmicos adentraram uma grande sala, previamente dividida em quatro “micro-áreas”, com algumas situações de risco representadas por “lixão a céu aberto”, desafios/barreiras como um “rio, associado a riscos de enchentes”, além de situações de “apoio social”, como “creches, escolas e Centros de Referência em Assistência Social (CRAS)”.  Os estudantes foram convidados a se sentar nas cadeiras e, desta maneira, fazerem parte da comunidade local. Em cada cadeira havia identificação de hipertensos, diabéticos, gestantes, portadores de necessidades e outras condições. Na mesa do docente, havia a identificação da equipe de saúde que atua no território ligado à ESF simulada. Os facilitadores questionaram os estudantes se eles já pararam para pensar sobre o significado da palavra território e porque as equipes de saúde na Atenção Básica atuam em territórios geograficamente delimitados. Também questionaram sobre qual seria a razão de estudarmos o território de atuação das equipes e porque as equipes deveriam se preocupar não só com as pessoas, mas com o território onde elas habitam. Estudantes chegaram à conclusão de que cada território tem as suas particularidades, que configuram diferentes perfis demográficos, epidemiológicos, econômicos, sociais, culturais e políticos, os quais se encontram em constante transformação. Dessa maneira, a atuação das equipes de saúde sobre cada território tem que considerar esses perfis, se apropriar dessas características, precisam dialogar com os atores, para terem poder de atuação sobre a realidade onde atuam e à qual também pertencem. Os docentes buscaram conceituar o território em saúde, com os estudantes, na atividade lúdica, em uma concepção ampliada. Dessa maneira, consideraram o território como um lugar de entendimento do processo de adoecimento, em que as representações sociais do processo saúde-doença envolvem as relações sociais e as significações culturais (de acordo com Minayo, 2006). Entenderam o território como sendo o resultado de uma acumulação de situações históricas, ambientais e sociais que promovem condições particulares para a produção de doenças (Barcellos et al, 2002). Entenderam o território como muito mais que uma extensão geométrica, apresentando um perfil demográfico, epidemiológico, administrativo, tecnológico, político, social e cultural, que o caracteriza e se expressa num território em permanente construção (Mendes, 1993). Com suas singularidades, entenderam que o território é um espaço com limites que podem ser político-administrativos ou de ação de um grupo de atores sociais.  O Arco de Maguerez foi utilizado para estimular Reflexão na Ação. Os acadêmicos consideraram como positiva a ação lúdica desenvolvida na Semana Integradora de Disciplinas, no Curso Médico da Universidade do Oeste Paulista, no Campus de Presidente Prudente.

Referências:
TERRITORIALIZAÇÃO COMO INSTRUMENTO DO PLANEJAMENTO LOCAL NA ATENÇÃO BÁSICA.
Disponível em: https://ares.unasus.gov.br/acervo/html/ARES/13957/1/TERRITORIALIZACAO_LIVRO.pdf

Acesso em 10 05 2022, às 17h 12min.