Benefícios da fisioterapia em pacientes com doença renal crônica

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A doença renal crônica (DRC) é a perda progressiva e irreversível da função dos rins. É considerada um sério problema de saúde pública mundial, devido a sua elevada prevalência, ao seu impacto na morbimortalidade dos indivíduos acometidos e pelos elevados custos para a saúde pública, de aproximadamente 1,4 bilhões de reais no Brasil. (Cesarino et al., 2013; Gonçalves et al., 2015; Mello e Moreira, 2016). A Hipertensão e diabetes mellitus seguem como as principais causas de DRC, levando à falência renal e à necessidade de terapia renal substitutiva. Podem estar implicadas outras etiologias como glomerulonefrites crônicas, obstrução do trato urinário, lesões renais de causa hereditária (rim policístico) e uso de medicamentos, como o uso prolongado de antiinflamatórios não esteroidais. (Gonçalves et al., 2015). O envelhecimento da população, a urbanização crescente e a adoção de estilos de vida pouco saudáveis, como sedentarismo, dieta inadequada e obesidade são os grandes responsáveis pelo aumento da incidência e prevalência do diabetes e hipertensão em todo o mundo e consequentemente um maior número de doentes renais crônicos. Além disso, deve-se ressaltar que a DRC é silenciosa e na maioria dos casos a doença só é diagnosticada na fase avançada, quando não pode mais ser detida (Dutra et al., 2014; Magalhães e Goulart, 2015; Amador et al., 2016, Sesso et al., 2016).  A doença renal vem ao longo dos anos acometendo um número cada vez maior de pessoas. De acordo com dados do United States Renal Data System (2014), nos Estados Unidos da América, a Doença Renal Crônica atinge 13,6% da população adulta.Exercícios físicos durante a HD evidências sugerem que programas de exercícios físicos de baixa intensidade, adequadamente prescritos e realizados durante a HD, são necessários na reabilitação da DRC e são salutares para os pacientes,gerando benefícios para os mesmos, tanto no âmbito funcional e físico quanto no psicossocial.

A presença do fisioterapeuta nos centros de diálise é reforçada pela diversidade de alterações músculo-esqueléticas nos pacientes, pois este profissional é capaz de contribuir de forma significativa na prevenção,no retardo da evolução e na melhoria de várias complicações apresentadas pelo paciente renal.
Contudo,a literatura demonstra que diferentes tipos de treinos têm sido realizados com pacientes em HD: aeróbico,de resistência e a combinação de ambos, não havendo,ainda, consenso sobre qual o melhor tipo.Quanto ao exercício físico prescrito para musculatura respiratória no presente estudo, Moreno et al.(2005) corroboram, afirmando que treinamento de membros superiores e cintura escapular tem sido considerado fundamental no programa de reabilitação pulmonar, com interferência positiva e reabilitadora nas limitações deste sistema. Além disso, sabe-se que com o treinamento da musculatura respiratória é observada maior capacidade ao exercício físico e maior tolerância à fadiga.