Trabalho realizado na disciplina Humanização da Saúde, do Mestrado Profissional de Ensino na Saúde, da Faculdade de Medicina da Universidade Federal de Alagoas (MPES-FAMED-UFAL).
Autoria:
Everson dos Santos Melo (Psicólogo CRP 15/3657/ Coordenador NASF da Sec. Mun. Saúde Palmeira dos Índios/, Mestrando em Ensino na Saúde – MPES/FAMED/UFAL)
Elza Marculino Duarte – Bióloga – Docente da faculdade SEUNE, Mestranda em Ensino na Saúde – MPES/FAMED/UFAL.
Maria Izabel de Mendonça Alves – Odontóloga – Professora do Centro Universitário –CESMAC, Mestranda em Ensino na Saúde – MPES/FAMED/UFAL.
Shirleide Martins Cavalcante de Morais – Enfermeira/Farmacêutica – Funcionária Publica, Mestranda em Ensino na Saúde – MPES/FAMED/UFAL
Sérgio SeijiAragaki (coord.) – MPES-FAMED-UFAL
Cristina Camelo de Azevedo (coord.) – MPES-FAMED-UFAL
O trabalho foi realizado no dia 12/07/2018 pelos discentes supracitados na aula da disciplina “Humanização da saúde”, onde foi, inicialmente, apresentado à turma um trecho de um caso clínico, ilustrando o diálogo entre uma usuária e uma atendente em um serviço de saúde. Com base no caso foram colocadas as seguintes perguntas para a turma refletir sobre acolhimento:
■ O que é acolhimento para você?
■ Como realizamos o acolhimento?
■ O que você entende sobre escuta qualificada?
■ Que profissionais estão na “linha de frente” do acolhimento?
■ O que ofertamos no acolhimento?
Em seguida, a turma foi dividida em três grupos e a eles foi entregue um caso clínico, com três cenas, ilustrando a “peregrinação” de uma usuária com câncer de mama, residente em uma cidade do interior, por vários serviços de saúde, tendo dificuldades de acesso desde a consulta com especialista, passando pela realização de exames, chegando a cirurgia para retirada de mama e, posteriormente, à quimioterapia.
O caso ilustra ainda o deslocamento que a usuária precisa fazer para a capital, a demora para iniciar o tratamento, além do impacto emocional e econômico que o processo de adoecimento gera. Sendo que estes últimos em nenhum momento foram considerados ao longo dos atendimentos recebidos pela usuária.
Depois de um tempo para cada grupo fazer leitura e reflexão do caso clínico, articulando-o com as diretrizes de acolhimento e redes, foi apresentado aos demais o que discutiram e quais as reflexões que o caso suscitou acerca dos problemas observados, bem como as possíveis alternativas para minimizá-los.
As falas trazidas evidenciaram que os problemas no acolhimento e na organização das redes são complexos, trazendo grandes prejuízos aos usuários que tentam acessar os serviços de saúde.
Por outro lado, ficou claro também que as diretrizes da PNH “acolhimento e redes” são indissociáveis e complementares, representando uma maior responsabilização e interesse pelas demandas e necessidades dos usuários, buscando resolutividade no atendimento dessas. Além disso, denotam maior organização e melhor comunicação entre os “nós” da rede, compreendendo as relações inter e intrassetoriais.
https://redehumanizasus.net/conversando-sobre-acolhimento-e-redes-de-producao-a-saude
Por Maria Izabel
Olá pessoal,
Realmente foi um dia maravilhoso, a roda de conversa trouxe muitas falas e reflexões. Durante a roda trabalhamos algumas perguntas disparadoras sobre ACOLHIMENTO, o mais importante não é a busca pela definição correta de acolhimento, mas a clareza e explicitação da noção de acolhimento que é adotada ou assumida situacionalmente por atores concretos, revelando perspectivas e intencionalidades,poderíamos dizer, genericamente, que o acolhimento é uma prática presente em todas as relações de cuidado, nos encontros reais entre trabalhadores de saúde e usuários, nos atos de receber e escutar as pessoas, podendo acontecer de formas variadas (“há acolhimentos e acolhimentos”). Quanto as rede de serviços em saúde, estas tem como desafio a construção de sistemas integrados de saúde que se articulem em todos os níveis de atenção à saúde, e de forma inter federativa mais harmônica possível. Por esta razão, os debates em torno de uma maior integração nos serviços de saúde têm se intensificado. Vamos todos juntos lutarmos por uma saúde mais humanizada,acolhedora e com uma rede de serviço mais resolutiva e integrada!
AbraSUS!