Estudantes do Curso Médico utilizam a Metodologia Ativa da Problematização para construir Planos de Ação, criando ambientes saudáveis para trabalhadores de um presídio, no Território de Saúde de uma ESF do interior Paulista.

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A Faculdade de Medicina da UNOESTE insere seus estudantes como membros das equipes interdisciplinares em sete ESFs, localizadas em duas cidades na Região da Alta Sorocabana. Os planos de ação, estimulados por facilitadores, emergem da Epidemiologia em Saúde encontrada nos territórios. Os acadêmicos, a partir da análise da Saúde da População Privada de Liberdade, que reside nos complexos prisionais da cidade, entenderam, a partir das diretrizes e princípios do HumanizaSUS, que seria importante a criação de ambientes saudáveis para os trabalhadores de uma unidade prisional da cidade de Presidente Prudente. Organizaram, juntamente com a Secretaria de Saúde local e Associação de Apoio ao Paciente Renal Crônico- CARIM, uma atividade de cálculo de IMC, realização de testes de glicemia e mensuração de Pressão Arterial e Circunferência abdominal para os trabalhadores.

Os acadêmicos, com a utilização do Arco de Maguerez, conseguiram entender que a humanização pode ser encarada como a valorização dos trabalhadores, no processo de produção de saúde. A responsabilidade compartilhada foi valorizada pelos estudantes, que criaram vínculos solidários com os trabalhadores da Unidade Prisional. A participação coletiva nos processos de gestão e de produção de saúde também foi destaque na Roda de Conversa que precedeu a ação.

Os estudantes se sentiram responsáveis pela produção de mudanças nos modos de gerir e cuidar dos trabalhadores no território de Saúde da ESF.  A  Politica Nacional de Humanização- PNH quer estimular a comunicação entre trabalhadores da saúde e trabalhadores com potencial para ouvirem queixas de usuários relacionadas à sua saúde. A finalidade é a de construir processos coletivos de enfrentamento de relações de poder. Estas relações interferem na criação de vínculos de confiança, melhoram o ambiente de trabalho e produzem práticas humanizadoras. Essas práticas potencializam autonomia e corresponsabilidade dos profissionais de saúde e dos usuários do SUS no cuidado consigo mesmos. Os participantes consideraram como produtivo o Plano de Ação que emergiu das necessidades de saúde dos trabalhadores de uma Unidade Prisional no Município de Presidente Prudente, SP.

 

Referências:
O trabalho no cárcere: reflexões acerca da saúde do agente penitenciário. Disponível em:
https://www.google.com/url?sa=t&source=web&rct=j&url=https://www.scielo.br/pdf/reben/v68n2/0034-7167-reben-68-02-0235.pdf&ved=0ahUKEwjF4r-AlIbcAhVHEZAKHYW2Cw0QFgglMAI&usg=AOvVaw2j5MkKSKsKW7wTsF0Nv53A