Formação em Saúde Mental no Centro Psiquiátrico Judiciário

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No dia 07/04/2022 ocorreu o primeiro momento de formação no Centro Psiquiátrico Judiciário de Alagoas.

O evento ocorreu sob a coordenação da médica psiquiatra Tainá de Carvalho,  que compõe a equipe de saúde do local é docente da Residência em Psiquiatria da Universidade Estadual de Ciências da Saúde e da Universidade Federal de Alagoas.

Estiveram presentes profissionais da equipe de saúde, de segurança, higienização, assistência social e da direção da unidade.

Houve publicação de matéria na página do governo estadual, a qual pode ser acessada no link a seguir:

https://alagoas.al.gov.br/noticia/cpj-debate-relacao-de-profissionais-e-atendimento-a-pacientes-psiquiatricos

O psiquiatra Francisco Machado trouxe informações e questionamentos a respeito dos sentidos de loucura através da história e de como as pessoas eram tratadas no passado. Apresentou e discutiu a respeito dos hospitais psiquiátricos e de como eram e são utilizados como espaços de exclusão e anulação das subjetividades.

O psicólogo e professor Sérgio Aragaki, membro da Rede HumanizaSUS e do Fórum de Saúde Mental de Maceió, compartilhou informações a respeito da Reforma Psiquiátrica, dos dispositivos substitutivos aos manicômios, provocando questionamentos a respeito de como os modos de entender e de cuidar coproduzem a saúde de quem está encarcerado e de quem trabalha nos locais. Adicionou informações sobre as Conferências de Saúde Mental, convidando as pessoas presentes para formularem propostas para melhoria do trabalho relacionado a pessoas em conflito com a lei.

A enfermeira Mariana Marza, especialista em saúde mental,  compartilhou informações a respeito da distinção e confusão entre agressividade e agitação. Ressaltou que há possibilidades de agir antes da crise, dado exemplos a respeito. Ao final falou dos tipos de contenção que eram e continuam sendo utilizadas em alguns locais (hospitais psiquiátricos, hospitais gerais, presídios, CAPS), mas que poderiam ser, em muitos casos evitadas.

Foi um evento bastante rico, com proposta de continuidade para melhoria do trabalho realizado no local, enquanto existir e não for substituído por outros modos de cuidar de pessoas em conflito com a lei e que necessitam de internação em Alagoas.