GUIA PRÁTICO NUTRICIONAL PARA PACIENTES RENAL CONSERVADOR

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APRESENTAÇÃO

A Nutrição correlacionada ao tratamento de pacientes com doença renal no estado conservador é essencial, sendo que o tratamento conservador é feito quando o paciente não necessita de diálise, e consiste em acompanhamento para retardar a progressão da doença, a intervenção deve ser realizada por médicos nefrologistas e nutricionistas especialistas em renal. ISSN 1678-0817 Qualis B2 Revista Científica de Alto Impacto. O tratamento da terapia nutricional busca trazer melhores resultados ao paciente, de maneira na qual traga um estilo de vida mais cômodo ao estado atual. O Guia prático tem como objetivo ajudar pacientes renais conservadores, trazendo informações baseadas em evidências científicas, buscando uma maneira lúdica e de fácil entendimento para o público alvo.

O QUE É DOENÇA RENAL?

É quando os rins perdem a capacidade de exercer suas funções regulatórias, excretóriase endócrinas, ocorrendo o comprometimento de todos os órgãos do corpo humano, principalmente em decorrência do acúmulo no organismo de toxinas provenientes do próprio metabolismo, gerando o estado de uremia e suas complicações. (DE SOUZA, 2010) A insuficiência renal, ocorre uma deterioração repentina (aguda) ou gradual (crônica). A confirmação do diagnóstico é feita com o auxílio de exames bioquímicos específicos , e seu tratamento pode ser medicamentoso, por meio da adequação de dieta, diálise e transplante renal. (DE SOUZA, 2010)

RELAÇÃO DA NUTRIÇÃO COM A DOENÇA

O aspecto nutricional é considerado relevante para a qualidade de vida do paciente renal conservador. O objetivo é manter e estabelecer o melhor estado nutricional possível, além de retardar a progressão da doença promovendo ajuste ou minimizando os distúrbios hidroeletrolíticos e complicações metabólicas, a nutrição leva melhorias no cenário terapêutico evitando a desnutrição e regularizando o sistema imune, assim reduzindo a mortalidade. A Terapia nutricional mostra importante para acompanhar o estado nutricional e avaliar as necessidades nutricionais e complicações dos pacientes, na qual são condições clínicas de comorbidade e da gravidade da disfunção renal. O estágio de lesão renal aguda (LRA) é quem determina a direção da terapia nutricional. Além disso, compreensão de micro e macronutrientes levam a modificações e alterações de eletrólitos e vitaminas que devem ser introduzidas e são vitais para resultados positivos nesses pacientes. (DA SILVA CARDOSO, 2013)

EXAMES BIOQUÍMICOS DE PERFIL RENAL

Concentração de creatinina Avalia o ritmo de filtração glomerular, aumenta sua concentração no sangue à medida que reduz a taxa de filtração renal. (RAMOS, 2015)

Dosagem de ureia A dosagem de ureia não é tão boa para diagnosticar mudanças da função renal geral, mas é sensível a alterações primárias das condições renais, por isso é um marcador que tem forte importância nesses casos. (RAMOS, 2015)

Sódio É responsável pelo transporte de íons através das membranas celulares, regulação da pressão osmótica dentro da célula, transmissão de impulsos nervosos e por outras funções eletrofisiológicas. (RAMOS, 2015)

Potássio A concentração de potássio urinário de valores menores que <20 mmol/L sugere excreção renal insuficiente, já os valores maiores que >40 mmol/L indicam mecanismos de excreção normais, com ingestão elevada ou deficiências na captação celular. (RAMOS, 2015)

EXAMES BIOQUÍMICOS DE PERFIL RENAL

Cistatina C É uma proteína não glicosilada, utilizada por alguns laboratórios como marcador renal, é considerada bem mais sensível do que a creatinina, uma vez que identifica alterações na filtração mais precocemente se considerada com as outras substâncias. (PEIXOTO, 2016)

Teste microalbuminúria A albumina aumentada na urina é necessário que se realize o rastreamento de sua etiologia, pois na maioria dos casos, é consequência do aumento na permeabilidade renal. (PEIXOTO, 2016) β2 microglobulina Trata se de uma proteína de baixo peso molecular e facilmente filtrada. É considerada normal quando a excreção urinária encontra-se menor do que 370 microgramas por 24 horas. Níveis urinários elevados podem significar disfunção renal, porém, esta proteína não é específica e nível urinário e pode estar elevada em outras patologias como, por exemplo, no mieloma múltiplo. (PEIXOTO, 2016)

VOCÊ SABIA QUE É IMPORTANTE FICAR ATENTO NO CONTROLE DO CONSUMO DESSES NUTRIENTES? FÓSFORO POTÁSSIO SÓDIO POR QUE DEVO CONTROLAR O CONSUMO DO FÓSFORO?

O cálcio e o fósforo atuam em conjunto, eles fazem o papel de manter os ossos, dentes, coração e vasos sanguíneos em boas condições. Na presença da DRC, o fósforo tende a se acumular no sangue e o corpo acaba não usando o cálcio eficientemente e pelo fato do cálcio estar diminuído, o organismo tenta corrigir tenta retirando cálcio dos ossos para o sangue, podendo provocar doenças ósseas. (TELLES e BOITA, 2015).

POR QUE DEVO CONTROLAR O CONSUMO DO POTÁSSIO? O potássio é um mineral que tem atuação junto aos músculos e nervos. Quando os nossos rins estão saudáveis eles filtram o excesso que é ingerido através da urina. O rim lesionado não é capaz de eliminar o potássio corretamente, podendo acumular potássio na corrente sanguínea. Quando o potássio está elevado, sinais de fraqueza muscular, sensação de pernas travadas, batimentos cardíacos irregulares podem ser frequentes. (TELLES e BOITA, 2015).

POR QUE DEVO CONTROLAR O CONSUMO DO SÓDIO? Porque a pressão arterial pode elevar-se nos pacientes renais crônicos, se a ingestão de sódio for alta e não for controlada. Na DRC, a quantidade de sal ingerido pode ser avaliada pela presença ou não de sinais que se mostram, principalmente, pela presença de edema e hipertensão arterial. (RIELLA e MARTINS, 2013).