Jogo da Memória: estudando o ECA

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O trabalho foi elaborado pelo alunos: Beatriz Jancso Fabiani, Clara de Castro Lopes, Julia Santos Rocha, Júlia Toledo Antonanzas Ferrari Marques, Luísa Weyll Wako Kitahara, Marina Parducci Rosati, Vivian Oliveira Herrera Hidalgo e Tom Milles Freitas Brenninkmeijer.

Professora orientadora: Maria Cecília Roth
Instituição: Pontifícia Universidade Católica de São Paulo (PUC-SP)
Curso: Psicologia
Disciplina: A Psicologia e a Saúde – Pressupostos para a Prática Profissional do Psicólogo

Objetivo do jogo: Incentivar, de forma lúdica, a promoção de saúde em Centros de Acolhimento e Apoio ao Imigrante visando a conscientização dos direitos estabelecidos pelo Estatuto da Criança e do Adolescente. Para atingir o objetivo, este manual servirá como complemento das cartas devendo ser manuseado pelos profissionais do local.

Público-Alvo: Crianças imigrantes de 06 a 10 anos residentes em São Paulo.

História do jogo e inspirações:

Só em 2024 foram registrados quase 200 mil novos imigrantes no Brasil, a grande maioria sendo da américa latina, principalmente venezuelanos e colombianos¹. O acesso aos serviços públicos de saúde, assistência social e educação por famílias imigrantes encontra diversas barreiras, desde a experiência de discriminação xenofóbica nesses serviços, ao medo de serem reportados a autoridades e à falta de conhecimento sobre seus direitos e serviços que podem acessar. Essas famílias se encontram muito vulnerabilizadas e desassistidas pelo Estado, além da marginalização pelo preconceito foi notado riscos para crianças e adolescentes de exposição a violência doméstica e contra a criança, trabalho infantil, gravidez precoce e exploração sexual².

Frente a isso, podemos identificar como demanda a conscientização dessa população sobre seus direitos e que serviços podem acessar, mais especificamente pensando nas vulnerabilidades na infância e adolescência. Busca-se então trabalhar os direitos das crianças e adolescentes através do ECA como forma de trazer essa informação em diálogo com as crianças. Logo, pensando na aproximação entre as crianças, e seus familiares, com a garantia desses direitos, foi criado esse manual como material complementar ao jogo, trazendo recursos a partir das Entidades de Referência como o CRAI – Centro de Referência e Atendimento para Imigrantes, procurando promover o acesso a esses equipamentos e não a criminalização dessas famílias.

Observação: O jogo foi formulado de forma a atender populações que falam português e espanhol. Tanto as cartas quanto o manual foram escritos nas duas línguas e pensados para atender imigrantes bolivianos, venezuelanos e colombianos.

Regras do Jogo:

Comece embaralhando as cartas e coloque-as em uma superfície plana, com a face virada para baixo. Cada jogador na sua vez abrirá duas cartas, obtendo como resultado duas opções.

  • PAR: Se as duas cartas viradas forem iguais, o jogador as remove do jogo e joga novamente.
  • DIFERENTES: Se as cartas forem diferentes, elas são viradas novamente para baixo e a vez passa para o próximo jogador.

Objetivo: encontrar o maior número de pares das cartas.

Hora da Conversa?: É o momento no qual quem estiver com o manual lerá as perguntas referentes aos direitos encontrados.

Fim do jogo: O jogo termina quando todos os pares forem encontrados.

Vencedor: Ganha o jogador que estiver com mais pares de cartas.

Conteúdo: 20 Cartas, sendo 10 escritas e 10 imagens e 1 Manual. É necessário que seja feita a impressão da frente e do verso da carta para que haja um melhor aproveitamento do jogo.

Link para o Manual e as Cartas: Jogo da memória: estudando o ECA.

REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS

1 MINISTÉRIO DA JUSTIÇA E SEGURANÇA PÚBLICA. Brasil registra 194,3 mil novos migrantes em 2024. fev 2025. Disponível em: https://www.gov.br/mj/pt-br/assuntos/noticias/brasil-registra-194-3-mil-novos-migrantes-em-2024. Acesso em 25/06/2025

2 DEFENSORIA PÚBLICA DA UNIÃO. Proteção de Crianças e Adolescentes em Situação de Migração. Brasília, DF, 2021.