“PICS”, no SUS, auxiliando nos tratamentos de transtornos mentais, em ESF do interior de SP.

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Introdução:
As Práticas Integrativas e Complementares (PICS) são tratamentos utilizados com a finalidade de prevenir algumas doenças, como transtornos mentais e a hipertensão. Elas podem ser usadas, também, como uma forma de evitar que as pessoas fiquem doentes.
O Brasil é referência mundial na área de práticas integrativas e complementares na Atenção Primária à Saúde (APS).
Esta é uma modalidade que nos remete à prevenção e à promoção da saúde.
Em 2006, foi incluída no Brasil essa política que ofertava apenas 5 tipos de práticas. Atualmente encontram-se inseridos 29 tipos de PICS, em nosso país. Em 2022, uma pesquisa realizada pelo Ministério da Saúde, mostrou que houve um aumento na procura dos usuários SUS, pelas PICS, em 46%.
Estudantes da Faculdade de Medicina da Universidade do Oeste Paulista, no Campus de Presidente Prudente (FAMEPP/UNOESTE), que estão inseridos na Atenção Primária à Saúde, desde o 1º termo, por meio do Programa de Aproximação Progressiva à Prática (PAPP) tiveram a oportunidade de realizar uma visita domiciliar, observando a associação tais práticas, com seus benefícios para a população.

Objetivo:
Apontar a importância das PICS, disponibilizadas pelo Sistema Único de Saúde (SUS), prevenindo transtornos mentais e complementando o tratamento de algumas doenças.

Relato de experiência:
Por meio do PAPP/FAMEPP/UNOESTE tive a oportunidade de me inserir como membro da Equipe Interprofissional da Estratégia Saúde da Família (ESF) do Parque Primavera, no Município de Presidente Prudente, SP. Comecei a realizar visitas domiciliares (“VDs”), no território ligado à ESF, sob supervisão docente. Nestas visitas, pude notar o quanto as “PICS” podem levar a uma melhor qualidade de vida para o usuário do SUS e também trazer felicidade às pessoas, na área adscrita à Unidade de Saúde. Nas visitas domiciliares pude conhecer uma das atividades desenvolvidas pelo Centro de Referência de Assistência Social (CRAS), localizado no território da ESF, no qual existe a prática de um grupo de “Musicoterapia”. As práticas são acompanhadas por uma psicóloga, que toca violão. Participam, cerca de 25 pessoas, em cada encontro, que tem frequência semanal. Tal prática, comprovadamente, diminuiu a dosagem de medicamentos utilizados pelas pessoas que participam do “Grupo de Canto” e que têm o diagnóstico de depressão. Essas pessoas, entrevistadas por nós, futuros médicos, referiram estar mais felizes, após participarem do “Grupo da Música”, além disso, esses usuários do SUS também estão inseridos em outras ações comunitárias, promovidas pela ESF.

Conclusão:
Diante dos resultados das ações proporcionadas pelos “Grupos Integrativos”, percebemos como a sua existência pode levar a uma condição de bem estar e conforto na vida das pessoas participantes, gerando saúde e felicidade na comunidade. Percebemos a importância de incentivarmos as pessoas que residem nos territórios ligados às ESFs, a participarem em, pelo menos um, dos grupos ofertados pelo SUS. Essa prática poderá trazer resultados positivos, para o bem estar biopsicossocial dos usuários do SUS, podendo reduzir o número de medicamentos utilizados, e também as internações hospitalares.

Referência:
Oferta de Práticas Integrativas e Complementares em Saúde na Estratégia Saúde da Família no Brasil.
Disponível em:
https://www.google.com/url?sa=t&source=web&rct=j&url=https://cadernos.ensp.fiocruz.br/csp/artigo/941/oferta-de-praticas-integrativas-e-complementares-em-saude-na-estrategia-saude-da-familia-no-brasil&ved=2ahUKEwiOjfjs9uv-AhW8O7kGHSClB_EQFnoECAgQAQ&usg=AOvVaw2T8i3XU4U750tu_RitvNrd