PNH – ACOLHIMENTO E CLASSIFICAÇÃO DE RISCO

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Umas das práticas em muitos serviços de saúde é o atendimento por ordem de chegada. O que não permite um atendimento conforme a necessidade do usuário. O Acolhimento com Classificação de Risco é uma importante ferramenta desenvolvida para promover melhorias na organização dos serviços de emergência, onde os atendimentos são realizados conforme o grau de gravidade apresentado pelo paciente, por riscos de agravamento ou ainda pelo grau de vulnerabilidade dos mesmos. E algo que pode parecer tão óbvio, ainda é um grande problema a ser resolvido. Colocar em ação o acolhimento como diretriz operacional requer uma nova atitude de mudança no fazer em saúde e implica:

·         protagonismo dos sujeitos envolvidos no processo de produção de saúde;

·         uma reorganização do serviço de saúde a partir da reflexão e problematização dos processos de trabalho, de modo a possibilitar a intervenção de toda a equipe multiprofissional encarregada da escuta e resolução dos problemas do usuário;

·         elaboração de projeto terapêutico individual e coletivo com horizontalização por linhas de cuidado;

·         mudanças estruturais na forma de gestão do serviço de saúde, ampliando os espaços democráticos de discussão/decisão, de escuta, trocas e decisões coletivas. A equipe neste processo pode, também, garantir acolhimento para seus profissionais e às dificuldades de seus componentes na acolhida à demanda da população;

·         uma postura de escuta e compromisso em dar respostas às necessidades de saúde trazidas pelo usuário, que inclua sua cultura, saberes e capacidade de avaliar riscos;

·         construir coletivamente propostas com a equipe local e com a rede de serviços e gerências centrais e distritais.

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Acolhimento vai além de um espaço bonito, acolhimentos vai além de um “bom dia”, não se resume a uma fita com determinada cor… promover acolhimento com classificação de risco, seja na atenção básica ou nos serviços de urgência/emergência, envolve todos neste processo, desde quem está na ponta àquele que está na gestão, assim como o próprio usuário… é preciso a participação de todos para fazer acontecer o que é garantido pelo SUS,