Reforma Psiquiátrica – Luta Antimanicomial

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ARTIGO:

Sistema interamericano de direitos humanos e saúde mental no Brasil: estudo do caso “Hospital São Pedro” e “Hospital Colônia Itapuã”.

AUTORES: Marcelo Andrade de Azambuja e Rafael Wolski de Oliveira.

Segundo o artigo referido acima e por todos os registros históricos, claramente os manicômios em sua existência imprimiram nos sujeitos ali internados inúmeros sofrimentos e violações de seus direitos, independentemente de terem ou não transtornos mentais. Tanto a lei estadual RS 9.716/1992 quanto a lei federal 10.216/2001 vêm garantir o direito a condição de cidadão e sujeito de direitos, independente do grau de transtorno, tempo e características físicas sociais e culturais em concordância com as leis internacionais.

Como vemos neste artigo, hospitais psiquiátricos e hospitais colônias, apesar da lei de extinção, ainda operam, apresentando casos de violência, abusos e violações de direitos, levando`a necessidade de denúncias a comissão interamericana de direitos humanos cuja intervenção trouxe avanços. Vemos ainda hoje excessos sendo praticados e instituições funcionando nos moldes ultrapassados. Permanecem resistências, sobram desafios, como diz no artigo acima mencionado.

A luta continua após 30 anos de reforma psiquiátrica. Precisamos avançar, olhar além. A luta não acabou. Não são só nos manicômios que ocorrem atrocidades fora deles também. A sociedade tem revelado o pior do ser humano num mundo onde tudo e possível, onde não há verdades, nem certo nem errado, a insanidade grita aos quatro ventos, as tecnologias, as instituições e as indústrias de medicamentos enriquecem enquanto enlouquecem quem consome seus venenos.

MEU MEDO É ENTRAR

NUM HOSPÍCIO E

ME SENTIR EM CASA.