Ontem se comemorou o Dia Mundial da Doença de Chagas. Essa data foi estabelecida pela Organização Mundial da Saúde. São Vicente do Sul, tem uma história muito importante relacionada a essa doença, segundo relatos existiam muitas casas no município que eram de pau a pique e isso era um condicionante de saúde, pois esse material era onde se alojava um inseto da Subfamília Triatominae, conhecido popularmente como barbeiro transmissor do mau de chagas. Só para contextualizar Isso foi em meados de 1960 e 70 aproximadamente. Na época ainda não existia SUS a saúde era vista de uma forma totalmente diferente do que conhecemos hoje as crises sanitárias implodindo nos grandes centros o êxodo rural tudo isso era terreno fértil para doenças tropicais e a falta de saneamento básico que praticamente não existia. Entretanto um movimento chamado reforma sanitária revolucionou a saúde pública brasileira ontem se colocou saúde como bem mais que simplesmente a ausência de doença, mas sim um estado de bem-estar físico e mental o de que as pessoas tenham acesso a saneamento básico, educação, habitação, emprego, transporte público entre outras. Fazendo com isso a mudança de uma saúde curativa para uma visão de prevenção, promoção e proteção da saúde dentro da dignidade humana. E voltando ao município de São Vicente do Sul, na época o então médico Ayres Cecconi e sua mulher Daily Bus Cecconi também da área da medicina trabalharam em conjunto com o governo Estadual medidas de enfrentamento ao transmissor do mau de chagas onde foi realizado um projetoMunicípio de São Vicente do Sul habitacional para eliminar as casas de pau a pique que eram o lugar em que o barbeiro se hospedava, com isso foi “irradicado” no município essa doença.