Roda de Conversa: As Práticas Integrativas e Complementares na formação em Saúde
Trabalho realizado na disciplina Humanização da Saúde, do Mestrado Profissional de Ensino na Saúde, da Faculdade de Medicina da Universidade Federal de Alagoas (MPES-FAMED-UFAL).
Elza Marculino Duarte (Bióloga, Docente da faculdade Seune e aluna do Mestrado Profissional em Ensino na Saúde (MPES) FAMED /UFAL).
Coordenadores da Disciplina de Humanização da Saúde do MPES-FAMED/UFAL: Profº Dr. Sérgio Seiji Aragaki e Profª Drª Cristina Camelo de Azevedo.
Na Roda de Conversa (RC) sobre o ensino das Práticas Integrativas e Complementares (PICs) com a turma do 3º período de enfermagem da Seune (2018.1) várias questões foram discutidas.
O despertar para sua aplicação no autocuidado (respiração diafragmática, relaxamento físico/mental, meditação, atividade física regular, estratégias de gerenciamento do estresse, música terapêutica, entre outras) e a indicação/preparação do paciente para adoção das PICs na promoção da saúde e prevenção de agravos e doenças.
É na roda também que oportunizamos a revelação dos talentos artísticos que podem e devem ser explorados na atuação profissional.
É discutindo o princípio da Integralidade da Assistência “um conjunto articulado e contínuo de ações e serviços preventivos e curativos, individuais e coletivos” que nos preparamos para os desafios da atuação profissional.
19 Comentários
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Por Leyde Souza
Vivenciar a disciplina de práticas integrativas e complementares em saúde foi para mim uma experiência ímpar. Estudar as terapias alternativas e conhecê -las me fez entender que por meio delas eu posso ser uma profissional que faz a diferença. Entender que como futuros enfermeiros precisamos atender o cliente em sua totalidade, deixando de lado o modelo biomédico. Além do cuidado com o paciente, aprendi técnicas de auto cuidado para manter meu corpo e minha mente saudáveis, bem como terapias para realinhar a energia do meu corpo com o universo. Tudo isso abriu a janela da curiosidade e hoje sinto fome de aprender cada dia mas. Agradeço imensamente as docentes dessa disciplina que me introduziram nesse mundo humanizado, de auto cuidado, cura pelo toque, controle das emoções pela energia das flores, auto conhecimento através da meditação e respiração consciente.
Por Alice Nunes
Aprender as necessidades do nosso corpo e buscar a nossa saúde mental além do corpo físico, foi uma das experiências que obtive com essa disciplina. As práticas integrativas e complementares nos mostrou como podemos promover a saúde de nós profissionais que também necessitam do autocuidado, se conhecendo e se cuidando. Estando prontos para proporcionar um atendimento mais integral aos nossos futuros pacientes com promoção e prevenção da saúde.
Está disciplina é essencial na vida de um profissional da área da saúde, aprendemos como cuidar primeiramente de nós mesmos para então cuidar do próximo.
Essa disciplina trouxe um aprendizado impar para minha vida, fazendo com que eu enxergue um mundo de outra forma, conhecendo outros métodos de cura e de cuidar, o que será essencial quando estivermos no campo, cuidando de nossos futuros pacientes. Aprendi como controlar minhas emoções e acima de tudo, me conhecer verdadeiramente. Agradeço a SEUNE por oferecer uma disciplina maravilhosa e as Docentes Professora Elza Duarte e Professora Matilde Barach, pelo cuidado, zelo, carinho e dedicação com todos da turma, por nos ouvir sempre e nos deixar confortáveis com esse período.
Por Débora Mical
A disciplina de práticas integrativas e complementares em saúde me fez poder ver o quão importante e essencial é praticamos o autocuidado, além de cuidar do próximo necessitamos também cuidar de nós mesmos. As vivências da disciplina fez com que cada um podesse se conhecer melhor, e aprender outras formas de cuidar e de cura, o que será de suma importância no futuro quando estivermos atuando em nossa área. Através da disciplina aprendi também formas de controlar emoções, de promover a saúde e prevenir contra doenças. Tenho a plena certeza que todos os ensinamentos desta disciplina levarei por todo minha vida como futura profissional de Enfermagem.
Oi Elza,
Muito bacana a postagem!
Este é o modelo do SUS que queremos, inclusivo, implicado com a promoção de saúde, que vai muito além da prescrição técnica, que foca a pessoa com suas múltiplas necessidades.
Corroborando com a sua publicação, compartilho aqui o link destas publicações que trazem importantes reflexões sobre as temáticas abordadas.
https://redehumanizasus.net/89161-direito-a-saude-e-o-cuidado-de-si/
https://redehumanizasus.net/93110-cafe-com-sabedoria-no-cirandas-de-escuta-e-cuidado/
AbraSUS!
Emília
A pluralidade disciplinar é o caminho para uma visão mais ampla e global do ser humano, sendo essa iniciada o mais precocemente possível, a probabilidade de os profissionais saírem aptos para o cuidar em sua totalidade é muito maior, do outro e de si mesmos, afinal “temos que estar bem, para cuidar bem”! As práticas integrativas e complementares apresentam demanda crescente, e muito tem se falado a respeito, principalmente devido à sua aplicação no SUS, o que merece muita reflexão. Esse avanço pode ser entendido como expressão de um movimento que se identifica com novos modos de aprender e praticar a saúde. Parabéns por proporcionar esse momento aos futuros profissionais. Cada explanação é um despertar para a busca de novos conhecimentos e para a aplicação dos mesmos.
Por maria silvana
Essa disciplina de práticas integrativas e complementares de saúde me fez enxergar que existe outras formas outros métodos de cuidar das pessoas, podendo lhe oferecer uma visão acolhedora, no desenvolvimento do vínculo terapêutico e na integração do ser.
Por Julia Guimarães
Estudar as práticas integrativas é entender e acolher as dimensões do ser humano! A importância dessa iniciativa vai além do uso profissional, é algo para se vivenciar durante toda uma vida.
Essa diciplina de prática intergrativa em saúde foi uma experiência em lhe dar com autocuicado não só do corpo mais da mente também, foi muito bom vivência cada momento de aula na sala de vivência e também em sala de aula , aprendir muito com a diciplina.
Por Milenna lídia
A disciplina de práticas integrativas e complementares em saúde me fez entender como praticar o autocuidado além de cuidar do próximo, as aulas serviram de aprendizado para toda vida!
Por Yasmin Liberato
Todas as aulas foram de bastante aprendizado. Matéria linda e importante para nosso curso de enfermagem. Sentirei saudade das aulas na vivência.
Elza, Parabéns! Sem dúvida acredito ter sido um excelente momento com os alunos e é também uma oportunidade ímpar para os mesmos vivenciarem na prática essa temática enquanto disciplina em suas formações. Se pensarmos bem todos saem ganhando com essa inclusão na graduação. Considerando o indivíduo na sua dimensão global – sem perder de vista a sua singularidade, quando da explicação de seus processos de adoecimento e de saúde. A PNPIC ( Política Nacional de Práticas Integrativas e Complementares) corrobora para a integralidade da atenção à saúde, princípio este que requer também a interação das ações e serviços existentes no SUS. Os alunos, também, sentem-se motivados a serem usuários destas terapias , pois os colocam em ambiente real, onde a aprendizagem se torna mais significativa para eles. Essas práticas, antes utilizadas, basicamente, por uma elite intelectual e econômica, passa a ser democratizada para a população em geral, tornando importante o seu conhecimento por parte dos acadêmicos da área da saúde, pois estes não podem se eximir desse processo. Deve-se assim ressaltar ressalta-se a relevância do conhecimento dessas terapêuticas para os acadêmicos da área da Saúde, do reforço constante nas instituições de ensino superior para a formação dos futuros profissionais e do apoio dos professores na ampliação e consolidação de novos saberes no processo de ensino e aprendizagem.
Por Isabelle Vieira
Oi Elza, parabéns pela roda. Esse seu tema me despertou o interesse em pesquisar e assim descobri que existe uma Política Nacional de Práticas Integrativas e Complementares em Saúde (PNPIC) criada desde 2006 e que essas PICs já estão inseridas no SUS através da Atenção Básica. Segundo dados do Portal do Departamento de PICs, essas práticas integrativas e complementares estão presentes em quase 30% dos municípios brasileiros, distribuídos pelos 27 estados e Distrito Federal e todas as capitais brasileiras.
Pesquisando no site do Ministério da Saúde eu gostaria de compartilhar as PICs, onde umas eu já conheço e outras ainda não. As PICs são: Apiterapia (consiste em usar produtos derivados de abelhas, como o mel e o própolis); Aromaterapia ( utiliza as propriedades dos óleos essenciais, concentrados voláteis extraídos de vegetais e atualmente é uma prática multiprofissional que tem sido adotada por diversos profissionais de saúde como enfermeiros, psicólogos, fisioterapeutas, médicos, veterinários, terapeutas holísticos, naturistas, dentre outros); Arteterapia ( utiliza instrumentos como pintura, colagem, modelagem, poesia, dança, fotografia, tecelagem, expressão corporal, teatro, sons, músicas ou criação de personagens, usando a arte como uma forma de comunicação entre profissional e paciente); Ayurveda (A OMS descreve sucintamente o Ayurveda, reconhecendo sua utilização para prevenir e curar doenças, e reconhece que esta não é apenas um sistema terapêutico, mas também uma maneira de viver. Os tratamentos ayurvédicos consideram a singularidade de cada pessoa, e utilizam técnicas de relaxamento, massagens, plantas medicinais, minerais, posturas corporais (ásanas), pranayamas (técnicas respiratórias), mudras (posições e exercícios) e cuidados dietéticos); Biodança (trabalha o conteúdo emocional por meio da verbalização, da educação corporal e da respiração); Constelação familiar (A constelação familiar foi desenvolvida nos anos 80 pelo psicoterapeuta alemão Bert Hellinger, que defende a existência de um inconsciente familiar); Cromoterapia (utiliza as cores do espectro solar – vermelho, laranja, amarelo, verde, azul, anil e violeta); Dança circular (utiliza a dança de roda – tradicional e contemporânea –, o canto e o ritmo); Geoterapia (consiste na utilização de argila, barro e lamas medicinais, assim como pedras e cristais); Hipnoterapia (por meio de intenso relaxamento, concentração e/ou foco, induz a pessoa a alcançar um estado de consciência aumentado); Homeopatia (utiliza substâncias altamente diluídas e os medicamentos homeopáticos da farmacopeia homeopática brasileira estão incluídos na Relação Nacional de Medicamentos Essenciais –Rename); Imposição de mãos (implica em um esforço meditativo para a transferência de energia vital -Qi, prana- por meio das mãos); Medicina antroposófica/antroposofia aplicada à saúde (atua de maneira integrativa e utiliza diversos recursos terapêuticos para a recuperação ou manutenção da saúde, conciliando medicamentos e terapias convencionais com outros específicos de sua abordagem, como aplicações externas, banhos terapêuticos, terapias físicas, arteterapia, aconselhamento biográfico, quirofonética); Medicina Tradicional Chinesa – acupuntura ( tem a teoria do yin-yang e a teoria dos cinco elementos como bases fundamentais para avaliar o estado energético e orgânico do indivíduo, na inter-relação harmônica entre as partes. A MTC tem como procedimentos terapêuticos, acupuntura, ventosaterapia, moxabustão, plantas medicinais, práticas corporais e mentais, dietoterapia chinesa); Meditação (consiste em treinar a focalização da atenção de modo não analítico ou discriminativo, a diminuição do pensamento repetitivo e a reorientação cognitiva), Musicoterapia (utiliza a música e/ou seus elementos – som, ritmo, melodia e harmonia); Naturopatia (adota visão ampliada e multidimensional do processo vida-saúde-doença e utiliza um conjunto de métodos e recursos naturais no cuidado e na atenção à saúde); Osteopatia (utiliza várias técnicas manuais para auxiliar no tratamento de doenças, entre elas a da manipulação do sistema musculoesquelético); Ozonioterapia (utiliza a aplicação de uma mistura dos gases oxigênio e ozônio, por diversas vias de administração, com finalidade terapêutica); Plantas medicinais – fitoterapia (uso de plantas medicinais em suas diferentes formas farmacêuticas, sem a utilização de substâncias ativas isoladas, ainda que de origem vegetal); Quiropraxia (enfatiza o tratamento manual, como a terapia de tecidos moles e a manipulação articular ou “ajustamento”); Reflexoterapia ( utiliza estímulos em áreas reflexas – os microssistemas e pontos reflexos do corpo existentes nos pés, mãos e orelhas); Reiki
(utiliza a imposição das mãos para canalização da energia vital ); Shantala (consiste na manipulação-massagem-para bebês e crianças pelos pais); Terapia Comunitária Integrativa; Terapia de florais (utiliza essências derivadas de flores para atuar nos estados mentais e emocionais); Termalismo social/crenoterapia (consiste no uso da água com propriedades físicas, térmicas, radioativas e outras); Yoga (prática corporal e mental de origem oriental utilizada como técnica para controlar corpo e mente, associada à meditação).
Por Aryana Isabelle
Oi Isabelle, eu também não conhecia. Obrigada por compartilhar.
Por Maria Izabel
Olá Elza!
Muito interessante sua roda de conversa, principalmente quando leva esse tema para dentro das instituições formadoras… O Brasil passa a contar com 29 práticas integrativas pelo SUS segundo o Ministério da saúde.Em 2006, quando foi criada a Política Nacional de Práticas Integrativas e Complementares (PNPIC) eram ofertados apenas cinco procedimentos. Após 10 anos, em 2017, foram incorporadas 14 atividades, chegando as 19 práticas disponíveis atualmente à população: ayurveda, homeopatia, medicina tradicional chinesa, medicina antroposófica, plantas medicinais/fitoterapia, arteterapia, biodança, dança circular, meditação, musicoterapia, naturopatia, osteopatia, quiropraxia, reflexoterapia, reiki, shantala, terapia comunitária integrativa, termalismo social/crenoterapia e yoga. Precisamos investir mas na promoção da saúde e na melhoria da qualidade de vida de nossos usuários.
AbraSUS!
Por Valeria Antonia
Interessante o tema ,pois sempre que ouvimos sobre prática integrativas ,relacionamos mais ao curso de Psicologia,eu não conhecia esse conteúdo nos cursos de enfermagem.Aproveito pra deixar uma questão: as praticas integrativas ainda não faz parte do componente obrigatório dos cursos de graduação em Enfermagem?(nas 2 instituições que trabalho esse tema não é abordado).
Por Aryana Isabelle
Elza, parabéns pela roda desenvolvida. Muito importante chamar atenção ao autocuidado. O profissional da saúde deve ser reconhecido e se reconhecer como alguém que também precisa de cuidado – “é gente cuidando de gente”!
Por Iana Sampaio
Uma mulher de luz?
Ao qual sou fã desde a faculdade….saudades de suas aulas?
Por marta danielle ferreira da silva
Gosto desse curso. Das aulas na sala de vivência. Da turma. E isso.