Atenção humanizada
A atenção hunanizada à usuários internos nas instiuições públicas de saúde e também nas instituições privadas, ainda carece de um novo olhar. Não só colaboradores da área de assistência, mas também toda a equipe médica deverão rever seus conceitos em relação à assistência humanizada. Sou obstetra e cirurgião ginecologista, atuei por 35 anos na rede pública e ainda atuo na rede privada. Sempre tive um olhar humanizado para as m inhas pacientes , porque entendo que a humanização faz parte do comportamento do ser humano, seja ele atuante em qualquer atividade.
Tenho obervado que muitas pacientes que têm voltado à consulta, não sabem informar quem foi o médico que a atendeu noutros serviços, não sabem quem foi o cirurgião, quem foi o anestesista e, pasmem, há pacientes que não sabem nem porque foram operadas.
Sempre entro em sala de cirurgia sem máscara, para conversar com a paciente "cara à cara", informamá-la do procedimento que será realizado, qual o motivo da sua cirurgia, enfim, tornar o momento mais humano, fortalecendo ainda mais a relação médico paciente.
Esta prática, com certeza, oferece uma segurança importante para a paciente e, consequentemente, para o profissional também.
Hoje, em obstetricia, há um grande receio dos colegas de que as pacientes entrem com processos judiciais contra médicos por qualquer motivo. Esta ameaça não pode se sobrepor à prática de tratamento humanizado, uma vez que temos o dever ético e profissional de tratar-mos pacientes como pessoas que têm cérebro, raciocinam, têm seus próprios conceitos, enfim, são pessoas iguais à nós profissionais. Não somos donos da verdade, como uma grande maioria se julga. Somos apenas profissionais à serviço da humanidade e, como tal, temos de ser humanizados em nossa abordagem diária com nossos pacientes. Acredito fortemente nesta prática.
José Carlos S. Silver
Por Emilia Alves de Sousa
José Carlos seja bem vindo a nossa RHS!
Que belo post nos traz com esse modo diferenciado de atender, sob a ótica de uma clinica ampliada, respeitando o protagonismo dos pacientes/usuários. Este e´ o SUS que todos queremos, com atendimento respeitoso e resolutivo. Um atendimento em que o usuário seja escutado, identificado pelo nome e tenha autonomia pra opinar sobre o seu tratamento.
Um abraço afetuoso!
Emilia – Grupo de Cuidadores da RHS