Repensando o SUS

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Refletindo o SUS com um olhar mais colorido
O filme apresentado em aula no dia 15/08/12 por meu professor proporcionou-me grandes inquietações e reflexões acerca de nosso sistema brasileiro de saúde pública- SUS. Esse filme aborda a saúde em países muito importantes tanto socialmente como economicamente, países como: Estados Unidos, Cuba, Canadá e a França.
No entanto, existe uma grande diferença no sistema de saúde desses países, principalmente no sistema americano que faz da saúde da população um comércio lucrativo para os Planos de Saúde e para o próprio governo. A população obriga-se a pagar valores altíssimos para manter um plano de saúde e tê-la segurada, ou pelo menos achar que está segura. As seguradoras apesar de lucrarem absurdamente, não cobrem uma grande parte dos serviços procurados pela grande maioria da população, e quando cobrem, o fazem apenas em parte. O filme mostra vários casos de famílias americanas que apesar de terem seus planos de saúde pagos em dia, não tem suas despesas cobertas pelas seguradoras, nem o direito aos medicamentos que necessitam ou a exames mais caros, e na maioria dos casos os motivos apresentados são injustificáveis, preconceituosos e injustos.
Essa realidade é dolorosa e provoca sentimentos de desesperança em nós cidadãos que necessitamos do sistema de saúde, pois, conforme discutimos em aula, na disciplina de  “Introdução a Psicologia da Saúde”sabemos que o SUS é um sistema de direito público a qualquer cidadão, sem distinção de classe, cor, raça e etnia. Contudo, ao longo do filme pude ter a felicidade de assistir outra realidade que me motivou e me fez pensar que é possível ter um atendimento digno na área da saúde. Uma saúde que pode ser para todos, independentemente do tipo de doença, raça, classe ou de pagamento, que está acima de interesses políticos e lucros pessoais como é o sistema de saúde do Canadá, Cuba e da França, citados no filme.
O filme mostra a rotina de alguns americanos que vão até o Canadá, por exemplo, a fim de conseguir atendimento médico, medicamentos, exames, etc. Neste país o cidadão tem direito a escolher seu médico, os remédios, e tudo que precisar sem pagar nada por isso. Em Londres a política mostra como é eficiente e justo o trabalho feito para incentivar médicos e pessoas que trabalham na área da saúde, e como os cidadão quando pagam, pagam pouco pelo serviço de saúde, e os que não podem não pagam. E o que diz respeito a Cuba, observou-se que possuem um modelo de sistema de saúde, educação, cultura, esporte, sem discriminação de qualquer tipo, onde há justiça social e respeito aos direitos humanos fundamentais a todo cidadão.
Pode-se concluir que o modelo de saúde norte-americano é tão doente, corrupto e injusto e tão dominador, que o cidadão americano desconhece seus direitos básicos de saúde mesmo pagando quantias altas em dinheiro para as seguradoras do país. E esse desconhecimento da realidade do SUS, apesar de termos um dos sistemas mais integrados, organizados e bem planejados também acontece em nosso país. Pois, a grande maioria da população desconhece seus direitos e os objetivos que nosso sistema de saúde deve colocar em prática, para que o funcionamento torne-se eficaz.
Dessa forma, conforme o diário de campo elaborado a partir do filme acima referido e os textos discutidos em aula, mas em especial o texto do dia 22/08/12 “HumanizaSUS: Política Nacional de Humanização: documento base para gestores e trabalhadores do SUS”, podemos compreender que um dos objetivos relevantes é que o SUS visa a integridade, universalidade, equidade, integrando novas tecnologias aos saberes e praticas dos profissionais que nele trabalham. No entanto, esses aspectos vão de encontro com algumas dificuldades encontradas em nosso país, porque ainda nos deparamos com equipes de profissionais trabalhando de forma fragmentada, trabalhadores despreparados para trabalhar com sujeitos de diferentes classes sociais, econômica e cultural e distante do debate e da formulação da política pública de saúde, demora nos atendimentos, dentre outros.
Porém, essa realidade que me foi proporcionada para uma nova reflexão, através do filme e dos textos, me faz acreditar ainda mais na necessidade de investirmos e lutarmos por nosso Sistema Único de Saúde. Apesar de termos muito do que investir e melhorar em nosso sistema, e isso já vem acontecendo através de incentivos, verbas e projetos do governo federal e estadual de nosso país, acredito que é possível pensar na nossa realidade como sendo um dos mais bem estruturados e democráticos sistemas de saúde, que mesmo com todas as suas dificuldades tem proporcionado atendimento à quase toda a população brasileira.