RETORNO DO ACOLHIMENTO – SERÁ?

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Sexta-feira. Canseira natural de quem trabalhou a semana inteira, fazendo além do tempo do asfalto, uma viagem de ida e uma viagem de volta, na estrada de barro e de pedras, de cerca de trinta minutos cada, entre o acesso ao povoado e a UBS, localizada na "República da Mumbaça", zona rural do município de Traipu.

A clientela, cada um (uma) a seu modo, tenta estabelecer seu vínculo com a equipe local, no caso específico, com o médico em particular.

Eles são do entorno da UBS, ou de sítios mais distantes, até 5-6 km distante da Mumbaça.

Hora de partir para Arapiraca, distante 60/70 km da Mumbaça.

A mala do carro "alugado" é arrumada, com apoio dos colaboradores da UBS, mas também da companheira Marcia Meirellys, que divide as viagens e o acolhimento comigo.

Sábado de manhã. A Marcia espalha na mesa os presentes recebidos na Mumbaça no dia anterior.

Eram muitos, como nunca aconteceu antes. Eu disse, Marcia vamos fotografar. É a "Frutaria da Mumbaça", abençoada pelo Senhor dos Pobres, padroeiro da localidade.

Procurar outros  motivos para trabalhar mais e melhor, certamente é desnecessário, numa visão simplificada do problema, ou seria visão humanizada…, …pergunto eu.

Seria a "Frutaria da Mumbaça", um retorno do acolhimento, exercitado com prioridade semelhante àquela da "consulta nossa de cada dia"?

O tempo dirá se é ou não, mas que parece, parece!