Núcleo de Educação Permanente e Humanização Microrregional de Cândido Mota, Ibirarema, Palmital e Platina: Relato de experiência

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  Somos um coletivo multiprofissional de trabalhadores da saúde dos municípios de Palmital, Ibirarema, Cândido Mota e Platina que se reúne uma vez por mês para discutir o cotidiano de trabalho à luz da Educação Permanente e Humanização. Compõe este grupo, no mínimo, um representante de cada unidade de saúde destes municípios.
Nossos encontros tiveram início em abril de 2012, a partir da divisão dos municípios integrantes do NEPERH Assis, em quatro microrregiões a fim de capilarizar as ações de Educação Permanente e Humanização, aproximando-as cada vez mais da base.
  Nosso primeiro objetivo é ser um espaço de formação que fomente a criação de coletivos de discussão de Educação Permanente e Humanização nos municípios, nas unidades de saúde. Outro objetivo dessa roda é refletir o cotidiano de trabalho, compreender a lógica predominante do cuidado (curativa e médico-centrada) para construir novos modos de fazer saúde.
  Da mesma forma, busca-se promover a mudança da cultura das unidades de saúde para melhoria das relações, tornando-as colaborativas, integrando gestores, trabalhadores e usuários, desenvolvendo a cultura do diálogo e contribuindo para multiplicação do conceito e das práticas de humanização.
Como metodologia, os representantes apresentaram inicialmente ao grupo as políticas de Educação Permanente, Humanização e conceitos correlatos. As primeiras reuniões foram se desenvolvendo como espaço para discussão de conflitos, exposição de angústias e desmotivações. Eram encontros onde poucos falavam e a maioria escutava.
  Hoje, estamos em um momento de aquecimento do grupo, criando vínculos, “quebrando o gelo”. Os participantes estão perdendo o receio de serem mal interpretados, expressando melhor suas ideias, ganhando confiança. Houve grande evolução dos componentes, o que vem possibilitando aplicar as discussões no cotidiano de trabalho.
  Atualmente, nos encontros, têm sido apresentadas, identificadas e discutidas situações-problemas vivenciadas pelos trabalhadores que buscam, através da troca de experiências, construir possibilidades de enfrentamento desses problemas.
  Neste processo, encontramos muitos obstáculos, barreiras quase que intransponíveis, mas juntos, em grupos, somos o início da transformação, do modo de pensar e agir dos trabalhadores, gestores e usuários da nossa região.

Texto escrito coletivamente, em julho de 2013, pelos membros do NEPERH, a fim de construir uma identidade pro grupo.