SÍNTESE DO ARTIGO: Análise do trabalho em saúde nos referenciais da humanização e do trabalho como relação de serviço.

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o artigo avalia o trabalho em saúde a partir dos referenciais que fazem a Política Nacional de Humanização, contextualiza a participação dos trabalhadores (sujeitos) nos processos produtivos e e que modificações e intervenções estes sujeitos provocam no contexto do trabalho em saúde.

Discorre sobre os princípios da PNH, a transversalidade que envolve gestores, trabalhadores e usuários, indissociabilidade entre atenção e gestão, defendendo que não separa o cuidar (prestar serviços) do gerir e finalmente o Protagonismo, corresponsabilidade e autonomia dos sujeitos e dos coletivos, onde se prevê mudanças na mentalidade dos gestores, a afirmação da autonomia dos sujeitos envolvidos e o compartilhamento das responsabilidades.

O artigo aborda clara e profundamente a necessidade de realização e motivação dos trabalhadores da saúde, relatando que há certa preocupação dos gestores em atender a esse pleito, porém sem ainda levar em consideração os anseios e necessidades individuais destes sujeito, abrindo uma lacuna entre o real e o ideal.

O autor enfatiza ainda a necessidade da criação de redes integradas de trabalhadores que atuem coletivamente nas ações da PNH e que apenas dessa forma (coletividade) os resultados serão mais expressivos.

O autor também conclui que cada vez mais as ações de saúde, inclusive as ações de humanização, perpassam por melhores condições de atendimento aos usuários, tendo os serviços públicos que cumprir integralmente os "cardápios" de serviços de saúde ofertados, seja na assistência básica ou especializada ou nos serviços de referencia e contra referencia. 

Por fim o autor conclui que o trabalho atual em saúde tem sido alvo de muitas críticas tanto em relação ao acesso e qualidade da assistência quanto à crescente precarização, no que refere às condições de trabalho e emprego e repercussões na qualidade de vida e saúde dos trabalhadores.

O modo habitual de tratamento das ‘questões do trabalho’ tem sido abordagens focando os indivíduos como casos isolados (em seus
‘sintomas’: problemas, doenças ocupacionais, licenças e afastamentos do trabalho, etc) ou abordagens mais amplas, atendendo a reivindicações setoriais, mas com foco em aspectos trabalhistas, estrito senso, e em
arranjos nas estruturas de funcionamento.

Serafim nos lembra que é importante lembrar uma direção articulada na idéia do protagonismo dos sujeitos no trabalho. O trabalhador deve assumir a posição de investigador de seu próprio trabalho, entendendo seu lugar de ‘pesquisador’, lugar de quem é legítimo protagonista de um processo de pesquisa-intervenção.