Semana de Humanização do HILP na programação do aniversário de 30 anos do hospital

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16 de março de 1986, um dia que marcou a história da pediatria piauiense com a criação do Hospital Infantil Lucídio Portella. Uma iniciativa idealizada por um grupo de pediatras liderado pelo Dr. Noé Fortes, primeiro diretor do hospital.

São 30 anos de produção de saúde dedicada à criança e adolescente piauiense.  Uma marca que foi intensamente comemorada no período de 16 a 19 de março, com o desenvolvimento de várias atividades, entre elas, a VIII Semana de Humanização do HILP: discutindo os modos de trabalhar, colaborar e cuidar no SUS, com o objetivo de trocar experiências,  refletir e avaliar os processos de trabalho  à luz das diretrizes da PNH, identificando problemas e buscando alternativas para as mudanças necessárias,  numa perspectiva de  garantir  uma atenção  integral e acolhedora, em que cada um seja protagonista do processo de produção  de saúde.

Na abertura da programação comemorativa realizada na noite do dia 16, na composição da mesa de honra, estiveram presentes autoridades como: Francisco Passos, ex diretor do HILP, representando o Secretário Estadual de Saúde; Telmo Mesquita  Coordenador da Rede Estadual de Urgência e Emergência do Piauí; João de Deus Pereira, representando o Deputado Estadual Assis Carvalho; Dr. Noé Fortes, representando os ex diretores do HILP,  Vinicíus Pontes Diretor Geral do  HILP, Tania Farias, representando os trabalhadores e Andreia Sousa representando o seguimento dos usuários.

O evento foi marcado pelas falas emocionadas dos convidados e ex gestores do HILP, oportunidade em que apresentaram um pouco da historia do hospital, o cenário atual, pontuando os desafios e possibilidades para uma produção de saúde com melhor qualidade.

Um dos pontos alto da noite foi a palestra com o tema: Política Nacional de Atenção Integral à Saúde da Criança-PNAISC, proferida por Carmem Ramos – Apoiadora do MS, em que foram destacados os objetivos, e os eixos estratégicos da Política que são: atenção humanizada e qualificada à gestação, parto, nascimento e recém-nascido; aleitamento materno e alimentação complementar saudável; promoção e acompanhamento do crescimento e desenvolvimento integral; atenção a crianças com agravos prevalentes na infância e com doenças crônicas; atenção à criança em situação de violências, prevenção de acidentes e promoção da cultura de paz; atenção à saúde de crianças com deficiência ou em situações específicas e de vulnerabilidade; vigilância e prevenção do óbito infantil, fetal e materno; os espaços formulativos da PNAISC, dentre outras informações.

A programação seguiu todo o dia 17 com bastantes movimentos no Hospital. Na parte da manhã, cada criança que chegou para atendimento ambulatorial recebeu um presente. Na sequência foi feito uma panfletagem no espaço do ambulatório e nos espaços das enfermarias, conversando com os trabalhadores e usuários sobre a humanização do SUS, com foco no acolhimento, direitos dos usuários e gestão participativa, com distribuição de cartilha e textos informativos sobre esses dispositivos da PNH. Na sequência, tivemos ainda o teatro de bonecos no espaço do ambulatório para diversão das crianças que esperavam atendimento, seguida de uma sessão de ginástica laboral para os trabalhadores, que foi conduzida por uma fisioterapeuta do Centro de Reabilitação  da Saúde do Trabalhador-CEREST. Também foi aberta a feira de artesanato dos trabalhadores do HILP, com a finalidade de identificar os talentos  artísticos, divulgá-los, e ampliar a possibilidade de renda dos trabalhadores. A servidora Rosimeire, fez sucesso com os seus produtos artesanais. “Estou contente com essa oportunidade de mostrar os meus produtos e comercializá-los”. Destacou a servidora. Na parte da tarde, prosseguiram duas rodas de conversas com os trabalhadores. A primeira  com foco no acolhimento em saúde, mediada pelas enfermeira Amparo Oliveira-HILP e Eloides Gonçalves, psicóloga da saúde da família. A outra sobre os direitos dos usuários do SUS, mediada pela Ana Eulálio, Coordenadora da Política Estadual de Humanização. As  discussões foram enriquecidas com o compartilhamento das experiências vivenciadas no HILP, pelos trabalhadores.

No dia 18 pela manhã, foi construído um painel com a identidade do HILP envolvendo os trabalhadores e usuários, com a finalidade de escutar esses sujeitos, traçar um diagnóstico do hospital, numa perspectiva de melhorar o atendimento. Reportaremos num outro post, os resultados obtidos. Na sequência foi realizada a roda de Terapia Integrativa Comunitária: Cuidar de si, cuidar do outro, cuidar da vida, no espaço do ambulatório, envolvendo trabalhadores e usuários, tendo como mediadoras: a enfermeira Maria de Fátima Santana, e a enfermeira Amparo Oliveira. À tarde seguiram as rodas de conversa sobre o trabalho em equipe e saúde do trabalhador, mediadas pela Annatália Gomes, consultora do MS no Estado do Ceará, que usou uma metodologia bastante criativa e dinâmica com construções de painéis, e dramatizações feitas pelos participantes interfaceando os dois temas. Os efeitos foram tão ricos que serão compartilhados numa publicação à parte. Na avaliação final, os trabalhadores destacaram a importância do evento e a satisfação em participar das atividades.

A programação se finalizou com uma feijoada de confraternização realizada no dia 19 (sábado) fora do hospital, com música ao vivo, um momento que produziu muitas descontrações e alegrias.