Clínica Avançada – Um Desafio para o SUS

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A  clínica ao longo do tempo vem se mutando. Inicialmente era pensada na tríade agente patológico, hospedeiro e meio ambiente que levava em conta o velho e persistente modelo saúde-doença.

O  que predomina na clínica é o  modelo que acabou por automatizar a relação profissionais da saúde-paciente, uma vez que, os profissionais fazem muito das suas funções sem  questionar o tipo, efetividade etc. Na verdade ele apenas vem seguindo um modelo que lhe foi ensinado e que ele nem sempre entende o porque, apenas o segue. Assim, não são levadas em conta as vontades, desejos, aspirações do profissional e nem do paciente, tornando a relação rígida e de poder. Falando em poder, o modelo clínico é baseado em relação de poder, sendo que, o usuário do sistema acaba tendo a voz mais fraca e pouco ouvida.

Com a reforma sanitária tem-se ampliado o horizonte para a subjetividade tanto do paciente quanto do profissional da Saúde. O modelo da clínica avançada mesmo que não consiga de uma vez, vem trazendo uma outra visão, uma que percebe a singularidade do usuário e do profissional da saúde levando em conta seu subjetivo e que também alem do processo saúde doença, leva em conta os determinantes sociais envolvidos nesse processo.

Não é fácil nem acontecerá de uma vez, mas o antigo modelo clínico vem sendo melhorado e em um futuro próximo pode se tornar um modelo bom para todos. Assim foi pensado o SUS, alterar os modelos vigentes, retirar a burocracia e aumentar a participação do usuário e do profissional da saúde.