Educomunicação: Como estamos fazendo EAD?

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Thiago Petra da Silva 07/04/2016
Planejar EAD parece muito simples.

(Parece)

Se o professor ou o projetista de um curso EAD possui conhecimentos básicos de informática, domina o PowerPoint, gosta de escrever nas redes sociais ou se atreve a fazer uma edição simples de vídeo, bem, ele já está apto a criar todo o material do curso para um ambiente virtual de aprendizagem? Não sei vocês, mas acho muito pouco. E acredito que a maioria de vocês esteja sempre se deparando com isso aqui e acolá.
 
É sabido que estamos em uma sociedade que mudou muito. Temos acesso à internet, às tecnologias móveis, computadores baratos, às ferramentas web 2.0. É possível criar um blog como este, criar um canal no youtube, podcasts, relacionamento com outros usuários. Nós nos tornamos emissores de significados, de opiniões, de conexões. A Educação à Distância ganhou uma outra dimensão, temos Ambientes Virtuais de Aprendizagem, possibilidades de criação de narrativas diversas. E por que ainda vemos a mesma postura centralizadora das salas de aula presenciais? E por que se explora tão pouco as possibilidades das ferramentas web?
 
Vejam a diferença: Enquanto eu, como usuário, tenho inúmeras possibilidades de participação e interação em vários sites e redes sociais que acesso, nas salas de aula virtuais sou limitado à interação com o conteúdo de maneira passiva. Por quê? A cada estudo que se faz da EAD atualmente, “os números que mais gritam” são os de evasão. Podemos pensar em várias respostas, como falta de tempo do aluno, dificuldades de gerenciamento de informação/ensino, incapacidade do aluno em relação ao conteúdo proposto.
 
É preciso se colocar diante da realidade no virtual de maneira diferente.

(Devemos combater a educação bancária virtual!!!!)

E podemos ver uma mudança profunda quando inter-relacionamos a educação e a comunicação.
 
Entendam, um Ambiente Virtual de Aprendizagem é um ecossistema comunicacional. E os atores da educação precisam explorar isso, fugindo do modelo matemático de comunicação (emissor ⇒ receptor) e potencializando a rede e sua cultura interativa (⇔), colaborativa e distribuída. Aqui o conceito de Educomunicação pode nos ajudar a entender os desafios da EAD para uma prática da educação alinhada ao contexto interativo e dialógico do acesso do usuário/aluno na internet.
 
O conceito foi desenvolvido pelo Núcleo de Comunicação e Educação (NCE), da Universidade de São Paulo, sob a coordenação do prof. Dr. Ismar de Oliveira Soares, com o objetivo de estudar as inter-relações entre a Educação e a Comunicação e contribuir para identificar novas metodologias de ensino e aprendizagem. Se antes se discutia o uso de técnicas de rádio e jornal para dentro da sala de aula, na Educação a Distância fica clara a necessidade de se estudar com mais potência esta abordagem, desde a maneira como é montada toda a estrutura dentro de um Ambiente Virtual de Aprendizagem, quanto ao uso de narrativas midiáticas para construção de conteúdos.
 
Mas a comunicação não deve ser apenas um instrumento. Como escrevi no começo, não adianta saber criar um powerpoint, ou inserir texto no Moodle. É preciso refletir os processos comunicacionais do usuário inserido na web, as diversas narrativas e representações, os agentes que se colocam em relação com a aprendizagem. O aluno não se interessa por um mero transmissor de conteúdo/mensagem. Ele quer participar, seja pelas vias oficiais, ou pelos grupos/comunidades alternativas no Facebook. E o ambiente virtual de aprendizagem e o conteúdo educacional precisam apoiar e motivar esta participação.
 
Ao construir um ambiente como esse, é preciso estimular a comunicação para todos os usuários, facilitar o processo de construção do conhecimento, usar todo o potencial das tecnologias de informação e comunicação, criar espaços de interlocução. Um gestor de comunicação, ou educomunicador, é peça fundamental na construção deste processo de aprendizagem (se houver liberdade para uma construção em equipe, de preferência multidisciplinar).
 
O educomunicador é um facilitador, planeja a comunicação, media, explora os meios. Ele também é sujeito, possui um lugar de fala e dá visibilidade aos atores, aos discursos, às tensões. Se por um lado explora o uso das tecnologias e narrativas midiáticas, por outro promove a intencionalidade educativa no processo de comunicação. Até porque um curso se estrutura em objetivos educativos. Se este ator é o tutor, facilitador ou design instrucional, é uma questão de postura. Do educomunicador, de quem projeta o curso.
 
Por essas penso que um curso de EAD precisa ter um modelo pedagógico e comunicacional.
 
Referência:
 
DE MELLO, Luci Ferraz. Educomunicação na Educação a Distância: o Diálogo a partir das Mediações do Tutor. Dissertação apresentada ao Programa de Pós-Graduação em “Ciência da Comunicação”, ECA/USP. São Paulo, 2010

 

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19 Comentários

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Por Thiago Petra da Silva

Bem, preciso do apoio de vocês para voltar a compartilhar algumas questões qu envolvem meu processo de trabalho e meus estudos. Vou recuperar alguns textos de um blog antigo e compartilhar aqui.

Por Maria Luiza Carrilho Sardenberg

Oi Thiago, como vai? Muito bom ver você por aqui novamente. E com um assunto prá lá de fundamental hoje.

Introduzir a vitalidade da comunicação nos processos de EAD é prá ontem! E que esse novo paradigma se extenda pro processo de ensino/aprendizagem de crianças e adolescentes nas escolas. Podemos apostar que não haveria mais nenhuma criança com os supostos transtornos de aprendizagem que não passam hoje de um descompasso entre o mundo contemporâneo extremamente vivo e interativo e o mundo arrastado da escola tradicional.

Valeu o belo post!

beijo 

Por Ricardo Teixeira

Olá Thiago,

Alegria de ver essa sua contribuição por aqui!

Essa reflexão é a nossa há algum tempo e você levanta a bola de uma forma excelente.

Além do corte crítico e dos referenciais que você aporta (Educomunicação), temos um campo empírico riquíssimo a explorar conjuntamente. Pra começar, toda a experiência da Comunidade de Práticas e algumas experimentações aqui mesmo, na plataforma da RHS, que, sem se colocar, a princípio, como “plataforma de ensino”, vem sendo apropriada com esse objetivo por alguns companheiros, como o Gustavo Nunes e seus alunos de Saúde Coletiva da UnB, em plena atividade nesse momento.

Seria ótimo que começássemos a trocar alguns reflexões a partir dessas experiências.

Vou dar uma cutucada no Gustavo…

Forte abraço!

    Por Thiago Petra da Silva

    Olá Ricardo, tô achando muito rica a interação que está rolando aqui. Na Comunidade de Práticas estamos sempre discutindo, estudando, construindo e experimentando, faltando explorar o compartilhamento das nossas ações para debates como esse na RHS. 

    Tenho certeza que o povo da CdP está interessado em participar do papo. Fernanda, Raylayne, Eneida, bora prosear por essas bandas

    Grande abraço

     

     

Por gustavonunesoliveira

Oi Thiago e demais colegas!

Este é um debate importante! Concordo que há um uso ‘bancário’ de ferramentas de ead. Uma expansão linear do mais do mesmo de muitas salas de aula. Acredito inclusive que a alta evasão se dá sobretudo pq nesses ambientes é difícil reproduzir os mecanismos de autoridade e subjugação da sala de aula e dos cursos presenciais.

Também o formato fechado, a conformação de curso em ambiente virtual em plataformas fechadas de ead tradicionais não responde à questão central da comunicação como dispositivo de formação. Como vc diz, depende do conceito de educação e de comunicação em jogo.

Acredito, baseado na experiência que vem se desenvolvendo aqui na RHS, que quando se constitui um ambiente de comunicação no sentido de oportunizar a experiência efetiva de comunidade, que possibilita conectar coletivos com necessidades de desenvolvimento/formação, através de uma plataforma que ofereça ferramentas de acesso a material de apoio e coordenação de atividades grupais, mas mantendo-se aberta e responsiva a uma grande rede de usuários, tal como a RHS se configura hoje, temos condições ótimas para uma outra experiência de ead.

Nesse contexto podemos conformar uma rede de formadores-aprendizes na qual o protagonismo nas experiências de aprendizagem é distribuído, descentralizado. O mestre é um coordenador de um coletivo que se organiza para navegar em um oceano de diversas possibilidades de arranjos e roteiros de formação. Coordenação não para forçar um resultado a partir de objetivos prévios de uma disciplina ou curso. Muito mais para sustentar a legitimidade de necessidades formativas, desenvolvimento de habilidades, competências e atitudes não mais prescritas em um curriculo, mas expressas por um plano social mais amplo e histórico. Para mim essa é uma forma estratégica de quebrar com os dispositivos sociohistóricos que fazem reproduzir a formação voltada ao mercado e à reprodução do sistema de alienação capitalística, que sustenta ainda hoje a educação disciplinar bancária.

Abraços,

Gustavo

 

    Por Ricardo Teixeira

    Muito bom, Gustavo!

    Essa educação que, seguindo Freire, chamamos “bancária”, é, grosso modo, filha da “Revolução Industrial” e seus dispositivos disciplinares. A EAD que estamos criticando estende a mesma lógica às novas tecnologias e, nelas, apenas destaca o “à distância”, visando com isso uma maior “cobertura” e “produtividade”.

    Estamos apostando em potencialidades dessas novas tecnologias colaborativas que não são essas, mas que também decorrem de uma “revolução pós-industrial” do capitalismo, só pra dizer que também envolve seus riscos, decorrentes de todos os dispositivos de controle que aciona. Estamos assumindo esses riscos, mas apostando também no seu potencial de (des)controle e produção de potência e liberdade.

    Por fim, com estamos falando em formação para/no SUS, também cabe lembrar, a partir da sua colocação, que repetimos aqui uma máxima da formação presencial: precisamos formar na rede, no SUS! E não há mais como separar isso de formar na Rede (HumanizaSUS e outras), no CiberespaSUS.

    Abraços!

Por Cristine Nobre Leite

Oi Thiago,

Parabéns!

Ótimo post.

Você sempre muito antenado.

Um amigo me chamou outro dia de EDUCOMUNICADORA. Achei que era brincadeira dele. Não conhecia o termo.

Já compartilhei aqui na rede algumas das minhas ´”brincadeiras” em Saúde Pública. Quem sabe eu me convença.

Um grande abraço,

 

 Cristine

    Por deboraligieri

    Cristine querida.

    Que tal colocar aqui os links de algumas dessas suas “brincadeiras” pra quem acessar esse post ver?

    Abraços,

    Débora

      Por Cristine Nobre Leite

      Oi Débora,

      Coloquei os cordéis e a paródia do Novembro azul. Compartilhei com o pessoal do Comunidade de Práticas um teatro e o Outubro Rosa. Realmente não sei o que eles vão aproveitar. Fiquei surpresa com essa de EDUCOMUNICADORA. Será??

      Beijos,

      Cristine

      Por Maria Luiza Carrilho Sardenberg

      Pois você é a própria educomunicadora. Teu colega sacou tudo, Cristine. E educomunicadora com um baita talento artístico.

      beijo

      Por Thiago Petra da Silva

      Oi Cristine, claro que tu é educomunicadora. Não é de hoje que acompanhamos seu trabalho nas ações de comunicação, epxlorando diferentes narrativas. Fora a tua relação e participação nos demais espaços de interação. 

      Grande abraço!

      Por Cristine Nobre Leite

      Querido Thiago,

      A gente toma um susto de vez em quando .

      Tomei um susto quando o Gustavo me abordou com o termo Educomunicação, Educomunicadora…

      A CdP e a RHS mudaram substancialmente a minha forma de ver o SUS:

      Ecoaram na profissional de saúde  uma voz de maior valorização do trabalho, do trabalho num SUS que pode e que dá certo.

      Tudo se torna grande quando gostamos do que fazemos, quando nos reinventamos e nos reencontramos no invento.

      Vocês são maravilhosos e capazes de transformar o universo , o universal SUS : Agentes transformadores.

      Que bom que vocês existem!!

      Forte AbraSUS,

       

      Cristine

       

       

       

      Por Cristine Nobre Leite

      Iza,

      Vivendo e aprendendo.

      Muito bom ficarmos diante de coisas novas e boas.

      Beijos,

      Cristine

Por Evaldo

Li o texto de um link colocado pela Débora no Facebook, e fiz um comentario lá, que copio aqui:
“Não faço curso à distância e não sou “educomunicador”.
Achei muito interessante as colocações do Thiago e os comentários.
Ainda estamos tateando esta nova realidade dos ambientes virtuais. A nossa percepção centralizada da educação não permite o desenvolvimento sem um domínio, uma escola sem muros reais ou virtuais.”

    Por Thiago Petra da Silva

    Grande Evaldo, vi seu comentário no face, e acho que pdoemos conversar por aqui (como Ricardo Teixeira indicou).

    Obrigado pelo comentário.

    Então, como você escreveu, ainda estamos tateando e experimentando novas práticas de educação em ambientes virtuais. Isso já acontece há décadas nos espaços presenciais, numa reflexão sobre os limites da sala de aula, da centralidade do professor, entre outras questões.

    A internet nos possibilita criações diversas, possibilidades de encontros, de aprendizagens e de formação de rede ainda inimagináveis. Ainda vejo muitas estruturas focadas no modo comportamental de aprendizagem (behavorismo). Espaços como a Comunidade de Práticas e a Rede HumanizaSUS possibilitam explorar novas possibilidades. 

Por deboraligieri

Querido Thiago e demais colegas.

Fico pensando que a reprodução do modelo de educação bancária até mesmo na EAD revela o quanto estamos ainda presos a um modelo autoritário de relação de poder, em que a comunicação não é uma construção participativa, mas uma lei ditada pelo emissor que deve ser obedecida (e não questionada ou reconstruída) pelo receptor. Na área de saúde, esse modelo acaba se transferindo da sala de aula (no território ou no ambiente virtual) para a clínica. Por isso é tão difícil construir uma relação profissional de saúde-paciente através do diálogo e comunicação entre os conhecimentos técnicos e práticos.

Em 2014 escrevi um texto aqui na rede sobre as aulas de Comunicação e Saúde ministradas pelo nosso querido Ricardo Teixeira (https://redehumanizasus.net/85814-a-saude-publica-nao-esta-nua), em que um dos pontos abordados é justamente a desconsideração do outro como um corpo vivo. No modelo emissor-receptor este último é um corpo nu, destituído de qualidades. Acho que a sua problematização traz um pouco disso Thiago, o quanto a subjetividade do usuário/aluno da internet é desconsiderada nesse modelo de aprendizagem, o quanto sua vida é ignorada nesse processo de educação, que não educa para a democracia.

Para construirmos de fato relações democráticas, tanto nas salas de aula como na clínica, temos que considerar as pessoas como são, dotadas de vida e de experiências, e capazes de construir o processo de educação e de cuidado em saúde de forma participativa.

Obrigada por enriquecer nossa rede com esse lindo debate!

Beijos,

Débora

“um conjunto singular de infinitas partes extensivas, uma coisa singular, sob um dado espectro de relações, que é o que a caracteriza, e a que corresponde um grau de potência” (Espinosa) – See more at: https://redehumanizasus.net/85814-a-saude-publica-nao-esta-nua#sthash.eLTjD7UC.dpuf
“um conjunto singular de infinitas partes extensivas, uma coisa singular, sob um dado espectro de relações, que é o que a caracteriza, e a que corresponde um grau de potência” (Espinosa) – See more at: https://redehumanizasus.net/85814-a-saude-publica-nao-esta-nua#sthash.eLTjD7UC.dpuf
“um conjunto singular de infinitas partes extensivas, uma coisa singular, sob um dado espectro de relações, que é o que a caracteriza, e a que corresponde um grau de potência” (Espinosa) – See more at: https://redehumanizasus.net/85814-a-saude-publica-nao-esta-nua#sthash.eLTjD7UC.dpuf
    Por Thiago Petra da Silva

    Oi Debora, primeiramente obrigado por fazer movimentar a discussão. Espero contribuir cada vez mais e aprender com vocês (os comentários estão sensacionais).

    Obrigado pela indicação da leitura. E concordo com você, com o Gustavo e com o Ricardo, quando problematizam essa discussão a partir de uma reflexão sobre a reprodução de modelo de sociedade que temos hoje (e que é possível ser visto nas relações educativas, sociais, clínicas…) .

    Bem, sabemos que na CdP erramos e acertamos ao propor algo diferente, sobre o paradigma de rede (em suias devidas limitações). mas como bem trouxe o Ricardo, é preciso arriscar. E questões como humanização, rede, inteligência coletiva, colaboração são fundamentais para nortear a maneira como podemos tentar construir aprendizagem.

    Abraços

      Por deboraligieri

      Thiago, o mérito é todo seu por trazer um post tão interessante e com argumentos muito bem expostos, foi essa a razão de termos uma discussão com tantas participações!

      Mês passado fiz um curso EAD da CGU sobre controle social, e a cada módulo percorrido recebia um email de estímulo à continuidade do diretor da escola, cujo nome não sei, porque o email vinha assinado apenas com o cargo “diretor”. O conteúdo era bem interessante e de fato contribui para a qualificação da participação social, mas o próprio modelo de aprendizagem em questão não permite qualquer interação do aluno/usuário de forma participativa.

      Acho que na CdP é diferente, porque ela oferece uma possibilidade de relacionamento entre as pessoas do espaço, faciltadores e usuários/alunos (todos identificados por seus nomes). No tempo em que a frequentei (para fazer um curso sobre diabetes) percebi que de fato há uma proposta de diálogo diferenciada dos demais cursos de EAD, ainda que a partir de conteúdos fixos. Acho que a figura do facilitador na CdP e a possibilidade de troca de ideias com outros colegas, e também de interação com os comentários de alunos que fizeram o curso anteriormente, faz toda a diferença nessa equação dialógica. 

      Mas tornar o aluno um construtor ativo do conteúdo e das relações de aprendizagem requer um novo “contrato social” entre as partes envolvidas no processo, porque o próprio aluno/usuário da EAD muitas vezes também não se reconhece nesse papel. Então, da mesma forma que o SUS, vejo aqui as iniciativas da CdP e da RHS como ferramentas de transformação social, justamente por propor algo diferente, por arriscar e desafiar esse modelo de relações verticalizadas que temos hoje. 

      Acho que o deslocamento de posições (e dos respectivos “poderes”) é o que movimenta essas propostas enquanto dispositivos da democracia na saúde e na educação, e que faz de todos os envolvidos cidadãos.

      Abraços,