O público e o privado na saúde: Quando a política interfere.
Em ano de eleições, os discursos se repetem, o cenário político mobiliza-se em uma tentativa de convencer o maior numero possível de eleitores, muitos são os argumentos e a saúde e um prato cheio de oportunidades. Em um país aonde a grande maioria de votos vem de uma população de baixa renda, que lutam diariamente para sobreviver, e tem como único amparo a busca para cuidados a sua saúde no Sistema Único de Saúde, acabam sendo o principal alvo dos possíveis candidatos e seus partidos. Prontos para propor soluções mágicas, com resultados imediatos, e com baixos custos, acabam prejudicando trabalhos elaborados que buscam resultados preventivos assim como possíveis estratégias de promoção de saúde, sem levar em conta estudos e práticas elaboradas por profissionais que buscam aperfeiçoar a ciência e os resultados obtidos por pesquisas planejadas e organizadas, colocando interesses partidários em primeiro plano.
A população usuária das alternativas de tratamento, fica a mercê do vai e vem de propostas alienantes de sua própria escolha. Procurando implementar resultados práticos a problemáticas contemporâneas, podemos evidenciar o mau uso dos recursos públicos ofertados a instituições privadas, ligadas muitas vezes a movimentos culturais dominantes, sem interesse em aprofundar reflexões sobre o que está por traz destas demandas. Em quanto de um lado uma pequena minoria lucra com propostas de tratamento em instituições privadas, do outro a população perde com a desinformação de excelentes propostas de integralidade proposta de abordagem integral do ser humano, com trabalhos voltados ao respeito à vida humana. Trabalho que não surge da noite para o dia, e busca elementos que ampare todo o processo de adoecimento, indo além do tratamento sintomático.
Por Ezequiel
1) Então que façam concursos para os PSFs, com plano de cargos e carreiras, com salários equivalentes aos do juciário, exigindo cumprimento de horário e dedicação exclusiva. Isso resolveria o problema dos PSFs.
2)Sei que essa vai contra as diretrizes do SUS mas :
cobrança de 10 reais para os pacientes que querem ter seus casos ambulatoriais atendidos em serviços de urgência. Podem ir em qualquer urgência do SUS. 90% dos atendimentos são de pacientes que deveriam se tratar no PSF. Vão as urgências porque o não tem médico no posto, ou se tem o mesmo não está ou mesmo porque quer posar de esperto e não quer esperar a marcação do posto. Pois então que pague pela consulta na urgência, visto que está onerando o sistema e retardando o atendimento de quem realmente está em risco de vida. Por sinal, quando um paciente morre num serviço de urgência e a família resolve processar o serviço por descaso e negligência deveriam incluir no processo também todo paciente cujo caso não é de urgência e está ali atrapalhando o andamento do serviço. Querendo ou não, o excesso de consultas ambulatoriais nas urgência prejudica quem está grave. O fato da consullta ser cobrada, diminuiria o numero de pacientes ambulatorias e ainda faria com que os mesmo exigisse o perfeito funcionamento do PSF.
3) Entrada em hospital terciário só referenciado pelos prontos socorros.
4) Não esquecamos que saúde não se faz só com unidades de saúde. Que resolvam questão de saneamento, educação, lazer e etc. Só assim teremos uma população saudável.