Esfinge

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Não sei encenar o afeto

me aproximo

para tentar decifrá-lo

não trago a pressa

de ser devorado pela esfinge.

 

Em algum tempo

me reservo o instante

de ser mensageiro do encanto

percorro o território das palavras

para enunciar o sonho. 

 

Se dormindo ou acordado

no claro ou no escuro

olhos vendados ou não

encontro as cartilhas…

 

Registros em bilhetes

se acham em livros

fragmentos de PNH

dispersos nas encruzilhadas.

 

Vestígios de momentos impares

que trago na lembrança

e que sei eternos

num coletivo de UP Minuano.

 

Há ensaios

alguns umedecidos por lágrimas

outros misturados em enchentes

de palavras que não se calam.

 

Há também o riso

pois não saberia escrever

sem dar boas gargalhadas!

[Denize Mafalda]