Roda de conversa no Ministério da Saúde debate diversidade e alteridade na Semana Nacional de Humanização

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Um espaço de dialogo e reflexão sobre as politicas e práticas do Sistema Único de Saúde com um olhar na diversidade de sujeitos, populações e modos de viver e fazer saúde.  Está foi a temática da roda de conversa “Cuidado e alteridade: desafios para a construção da equidade no SUS”, realizada na manhã de hoje (8), em Brasília, na Tenda MS. A atividade é parte da programação da Semana Nacional de Humanização, evento que comemoração 10 anos da implantação da Politica Nacional de Humanização (PNH) no SUS. 

A Secretaria Especial de Saúde Indígena (Sesai) foi uma das áreas convidadas para promover o debate, já que como o Departamento de Apoio à Gestão Participativa (Dagep) e o Departamento de DST/AIDS e Hepatites Virais, responde pela implantação e gestão de políticas de saúde voltadas para populações específicas como é o caso da indígena. Também foram convidados para integrar os debates, representantes da área segurança alimentar do Ministério do Desenvolvimento Social e Combate à Fome (MDS).

Abrindo as discussões e incentivando a reflexão o consultor técnico do Dagep, Rafael Gonçalves, destacou a importância do SUS abrir espaços de reflexão como esses. “Só se faz saúde com dialogo e participação. E para isso é fundamental reconhecer o diferente na construção do cuidado em saúde”. O Dagep é um dos departamentos que compõe a estrutura da Secretaria de Gestão Estratégica e Participativa (SGEP), que tem como principal ação, a implementação de políticas de saúde voltadas para grupos vulneráveis como as populações Negra, LGBT, do Campo e da Floresta, Cigana e em Situação de Rua.

As diferentes formas de produzir saúde também foi um dos assuntos abordados pelo psicólogo da área técnica de saúde mental do Departamento de Atenção à Saúde Indígena da Sesai, Fernando Pessoa. Segundo ele a saúde indígena se depara cotidianamente com essas diferenças entre os modos de viver, compreender e fazer saúde, diversidade que não só gera conflitos entre profissionais e as comunidades indígenas, mas também produz diálogos construtivos e mobilização. “A saúde indígena tem um histórico de participação social. A criação da Sesai, por exemplo, é fruto da atuação e mobilização dos movimentos indígenas”, ressaltou.

Assim como na saúde indígena, a politica de DST/AIDS surgiu a partir do movimento social, ressaltou a representa do Departamento de DST/AIDS e Hepatites Virais da Secretaria de Atenção à Saúde (SAS), Damiana Neto. Segundo ela “ter direito à saúde não se restringe a um departamento ou secretaria, mas sim a discussões mais amplas e a percepção das singularidades de cada população, região e serviço. Isso é agir com equidade”.

Também participaram da roda de conversa representantes da Coordenação-Geral de Saúde Mental, Álcool e outras Drogas (SAS), da Coordenação de Saúde no Sistema Prisional (SAS), da Política Nacional de Humanização, do Conselho de Saúde do Piauí, do Departamento Nacional de Auditoria do SUS e da Associação de Prostitutas do Estado do Piauí. A Semana Nacional de Humanização segue até sexta feira com mais de 800 atividades em todo Brasil,  entre debates, oficinas, fóruns, plenárias, rodas de conversa, exposições.

 

Texto: Aedê Cadaxa, Fotos: Luis Oliveira( Núcleo de Comunicação SESAI)