I Fórum Popular de saúde Mental da Zona Norte de Natal

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 Na área de lazer do Panatis na manhã de ontem, quem por lá passava percebia que aquele era um encontro diferente. Deixamos as Unidades de saúde logo cedo e rodeada pelo verde da praça, a tenda foi montada pelas equipes do Panatis e Soledade I. Ao cenário da tenda do conto, acrescentava-se uma faixa: LOUCURA MAIOR É O PRECONCEITO!
Os convidados para o encontro foram recebidos pelo dentista Siqueira com o seu violão.  Alunos e professores da disciplina saúde e cidadania e do estágio integrado da UFRN, professores da FACEX, membros da diretoria da ABRASME- RN, a consultora da PNH Sheylla Rodrigues, usuários e trabalhadores do Distrito Norte de Natal, em roda, acomodavam-se nas cadeiras e no chão. Na TV atitude, a repórter do programa doido-é-tu insistia na "pergunta que não quer calar" e que conduz a muitas outras: “Onde você guarda a sua loucura?”


Rodas, músicas, cirandas, histórias, compartilhamento de saberes, de vontades, de questionamentos e reflexões. Ciente de que as palavras são insuficientes para transmitirem a força deste encontro, trago os vídeos com trechos de alguns desses momentos:
Silvana Barros, psicóloga, especialista em saúde mental, terapeuta comunitária, apoiadora matricial em saúde mental e membro da ABRASME – RN, sentou na cadeira de balanço para falar sobre suas raízes. Contou histórias da Tainha, o pequeno sítio próximo a João pessoa – Paraíba onde nasceu e questiona:
O que carregamos nas nossas malas?
Max, usuário dos serviços de saúde mental, membro da direção da ABRASME – RN e da associação plural de usuários e familiares, inspirado pela sua própria história declama um rap de sua autoria e pergunta:
Quantos se sentem presos numa camisa de força?
Maria do Carmo, assistente social, “mentaleira” de longa data, presidente da ABRASME – RN discorre sobre a necessidade urgente de expandir os espaços coletivos e de discutir com a sociedade:
Como podemos viver melhor?
Sheylla Rodrigues, psicóloga, consultora da PNH no RN fala sobre o preconceito, a reprodução da violência e a necessidade dos encontros para as conquistas  das transformações que almejamos e com a sua sensibilidade nos instiga:
Por que a roda?
Um encontro atrevido, cheio de descontração, alegria, arte e potência! Assim aconteceu o I Fórum popular de Saúde Mental na zona Norte de Natal que contribuiu também com a divulgação e mobilização para a pré-conferência distrital de saúde mental que ocorrerá no próximo dia 23 de março.
O que levamos dessa roda? Um entrelaçamento de esperança, alegria, movimento e a teimosa vontade de continuar questionando…