A importância da PNH para o setor da saúde

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Como estudante do primeiro termo de Medicina fui estimulada, desde a primeira semana de aula presencial, na Universidade do Oeste Paulista (UNOESTE), a escrever sobre a importância de um atendimento humanizado para os usuários do Sistema Único de Saúde (SUS), nos municípios de Presidente Prudente e Álvares Machado. O Programa de Aproximação Progressiva à Prática (PAPP), da Faculdade de Medicina da UNOESTE (FAMEPP) insere os estudantes do Curso Médico em oito Estratégias Saúde da Família (ESFs) e utiliza metodologias ativas de ensino e aprendizagem. Assim, entendi que os professores estimulam a empatia dos futuros profissionais diante do usuário SUS. Essa capacidade de colocar – se no lugar do outro significa tentar entender os sentimentos da outra pessoa, para, dessa forma, compreender e sensibilizar-se com a sua realidade. Posto isso, é notório que utilizar a empatia é muito importante para que o bem estar emocional do usuário SUS esteja em equilíbrio, para que conflitos na terapêutica proposta pela equipe interprofissional da ESF sejam evitados.

Além disso, notei que a Política Nacional de Humanização (PNH) vem direcionar a capacitação dos futuros e atuais profissionais de Saúde, já que essa alia a empatia ao atendimento humanizado. Por conseguinte, o cliente tem maiores chances de melhorar mais rapidamente, pois, ele será cuidado de maneira integral pela equipe de saúde da ESF. O atendimento humanizado alicerça o conceito de saúde, com foco na “Clínica Ampliada”. Essa abordagem sugere que a pessoa seja atendida no Sistema Único de Saúde em seus aspectos biológicos, psicológicos e sociais. A Organização Mundial da Saúde (OMS) descreve que a saúde significa “um estado de perfeito bem-estar físico, mental e social”, não se referindo apenas à saúde como “ausência de doenças”.

Ademais, aprendi que a humanização faz parte de um processo que ocorre a partir do relacionamento entre as pessoas, a qual deve ocorrer entre a equipe de saúde e o usuário do SUS para criar – se uma boa comunicação entre as duas partes, nesse sentido, também é necessário valorizar os trabalhadores da saúde, para que, assim, eles tenham o estimulo de fortalecerem o comportamento ético, visto que a ética é a “moral em movimento”. Dessa maneira, o atendimento humanizado tem estreita relação com a valorização da saúde do usuário SUS, fato que é perceptível ao profissional de saúde que deve desdobrar-se para identificar as necessidades das pessoas a partir das suas queixas, colocando-se no lugar de quem está sendo atendido.

De acordo com a PNH, ambiente físico deve ser agradável, limpo e confortável para o usuário do SUS, gerando confiança para quem é atendido no serviço de saúde, isso chama-se “ambiência” e, também, a comunicação entre equipe e usuários do SUS deve ocorrer de forma segura e eficiente, com contatos “sem pressa”.

Portanto, as equipes das ESFs deveriam repensar a marcação de consultas, por exemplo, com opções “online”, além da possibilidade de ocorrerem notificação de resultados de exames via “SMS”, dando maior agilidade para os atendimentos. Outro fator que contribui com a recuperação do usuário SUS é a presença dos familiares e acompanhantes, uma vez que essas companhias podem ter impactos positivos para melhorias na saúde mental dele.

Gostei muito de aprender a utilizar a PNH. Não vejo a hora de poder colocar tudo isso em prática, nos encontros que serão realizados nas Unidades de Saúde da Família, nas próximas semanas.

Referências:
Política Nacional de Humanização. Disponível em:
https://www.google.com/url?sa=t&source=web&rct=j&url=https://bvsms.saude.gov.br/bvs/publicacoes/politica_nacional_humanizacao_pnh_folheto.pdf&ved=2ahUKEwiu4_q_47byAhVxGLkGHcJXDjUQFnoECCMQAQ&usg=AOvVaw2lBS_aGXQoQCz71mpOFDWQ
Acesso em 16 08 2021, às 21h 14min.