Estudantes do Curso Médico e o “empowerment comunitário” contra a Dengue em ESF do interior de SP.

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A dengue é uma doença infecciosa que é causada por um tipo de vírus denominado flavivírus. É transmitida para o homem por um mosquito denominado Aedes aegypti.
Estudantes do Curso de Medicina, do Programa de Aproximação Progressiva à Prática, na Universidade do Oeste Paulista, no campus de Presidente Prudente (PAPP/FAMEPP/UNOESTE) são inseridos como membros das Equipes Interprofissionais de 09 Estratégias Saúde da Família (ESFs), localizadas nos municípios de Presidente Prudente e Álvares Machado. A inserção dos discentes se dá por meio de uma Parceria entre Academia (UNOESTE) e Serviço (Secretarias Municipais de Saúde de Presidente Prudente e Álvares Machado).
Os Facilitadores do PAPP utilizam Metodologias Ativas como a Problematização para estimular a criação de Planos de Ação, a partir da Epidemiologia em Saúde, encontrada nos territórios ligados às Unidades de Saúde.
Um dos Planos de Ação criado pelos acadêmicos, sob supervisão docente, esteve relacionado ao “Empowerment Comunitário”, relacionado à prevenção da Dengue.
O empowerment aparece no cenário das ações em saúde a partir do lançamento da Carta de Ottawa, na 1a Conferência Internacional sobre Promoção da Saúde, no ano de 1986. A promoção à saúde foi definida como o processo pelo qual as pessoas e a comunidade se tornam capazes de ter maior controle sobre a sua própria saúde, por meio da mobilização de recursos pessoais e sociais, que vão além do “Setor Saúde”.
Os acadêmicos organizaram, sob supervisão, uma Roda de Conversa, na “Sala de Espera” da ESF Vila Marcondes, em Presidente Prudente, SP, com foco na Educação em Saúde, para prevenção da Dengue.
A Facilitadora utilizou o Arco de Maguerez para estimular Reflexão-na-Ação.
Acadêmicos consideraram que os primeiros registros de dengue no mundo datam do fim do século XIII, na ilha de Java, no Sudoeste da Ásia e na Filadélfia, nos Estados Unidos. No século XX, a dengue foi reconhecida como doença, pela Organização Mundial de Saúde (OMS).
A Docente explicou que a maior incidência desta doença ocorre nas áreas nas quais, a própria população, por falta de informação ou por uma questão cultural, cria ambientes propícios para que o mosquito transmissor prolifere e se desenvolva.
Os acadêmicos consideraram que o mosquito utiliza locais com água parada (criadouros) para colocar seus ovos e rapidamente ocorre a sua reprodução.
A docente complementou que o Aedes aegypti utiliza todos os tipos de recipientes que as pessoas costumam usar nas atividades cotidianas, como: garrafas e embalagens descartáveis, latas, pneus, dentre outros. Estes recipientes se juntam a céu aberto, nos quintais das casas, em terrenos baldios e também nos lixões.
Os acadêmicos consideraram que é necessária a participação ativa de alguns setores da administração pública e de cada morador, para que ocorra a eliminação de criadouros que existem, ou de possíveis locais utilizados para a reprodução do mosquito.
A Professora explicou que o mosquito Aedes aegypti é hoje, o disseminador de um grave problema de saúde em nosso país, ocorrendo em todos os Estados brasileiros.
Acadêmicos explicaram que a dengue é uma doença dolorosa, que deixa sequelas. A sua forma hemorrágica tem um alto índice de mortalidade.
Acadêmicos consideraram que, para combater a Dengue é importante lembrar que o mosquito adulto tem algumas características como: ser rajado de preto e branco. O inseto se desenvolve em aproximadamente 7 dias, mas quando o calor é muito forte, a duração do ciclo pode diminuir. Esse ciclo abrange 4 fases: ovo, larva, pupa e adulto.
O objetivo da Roda de Conversa conduzida pelos futuros médicos, sobre a Dengue, foi o de conscientizar a comunidade, ligada ao território da ESF Marcondes, em Presidente Prudente, sobre a sua responsabilidade no combate e prevenção ao mosquito causador da dengue, além de demonstrar as formas de contágio, prevenção e tratamento.
Outros objetivos também foram: relacionar as causas de ocorrência de epidemia. Enfatizar a importância dos hábitos de higiene como forma de manter a saúde e prevenir doenças.
Destacar a origem do mosquito Aedes aegypti. Explicar como o aquecimento global pode interferir na proliferação da doença.
Estimular o “Empowerment Comunitário” para que a população possa adquirir hábitos e atitudes que colaborem para acabar com o mosquito e com a dengue.
Os participantes consideraram como positiva a ação de Promoção à Saúde e de “Empowerment Comunitário”, desenvolvidas no território ligado à ESF Marcondes, em Presidente Prudente, SP.

Referências:
Aplicabilidade prática do empowerment nas estratégias de promoção da saúde.
Disponível em: https://www.google.com/url?sa=t&source=web&rct=j&url=https://www.scielo.br/j/csc/a/9DJ65RR7rzPmXWMKF3Gdpvg/%3Flang%3Dpt&ved=2ahUKEwiz-L135j9AhV9rZUCHUspDAoQFnoECA0QAQ&usg=AOvVaw2gdV1ah1yClBVLO6tjpquf
Acesso em 15 02 2023, às21h 12min.

Cartilha dos Agentes de Endemias. Dengue – É fácil prevenir. Ministério da Saúde, 2002, p. 07.