Estudantes médicos abordam: papeis parentais e Planejamento Familiar, em uma ESF de SP.

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Estudantes médicos abordam: papeis parentais e Planejamento Familiar, em uma ESF de SP.

O Planejamento familiar corresponde ao conjunto de ações de educação em saúde por meio das quais são oferecidos métodos e técnicas para a concepção e a anticoncepção. Também são oferecidas ao casal, informações e acompanhamento, sempre em um contexto de escolha livre.
Estudantes do Curso Médico da Universidade do Oeste Paulista (UNOESTE) são inseridos em sete Estratégias Saúde da Família nos municípios de Presidente Prudente e Álvares Machado, como membros das Equipes Interdisciplinares. Os Facilitadores utilizam a Metodologia Ativa da Problematização para criarem Planos de Ação de acordo com as Necessidades de Saúde da comunidade, detectadas no território das ESFs.
Um dos Planos de Ação criados pelos Acadêmicos esteve relacionado aos Papeis Parentais no Planejamento Familiar.
Os estudantes organizaram Rodas de Conversa com puérperas da ESF para discutirem possibilidades de contracepção a serem utilizadas no pós parto imediato e tardio.
Após a realização da Ação de Promoção à Saúde, os Facilitadores utilizaram o Arco de Maguerez para que os futuros profissionais de saúde pudessem refletir sobre suas práticas.
Nessa oportunidade de reflexão os acadêmicos consideraram que o Planejamento Familiar não pode ser entendido simplesmente como um controle demográfico. Facilitadores consideraram que o Planejamento não deve ser encarado como uma intervenção impositiva e autoritária do Estado, que atende a interesses econômicos e segue metas demográficas. Pelo contrário, ele pode ser entendido como um sistema de orientação e apoio às famílias, pois podemos entender que os pais têm total liberdade para realizar o controle efetivo da própria fertilidade.
Estudantes entenderam que o planejamento familiar possui uma lei específica no Brasil, que regula o § 7° do art. 226 da Constituição da República Federativa do Brasil de 1988. Tal parágrafo estabelece que o planejamento familiar se alicerça nos princípios da dignidade da pessoa humana e da paternidade responsável. Ao Estado compete fornecer os recursos educacionais e científicos para que o direito (Constituição da República Federativa do Brasil, 1988) seja exercido. A Lei n° 9.263, de 12 de janeiro de 1996, trata do planejamento familiar, a quem ele se destina, quais pessoas têm a obrigação de fazê-lo e de que maneira, além das penalidades, no caso do descumprimento legal. Facilitadores consideraram que neste documento, pode-se perceber a proibição da utilização das ações de planejamento familiar para o controle demográfico, constituindo-se um direito de todo o cidadão.
Estudantes também consideraram que a paternidade e a maternidade, atualmente, não são mais as mesmas. Hoje em dia, por exemplo, ser pai, é participar de vários aspectos do desenvolvimento dos filhos. Essa condição não está mais restrita ao provimento e à disciplina dos filhos. Atualmente pide-se notar uma pressão social para que os pais assumam uma paternidade mais implicada e ativa. Tanto em relação à convivência quanto aos cuidados com os filhos. Não se pode entender as mudanças como um padrão de funcionamento generalizado. Acadêmicos entenderam que o conceito do “novo pai”, convive com outros padrões, o que também ocorre com a “nova mulher”.
Os participantes consideraram como positiva a ação de Criação de Ambientes Saudáveis, realizada no território da ESF São Pedro, no município de Presidente Prudente, SP.

Referências:

Planejamento Familiar e Papéis Parentais: o Tradicional, a Mudança e os Novos Desafios.
Disponível em:
https://www.google.com/url?sa=t&source=web&rct=j&url=https://www.scielo.br/scielo.php%3Fpid%3DS1414-98932017000400923%26script%3Dsci_abstract%26tlng%3Dpt&ved=2ahUKEwiZx-ek7driAhXnI7kGHREtDUwQFjACegQIBBAB&usg=AOvVaw1BC39cMhrGHnQy_zOz9WoF
Consulta em 08 06 2019 às 18h 45min.