Estudantes médicos entendem o Prontuário Eletrônico como ferramenta para integração nas RRAS

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Acadêmicos do Curso Médico da Universidade do Oeste Paulista são inseridos em oito Estratégias Saúde da Família (ESFs), como membros de Equipes Interprofissionais, graças a uma parceria Academia-Serviço firmada entre UNOESTE e Secretarias de Saúde dos municípios de Presidente Prudente e Álvares Machado.
Os Facilitadores utilizam a Metodologia Ativa da Problematização para criarem Planos de Ação, com foco na Criação de Ambientes Saudáveis, nos territórios ligados às ESFs, nas duas localidades citadas.
Um dos Planos de Ação criados pelos estudantes esteve voltado ao desenvolvimento da Competência “Saúde Coletiva” e ao entendimento do Prontuário Eletrônico como ferramenta para integração das Redes Regionalizadas de Atenção à Saúde (RRAS).
As RRAS podem ser entendidas de acordo com o autor Mendes (2011), como organizações poliárquicas de um conjunto de serviços de saúde vinculados entre si, que têm por missão e objetivo: garantir uma atenção contínua e integrada para uma determinada população, no tempo e lugar definidos, de forma humanizada e com aplicação do Princípio da Equidade.


Os estudantes acessaram prontuários eletrônicos, pertencentes aos usuários do SUS, verificando resultados de exames de bioquímica que haviam sido colhidos previamente, nas semanas anteriores, além de cadastro de exames de Papanicolaou.
Após a análise dos prontuários eletrônicos, a Facilitadora utilizou o Arco de Maguerez, para estimular a “Reflexão-na-Ação”.
Estudantes, após realizarem buscas em referências confiáveis, publicadas pelo Ministério da Saúde do Brasil, consideraram, que a estrutura organizacional das RRAS é muito importante para garantir a efetividade na prestação dos serviços de saúde. Consideraram como positivas as ferramentas que podem ajudar nessa organização, como os sistemas logísticos. Acadêmicos demonstraram conhecimentos, nas discussões, relacionado aos cartões de identificação dos usuários e também citaram o prontuário clínico das pessoas cadastradas na ESF.
Estudantes consideraram que o sistema de referência e contra-referência dos usuários SUS precisa ser eficaz. As trocas de informações ao longo dos pontos de atenção à saúde precisam ser eficientes, inclusive dos sistemas de apoio inseridos nas redes. Os aprendizes citaram as “Necessidades de Saúde” do autor Cecílio, na discussão, com foco nas Tecnologias que Prolongam a Vida. Consideraram que o prontuário é um documento personificado, para cada usuário do Sistema Único, sendo constituído por várias informações, de sinais, de imagens registradas, geradas a partir de fatos, acontecimentos e situações relacionadas à saúde das pessoas e também da assistência a elas dispensada. Esse prontuário tem caráter legal, sigiloso e também científico. Ele possibilita que os membros da equipe interprofissional da ESF possam se comunicar (CONSELHO FEDERAL DE MEDICINA, 2002).
O prontuário eletrônico dos usuários SUS, nas ESFs, é utilizado, na UNOESTE, pelos acadêmicos médicos e pelas Equipes das ESFs, como ferramenta de gestão nas Unidades de Saúde de Presidente Prudente e Álvares Machado, no interior de SP. Acadêmicos consideraram que a utilização desse instrumento é essencial no registro, na atenção primária, proporcionando uma maior qualidade ao atendimento e à gestão pública. Estudantes entenderam que, para os dois municípios, a utilização dessa ferramenta pode ser muito importante para reduzir o número de papéis arquivados, diminuindo erros de conduta entre profissionais da ESF. Esses dados podem ser armazenados por mais tempo, evitando a redundância de procedimentos, tais como exames, além de aumentarem a produtividade do serviço e a satisfação dos usuários.
Os participantes consideraram como positivas as ações de Promoção à Saúde realizadas nas ESFs com foco no Prontuário Eletrônico como ferramenta para integração nas RRAS.

Referências:

CONSELHO FEDERAL DE MEDICINA (Brasil). Resolução nº 1.638
de julho de 2002. Define prontuário médico e torna obrigatória a
criação da Comissão de Revisão de Prontuários nas instituições de
saúde. Brasília: Diário Oficial União, 9 ago. 2002. p. 184-185.

MENDES, E. V. A modelagem das redes de atenção à Saúde.
Disponível em: . Acesso em: 30 abr. 2011.
__. As redes de atenção à saúde. 2. ed. Rio de Janeiro: OMS/
OPAS, 2011.
__. As redes de atenção à saúde. Ciência & Saúde Coletiva,
Rio de Janeiro, v. 15, n. 5, ago. 2010. Disponível em: . Acesso em: 23 ago. 2012.

Prontuário Eletrônico: uma ferramenta que pode contribuir para a integração das Redes de Atenção à Saúde. Disponível em:
https://www.google.com/url?sa=t&source=web&rct=j&url=https://www.scielo.br/j/sdeb/a/xLMq3HyhgqNwhX6y3jjpNff/%3Flang%3Dpt&ved=2ahUKEwju3JLXrKzzAhXtqJUCHdZODfcQFnoECBoQAQ&usg=AOvVaw01mrxRWzvoMY_CenlRl_Md
Acesso em 01 10 2021, às 19h 22min.