Evento debateu a importância da Comunicação nas políticas públicas de saúde

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Alunos, pesquisadores e interessados no tema lotaram o quarto andar do prédio da Expansão do Campus da Fiocruz, na quarta e quinta-feira, dias 12 e 13 de setembro último, para a assistir o seminário internacional “Epidemias, jornalismo e políticas públicas de saúde”.

O seminário, dividido em dois dias, aconteceu na manhã e tarde do dia 12/09 e na manhã do dia 13/09.

Dentre os palestrantes, estavam Mónica Petracci, pesquisadora da Universidade de Buenos Aires, na Argentina, que falou sobre a sua pesquisa sobre as opiniões dos jornalistas sobre as notícias em saúde. Petracci lembrou das inúmeras lógicas que o jornalistas têm que enfrentar para conseguir escrever uma matéria – como a lógica sanitária, a midiática e a contemporânea, com fontes diversas e algumas até conflitantes. “A saúde é um tema com multiplicidade de vozes e as epidemias são uma notícia em si, o que leva a uma importância na mídia”, afirmou.

Já José Miguel Labrín, da Universidad de Chile, abordou “Epidemias: periodismo y políticas públicas”, enfatizando “a importância da boa política de comunicação para o desenvolvimento de uma política de saúde pública”. Em sua apresentação ele trouxe como exemplo a implantação da Ley sobre Composición Nutricional de los Alimentos y su Publicidad, de 2016, no Chile, explicando que o país é um dos que tem a maior taxa de obesidade do mundo, 67% dos chilenos oscilando entre sobrepeso e obesidade. Das crianças entre 5 e 7 anos, 26,4% estão com sobrepeso e 23,9% já são consideradas obesas.

A pesquisadora da Fiocruz Minas, Denise Nacif Pimenta, chamou a atenção para a necessidade de “interação” entre pesquisadores e a sociedade civil, e que sejam levados em consideração por eles a importância do contexto social, evitando generalizações e ‘receitas’ (“scalinp up”) e a implicação do território nas análises sociais. Ao falar sobre o papel da Comunicação no contexto das epidemias, Denise Pimentel questionou: “quais os interesses que estão por trás das campanhas, que já se sabem que não funcionam? Quais as dimensões objetivas e subjetivas dos sujeitos sociais? O que funciona na prevenção e controle e informação/comunicação?”.

Leia a matéria sobre as palestras que aconteceram na abertura, no site do Icict.

Fotos: Raquel Portugal (Multimeios/Icict/Fiocruz)