Humanização e Formação em Saúde: terminando a disciplina e produzindo indisciplinas

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Nesse segundo semestre de 2021 compartilhamos a experiência, mais uma vez, de realizar uma disciplina do Mestrado Profissional em Ensino na Saúde, da Faculdade de Medicina da Universidade Federal de Alagoas. Foi uma disciplina eletiva, feita totalmente no modo virtual, com carga horária de 45h, sob minha coordenação. Tivemos atividades síncronas e assíncronas, todas sendo discutidas e pactuadas coletivamente. Contamos como discentes profissionais de diversas áreas da saúde e que trabalham em diferentes espaços da saúde e/ou da educação. A principal preocupação/objetivo foi propiciar uma formação junto com as pessoas participantes, ou seja, pondo em prática a própria PNH no modo de coproduzir nossa caminhada. Trabalhamos os seguintes temas:

1 – SUS, Formação e Humanização em Saúde:

a) Fizemos uma nuvem de palavras sobre “o que é humanização da saúde”. b) quem somos nós? o que desejamos e necessitamos aqui? c) SUS: dificuldades/desafios/superações/responsáveis. c) Rede HumanizaSUS.

2 – Humanização da Saúde: polissemia, práticas e consequências. Compartilhamos diversos sentidos sobre humanização da saúde e conversamos sobre as consequências sobre pessoas que usam, trabalham ou fazem gestão no SUS e para os próprios serviços e sistema de saúde

3 – PNH: princípios, método, diretrizes e dispositivos.

4 – Formação em Humanização e Humanização da Formação em Saúde

5 – Diretrizes Acolhimento e Ambiência e dispositivos associados

6 – Diretriz Clínica Ampliada e dispositivos associados

7 – Diretriz Gestão Participativa e Cogestão e dispositivos associados

8 – Diretrizes Valorização do Trabalho e de quem trabalha na saúde e Direitos das pessoas usuárias do SUS e dispositivos associados

9 – Avaliação de nossa caminhada

 

Grande parte desse trabalho foi feito em grupos, baseado em reflexões, dúvidas e contribuições disparadas por leituras, vídeos e compartilhamento de experiências pessoais/profissionais. Foram muitos os aprendizados e afetos (no sentido de afetar-se e ser afetade e também de afetuosidade). Excelentes encontros e parcerias. Que persistam e fortaleçam nossas redes de trabalho, de afeto, de resistência e reexistência. Que essa disciplina tenha produzido indisciplinas, ou seja, pessoas potentes e que não se submetem aos autoritarismos, às naturalizações que desfavorecem a vida, à produção de submissões e alienações.