Podemos, como metáfora de qualquer momento da vida, pensar que vivemos o auge da nossa autonomia no início da meia idade. Diferentemente do auge do vigor físico, que ocorre por volta dos 25 anos, é na maturidade que a noção da alegria atinge o ápice da combinação de força e consciência.
Jamais tivemos controle sobre tudo ao nosso redor. Mas do início da meia idade em diante, cada vez menos coisas, em nosso corpo e em nossa mente, estarão ao alcance de nossas decisões.
A meia idade marca o início de um tipo de autonomia marcada pela reação à perda de autonomia. Nós passamos a ter plena consciência de que não controlamos nossa biologia, que finalmente, começa a ceder diante do peso do tempo.
Isso exige uma gestão inteligente do desejo e da força.
O corpo é nossa única realidade. Ele exige cuidado e atenção. Cada situação – em que um desejo se desenlaça em acontecimento – tem um valor incalculável quando o corpo começa a dar os sinais claros de sua degeneração.
Ignorar a decadência da vida em nossa carne implica em renunciar a possibilidade de uma alegria, em nome da obsessão de negar a realidade. Quando o derradeiro limite se torna evidente, a realização de uma potência leva a um grande êxtase de alegria em estar vivo.
Por patrinutri
Grande reflexão você nos provoca aqui Marco.
Enquanto aos 25 anos nos achamos indestrutíveis, já aos 50 percebemos nossa finitude.
Entre estes dois momentos acumulamos, vivência, sabedoria para envelhecer do melhor modo possível.
Envelhecer não é fácil, mas também é um privilégio para os que desfrutam dos momentos presentes.
Seguimos com força e desejo de vida!
AbraSUS