Professores do PAPP/UNOESTE discutem Problematização e Protagonismo do Estudante Médico

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Facilitadores do Programa de Aproximação Progressiva à Prática (PAPP/UNOESTE) no campus de Presidente Prudente, se reuniram em mais um encontro de Educação Permanente (EP), na Universidade do Oeste Paulista no dia 22 09 2021. Os coordenadores iniciaram a EP perguntando aos docentes, de que maneira as metodologias ativas poderiam ser aplicadas nas Estratégias Saúde da Família (ESFs), de modo que pudessem favorecer o protagonismo dos acadêmicos nos processos de ensino eaprendizagem, na Graduaçào em Medicina. Os Coordenadores disponibilizaram uma relação de competências, sugeridas pelas Diretrizes Curriculares Nacionais (DCNTs), propostas pelo Ministério da Educação e Cultura (MEC) no ano de 2014, em forma de “tiras de papel”.
A tarefa proposta pelos Coordenadores do PAPP aos docentes participantes era a de propor estratégias que colocassem o estudante no centro do processo de aprendizagem, a partir do retorno gradual do ensino remoto para o presencial, com a retomada das atividades pedagógicas nas ESFs, após a redução do número de mortes, causadas pela Pandemia do COVID 19.

Os Professores do PAPP apontaram alguns caminhos, sempre com foco na motivação dos estudantes, para explorar múltiplas possibilidades no dia a dia das ESFs, a partir das competências propostas pelas DCNs 2014.
Os Coordenadores também questionaram sobre como podemos repensar o papel do acadêmico e do professor no processo de ensino e aprendizagem presencial, reinserindo o acadêmico como membro das equipes interprofissionais nas oito Unidades de Saúde da Família, localizadas nos municípios de Presidente Prudente e Álvares Machado. Esse questionamento foi considerado como muito importante pelo grupo de docentes que aderiram ao ensino remoto emergencial, por causa da Pandemia. Os docentes consideraram que alguns elementos do modelo “on line” perduraram até o atual ano de 2021, no gradual retorno presencial.  Os Coordenadores resgataram o autor Paulo Freire, que já discutia questões semelhantes, por exemplo, quando abordou o paradigma da educação bancária. Os professores refletiram que estudantes não devem receber passivamente informações, o que caracterizaria, o que Freire denominava de “Educação Bancária”. Os Facilitadores transformaram as “filipetas” nas quais estavam grafadas as competências esperadas para os futuros profissionais de saúde, em ações práticas, a serem desenvolvidas nos diferentes contextos nas ESFs. Essa foi uma maneira de colocar o acadêmico como protagonista do processo de construção do conhecimento.

No final do encontro, os Coordenadores utilizaram o Arco de Maguerez para estimular Reflexão na Ação. Os Facilitadores participaram da “Avaliação de Pérolas” e consideraram que a pandemia tornou mais latente a necessidade do estudante ser visto em sua individualidade. O grupo entendeu que deve continuar a buscar um ensino cada vez mais personalizado e ativo, a partir das necessidades educacionais trazidas pelos estudantes.