Transtorno mental coletivo e sociopatia

Obrigada por compartilhar seu texto. Uma critica que nos faz pensar bastante nesse momento de tanta dor.
Sou psicologa também e sou evangélica e penso que de fato usam a bíblia, mas de forma distorcida. A bíblia é um livro que deveria ser compreendido com menos preconceito,traz mensagens e experiencias libertadores e que nos ajudam a dar sentido a experiencia de viver.
Sei que esse não é o amago do seu texto, mas veio ao meu coração e estou contribuindo.
Seu texto, repito, achei excelente e digno de todo respeito, pois provém de uma experiencia pratica e nos faz pensar o contexto de forma muito mais ampla.
Parabéns!

Olá Marco,
A violência está sendo naturalizada há muito tempo em nossa sociedade, que por ser hipócrita culpa os assassinos, as famílias e até às vítimas, sem tomar consciência da sua própria responsabilidade. O gesto que imita armas com as mãos foi materializado e o discurso de ódio foi posto em prática, expondo feridas abertas. Aproveito para expressar aqui minha admiração a equipe do CAPS Alumiar e demais profissionais da Saúde Mental de Suzano que estão acolhendo as pessoas para reduzir os danos dessa tragédia.
AbraSUS!

USOS e ABUSOS:

Marco, teu texto me remete a uma dimensao para além das interpretaçõs óbvias produzidas pela cobertura da TV e Internet. Fala de um fenômeno social que fomenta a espetacularização da violência.
A produção dessa violência se dá nas dinâmicas desrespeitosas do cotidiano, da ênfase a uma cultura de massa que transforma a vida em objeto descartável ( e matável), de um vazio de sentidos , de uma falta de conexão com dimensoes mais sutis dos relacionamentos.
Teu texto me faz pensar e sentir a necessidade de um movimento individual e coletivo, em busca de algo diferente dessa espetacularização e banalização do sofrimento, do ódio, da violência.
Não é facil, mas sigamos nessa busca.

Texto importante para uma reflexão sobre esse cenário de violência que permeia a nossa sociedade.
Na quinta-feira (14) participei de uma reunião numa escola aqui em Teresina, onde o foco da discussão foi a violência que vem acontecendo entre os jovens, nas escolas, tirando vidas que ainda tinham muito o que viver, numa busca coletiva de uma melhor compreensão desse problema e de possíveis soluções. O problema é sério, muito preocupante, e abrir a discussão em todos os espaços é necessário e urgente.
Parabéns pela postagem Marcos!
AbraSUS
Emília

Marco,
O mal foi e, está sendo, banalizado.
As coisas banais normalmente passam despercebidas até um momento trágico como esse, pra nos abrirmos pro prosaísmo com muita reflexão.
Lindo texto!
AbraSUS,
Cristine

Saudações!

Ao longo da história humana e mais recentemente, nos tempos atuais, percebemos que a loucura como insanidade emocional grave ou extrema de manipulação psicológica, em seus vários graus e contextos nos relacionamentos sociais, traz oculta uma sede de morte, uma sede de sangue, uma sede de destruir o outro pelo prazer de destruir no sentido de exercer um poder sobre o outro, um poder final.
Esse quadro psicológico esta presente em culturas da antiguidade, e nos antigos rituais de sacrifícios humanos aos deuses e deusas da cultura humana antiga.
Essa cultura da insanidade social aceita como natural ou normal pelos povos antigos tbm o é atualmente, com base na cabeça das pessoas, em geral, através de uma lógica louca, uma lógica ilógica, uma lógica fantasiosa porque insana e inconsciente de seus próprios impulsos patológicos que explodem na sua forma final: o assassinato e as guerras.
E assassinatos e guerras físicas, em menor número, mas em grande e gigantesco número de assassinatos e guerras de almas, onde o corpo físico foi poupado, mesmo que tenha sofrido abuso de tortura ou violência, mas o corpo emocional ou mente ou alma da pessoa que foi vitimada não é poupada, como bem ensinava Jesus:
– “não temam o que matam o corpo, temam os que matam a alma” (o Emocional).
Sem o Corpo Emocional saudável e integrado à cultura humana, a raça humana se tornou maquinal, desumana, demoniacamente racional: a cultura da razão sobre a emoção.
O roubo de alma ou sequestro emocional como padrão repetitivo de geração em geração configurando um tipo simbológico de “maldição na família humana”, é geralmente, seguido de um processo obsessivo sem trégua, minuto a minuto, através da subjetividade das relações humanas em família onde se situa o núcleo ou centro ou a fábrica da neurose cultural humana e onde acontece esse velho paradigma das culturas e povos: o roubo da alma pelo sequestrador sobre a vítima, o sequestrado.
Geralmente, tendo seu primeiro caso na tenra infância onde os pais e mães que são pessoas que também tiveram suas almas roubadas pela geração anterior, repetem o padrão da “síndrome do amor negativo” e roubam a alma de seu filho e sua filha, ainda crianças pequenas, antes dos 7 anos de idade.
A síndrome do amor negativo faz parte do contexto do roubo da alma de geração em geração, e esse roubo invisível, silencioso e acobertado pelos valores da cultura local de cada povo faz parte da loucura humana das pessoas deste planeta, onde o bem é pago com o mal, na maioria dos relacionamentos humanos… observe bem os relacionamentos humanos, com exceções de pessoas lúcidas emocionalmente que pagam ou devolvem o bem emocional com o bem afetivo nos seus relacionamentos.
O assassinato coletivo em Suzano – RS revela indivíduos que traziam as sequelas ou registros das programações de abuso e sequestro emocional na infância deles mesmos por parte de adultos de seu contexto de vida infantil.
Não, os assassinos não são inocentes, e se vivos, mereceriam receber o rigor da lei estatal vigente.
Mas, eram tão insanos que um matou o outro e depois esse, suicidou-se.
Esses dois atiradores revelaram o grau de insanidade emocional que está vindo à tona no contexto da sociedade brasileira, e mundial; uma insanidade que tende a aumentar porque é ignorada e alienada da conversa e do diálogo nas famílias, nas escolas, e nos órgãos de saúde.
Não basta constatar um caso de loucura social de infanticídio, seguido de sua ação característica covarde, o suicídio.
Se esses dois Homens mentalmente doentes fossem presos com vida, julgados e condenados como doentes mentais, a sua internação num hospital presídio-psiquiátrico ou presídio tradicional de nada aliviaria a insanidade deles, mas se tornariam dois “serial killer” profissionais. Todavia, certamente deveriam responder por seus crimes no rigor da Lei.
Estou escrevendo publicamente sobre um tema do qual eu fui vítima na minha tenra infância e o qual estudo há 36 anos, desde os 15 anos de idade, atualmente estou com 52: a loucura emocional da Humanidade, loucura real, perigosa, assassina, silenciosa, sorrateira, traiçoeira e letal para a saúde mental das pessoas porque todos estão envolvidos nesse processo de insanidade emocional coletiva.
Nossa loucura, digo “nossa” porque tal qual um vírus o gênero humano deste planeta foi infectado pela “insanidade emocional hereditária”, que é transmitida por condicionamento, a cada próxima geração, tal qual um doença contagiosa. E isso não tem nada a ver com “pecado original” ou dogmas religiosos, isso tem a ver com SAUDE MENTAL.
Nossos genitores, e os genitores deles e delas, os antepassados… há milhares de anos vem transmitindo esse vírus emocional que infecta o sistema mental humana danificando as funções emocionais e deixando relativamente em funcionamento, curiosamente (?1?) apenas a função racional… por quê?
Racionalmente, nossa espécie domina bem o assunto sobreviver e viver, basta ver e testemunhar o mundo material que criamos e desenvolvemos com o uso constante e quase exclusivo da nossa Razão.
Mas, Emocionalmente, nossa espécie está profundamente adoecida, enfermiça, sequestrada, roubada e relativamente “morta” na Alma Emocional, no Coração. E esse Roubo da Alma ou Roubo do Emocional está presente em todas as culturas de todos os povos deste planeta, a Terra.
Esse registro de insanidade emocional pode ser observado nos livros históricos religiosos das nações antigas e vem se desenvolvendo sutil e sorrateiramente, mudando de forma, mudando de cores, de contexto, de versões, num mimetismo notável, um verdadeiro vírus-camaleão instalado na psique humana.
E que vírus seria esse?
É um vírus de natureza emocional porque ele age repetidamente no mesmo campo: a emoção humana.
Esse vírus é tão antigo como a humanidade deste planeta.
E todos os textos religiosos antigos falam sobre esse elemento ou componente ou vírus da psique humana e sempre alertam para se ter cuidado e vigilância com esse “único inimigo da saúde da espécie humana” e quem é ele?
– um Medo Fora do Lugar.
E dele, do Medo Fora do Lugar, que nasce o desejo de violação dos limites saudáveis da nossa psiquê pela imposição compulsiva de uma NECESSIDADE INCONSCIENTE de violência, em diversos graus e tipos que levou o gênero humano a todas as suas guerras ao longo de nossa história planetária envolvendo culturas e povos desde a nossa antiguidade até os dias atuais.
Todas as doenças da mente humana tem sua base no Medo Fora do Lugar que se mimetiza em culpa, vergonha, invalidação emocional, violação de direitos internos da própria pessoa, violência de diversos tipos, doenças emocionais, culturas desumanas e guerras, etc.
A loucura humana é uma loucura emocional que tem como origem ou causa um MEDO FORA DO LUGAR, e as pessoas portadores dessa loucura emocional tem aumentado em numero exponencialmente através da doença do século: ansiedade e depressão e obsessão nos relacionamentos afetivos e sociais.
Observe bem seu dia-a-dia, observe bem como as pessoas comuns estão sutilmente surtando mais do que antes… não é fantasia, é algo observável.
Pessoas essas, sem lesão cerebral, indivíduos com sistema nervoso preservado vem sutilmente enlouquecendo emocionalmente, isso vem acontecendo em todos os cantos do Mundo.
Como é um fenômeno ou síndrome coletiva que atinge o mundo inteiro, é um fenômeno tão grande em termos de proporções geográficas de referencia social que quase ninguém percebe essa síndrome silenciosa e assassina que mata lentamente a saúde mental das pessoas e depois, sai para as ruas para matar fisicamente nossas crianças estudando numa escola.
Essa característica do Roubo de Alma de ser uma contaminação virótica emocional convencionada socialmente e traduzida em valores obscuros de família, tbm como normose cultural, tbm como insano e falso sagrado religioso, tbm como paradigma “mudo” de uma linguagem de olhares em cumplicidade:
– a loucura do Medo Fora do Lugar (e não o medo natural preservativo) de adulterar o funcionamento da natureza humana, loucura real e belicosa que faz da guerra psicológica interna das pessoas e dos relacionamentos humanos e da violência de abuso e sequestro emocional de que essa sociedade humana mundial… me leva a levantar a hipótese kardecista de que talvez nosso mundo emocional humano… seja um tipo terapêutico de “inferno” de Outro Mundo ou Planeta… um tipo avançado de hospício planetário para almas degeneradas mentalmente exiladas de outros planetas mais evoluídos em humanidade e respeito às Leis do Cosmos, em especial, o respeito ao verdadeiro sagrado que é a Alma do Indivíduo.
Um hospício planetário para tratar e curar a loucura em sentido real de insanidade mental “sem” lesão cerebral no corpo físico. Mas com lesão no corpo psíquico pregresso a nossa chegada a este lindo planeta azul.
Seria um tipo de loucura emocional, uma loucura da alma roubada de si mesma, fragmentada, em forma de um sistema de valores com sombras patológicas que quase ninguém quer ver, nem dialogar… uma escuridão ontológica chamada:
– loucura da cultura humana baseada na motivação do Medo Fora do Lugar.
Por que temos Medo Fora do Lugar, tantos medos?
Tememos assuntos que nunca se realizam, coisas sem fundamento real nenhum… por quê?
De onde isso vem?
Pra onde isso está arrastando nossa espécie humana?
Ou nós culturalmente matamos o medo ou ele matará nossa espécie através do adoecimento emocional coletivo num transtorno mental coletivo e sociopatia generalizada, pois, a tendência de toda doença não curada, é aumentar a infecção, expandir o adoecimento, e finalmente, ceifar a vida.
E no livro do gênesis da bíblia cristã temos uma pista que tbm consta de outras maneiras em outros livros sagrados de religiões antigas que narram um fenômeno de causalidade coletiva: o início do medo humano.
E Alguém ou Algo Superior perguntou: Adão, onde estás?
E ele respondeu: Ouvi teu passo no jardim e TIVE MEDO porque estou nu.
Nudez, Medo e Loucura parece que andam juntos, geralmente as pessoas loucas com lesão cerebral gostam de tirar as roupas e ficarem nuas.
Arrisco dizer que nudez remete à sexualidade humana.
E do sexo humano ou de como nos relacionamos com a sexualidade humana é que nasceria o Medo Fora do Lugar… e desse, nasce a loucura ou alucinação emocional.
Pra mim, o Medo Fora do Lugar é um fenômeno psíquico de alucinação emocional: você percebe algo que não está ali e essa percepção é carregada de emoção negativa.
Sexo, Medo e Loucura estão intimamente ligados na mente humana.

Fica minha humilde contribuição para quem quiser fazer uma reflexão sobre o conteúdo exposto por mim em meus estudos pessoais.

Abraço Fraterno,
Rangel Tupã, 52, pai de família, funcionário publico, escritor.