V Seminário Internacional A Educação Medicalizada: “Existirmos, a que será que se destina?
Não pensemos que nos tentam destruir. Falemos antes da hipótese de que nos tentam produzir. Produzir-nos enquanto sujeito político, enquanto “anarquistas”, enquanto “Black Bloc”, enquanto “antissistema”, de modo a extrair-nos da população genérica, fixando-nos a uma identidade política.
in: Aos Nossos Amigos, Comitê Invisível, pp.130
3 anos após a sua última edição, o Fórum sobre Medicalização da Educação e da Sociedade volta com o V Seminário A Educação Medicalizada com uma pergunta de fundo: no campo da medicalização a existência se destina a que força?
Afinal, 2018 marca os 7 anos de existência do Fórum enquanto coletivo ético-político-científico.
Existirmos, a que será que se destina?
Ou como lembra a nossa Vaquinha para auxiliar na construção do evento
Em tempos de mais intensificação de individualismos, meritocracia, vidas mercadoria, cortes, golpes
Atrapalhando o silencio da viagem
Rebel dia!
Atrapalhamos a viagem, bagunçamos as certezas.
Somos produzidos por políticas que enquadram nossas existências e subjetividades. Quando aniquilam nossas existências, produzem nossas formas de sofrer e resisitir. Essa é a pergunta de fundo da mesa Existências impedidas: extermínio de vidas e subjetividades e formas de resistência.
Essa mesma negaçaõ da existência é a que impede, no mundo do ultraindividualismo, a existência de outras formas de viver. Um paradoxo ou uma forma de produção contemporânea?
Porque ao mesmo tempo que se conclama a individualidade e diversidade se desqualifica os desvios e furos ao sistema? É esse o tema de fundo da mesa Medicalização, a quem será que se destina: desqualificação do sujeito em tempos de neoliberalismo.
A proposta nossa é clara, borrar o que separa as lutas individuais das coletivas, da falsa dicotomia entre pautas identitárias e nacionais e de classe. Afinal, o corpo político é o que age em coletivo, e por isso (Re)existências nas encruzilhadas: só a luta coletiva mudará as nossas vidas.
Nessa última mesa, seguimos para o que devemos seguir, uma plenária com microfone aberto, com proposições para a escrita coletiva e contrução de unidades de afeto e ação.
O evento é gratuito, as inscrições estão abertas, e as submissões de trabalho vão até o dia 10 de Julho de 2018.
Serviço
Evento: V Seminário Internacional A Educação Medicalizada: Existirmos, a que será que se destina?
Período: 08 a 11 de Agosto
Programação: Acesse no site do evento https://seminario5.medicalizacao.org.br/
Local: UFBA, Salão da Reitoria e Faculdade de Educação
Investimento: Cobramos engajamento, não cobramos pela inscrição, mas caso queira construir conosco, pode fazer uma doação em nossa Vaquinha!
Inscrições: Até 06/08 no site
Submissão de Trabalhos: Até o dia 10/07 no site
Por Maria Luiza Carrilho Sardenberg
Oi Rui,
“Eles querem nos obrigar a governar, mas não vamos cair nessa provocação”…
O mural em Oaxaca, em 2006, traz outra constatação à qual devemos prestar a maior atenção como esta que vc garimpou no livro do Comitê Invisível sobre a Crise e a Insurreição no contemporâneo. Cair nas armadilhas identificatórias que o processo de medicalização produz o tempo todo, produzindo as bioidentidades necessárias ao funcionamento do capitalismo é o que nos faz lutar no Fórum e em todos os espaços possíveis.
“Não pensemos que nos tentam destruir. Falemos antes da hipótese de que nos tentam produzir. Produzir-nos enquanto sujeito político, enquanto “anarquistas”, enquanto “Black Bloc”, enquanto “antissistema”, de modo a extrair-nos da população genérica, fixando-nos a uma identidade política.”
in: Aos Nossos Amigos, Comitê Invisível, pp.130
Sejamos invisíveis e assim mais perigosos…