Olá!
No post Cartografando a RHS fiz uma breve apresentação do projeto de pesquisa para pensarmos sobre a RHS. Lanço agora algumas reflexões para iniciarmos (de modo mais sistematizado) este trabalho!
(As expressões que seguirão em negrito foram utilizadas em outros textos já postados aqui na Rede e em comentários e são reproduzidas aqui.)
Na época de criação da RHS apareceram algumas perguntas como: “o que esperar da RHS? O que apostar? O que temer? O que sonhar?” [no post "Ainda nem completou nove meses"] Passaram-se 3 anos e pode-se observar maior apropriação deste espaço de colaboração por seus participantes. Muito embora os relatos deixem a entender que a Rede não deixa de surpreender, as dúvidas e receios iniciais vêm dando lugar a outras sensações.
Pela leitura dos posts, constata-se que a RHS tem sido percebida, por seus participantes, como um espaço-função de vida, união, conexão, encontro, memória coletiva, inclusão, democracia, sintonia, esperança, construção coletiva, aproximação de parceiros, respeito, aprendizagem, fortalecimento, experimentações, compartilhamento, acolhimento, colaboração, afinidade, cumplicidade.
Aqui se encontra um grupo-apoiador que, através de comunicação horizontal e ausência de hierarquia, produz brechas para fazer diferença, escapar da solidão, discutir dificuldades e inventar soluções. Aqui, fazem-se redes com outras redes e amplia-se a base de inteligência, opera-se um dispositivo de inclusão, produzem-se novos modos de relacionamento e produção de sentido para, sobretudo, construir e reconstruir o SUS e atuar em defesa da vida!
Participar da RHS tem despertado emoção, alegria, reflexão; orgulho por fazer parte, modificando a experiência do cotidiano, fazendo repensar, potencializando, contagiando, enchendo de esperança. A RHS produz efeitos multiplicadores, efeitos polifônicos, efeitos desterritorializantes e reterritorializantes. É um espaço virtual que produz efeitos reais – das trocas de experiências e produzindo sensações físicas que assim se expressam: “li e senti”: arrepio, carinho vibrar em mim; o afeto que circula nesta rede alimenta meus dias! Assim, desperta vida, saúde, afeto (“afetividade solidária”), admiração, capacidade inventiva, criativa.
A RHS é a comunidade que foge à tendência de exacerbação do medo do comunal e incentivo ao isolacionismo egóico. Preenche o vazio causado pela ausência da convivialidade das cadeiras nas calçadas, que só vivendo mesmo a potência desses links afetivos para saber.
A RHS funciona de modo transversalizado (entre os blogs individuais e os debates coletivos) mostrando um entrelaçamento de “semelhantes e diferentes”, constituindo-se como um “entre-lugares”. A RHS mantém-se com delicadeza, seriedade e consistência, constituindo uma mente coletiva em composição. E a rede-roda…
Isto é tudo?
São recortes de algumas, dentre muitas!, coisas (análises, sensações, opiniões) ditas-escritas pelos participantes sobre a RHS e como é fazer parte dela. Para seguir compreendendo as conexões que aqui se estabelecem, gostaria de perguntar sobre como é, para cada um de vocês, fazer parte da RHS.
Qual o lugar da RHS em suas vidas? O que os faz participar dela?
Peço que cada um que fosse respondendo pudesse se apresentar um pouco, dizendo nome, em que área atua, onde, há quanto tempo (tendo em vista que nem todos têm perfil completo) e o que mais julgar importante neste momento para conhecê-los um pouco mais…
Desde já agradeço a participação e desejo que este diálogo possa ser interessante para todos!
(Imagem: Social Interaction Explained, de Henry Manning)
84 Comentários
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Por Lílian
Oi, Shirley!
Fico feliz em saber que o post aqueceu…! Tenho percebido (e você reforça em seu comentário) que este tem sido um dos efeitos das conexões que têm sido estabelecidas por aqui, não é?
Obrigada por seu "pronto" comentário. Vamos ver o que mais vai surgindo para seguirmos o trabalho!
Abraço!
Lílian
Por Cláudia Matthes
falar sobre a rede, já posso adiantar:
https://www.youtube.com/watch?v=byBqXR_dgYo
de resto vou precisar ficar um tempo na encubadora e depois volto a responder….
Bom trabalho com afeto
Cláudia Peju
Devia haver um botão aqui do famoso "curtir" do facebook.
Estou também na encubadeira para pensar sobre essa nossa rede…
Iza
Por Luciane Régio
Lilian… não dá para colocar tudo em palavras, o que significa a rhs para nós. Mesmo que a Claudinha e a Iza achem mais algumas!
Afeto, trabalho coletivo – inteligência coletiva, mas para mim uma já é super potente: amor. Uma grande fonte de expressão de amor, Lilian! Amor pelo outro, pela vida,pelo trabalho com vidas, por tudo que ela SIM, a vida, significa. Vida que traz a morte como parte natural dela, amar também na morte. Amor. Amor. Poderíamos adicionar muitas outras, que são por assim, também sua expressão (de amor): respeito, valorização do ser humano (com tantas tentativas de desqualificações, de preconceitos, desamor), liberdade… Mas o amor é fonte inesgotável de tolerância, de aceitação das diferenças, e de tudo que possa ser dito. A rhs é amor pela vida-compartilhada, vida-coletiva, força de comum em alta potência, contágio-alegria, rede viva.
Bjs, Lu
Contagiei-me com o jeito afetuoso com que vc definiu o que é a RHS para ti. E começo a falar em língua de gaúchos até!
SAUDADE,
Iza
Por Luciane Régio
É que dele, o amor, vem tudo isso, saudades, encontros, alegrias, contágio!!!!
Bjs, Lu
O amor nos faz perder o medo… da morte. Frase atribuída a Hemingway no "Midnight in Paris", novo filme do Woody Allen.
Iza
da morte. E não é o que fazemos nesta rede com vários assuntos, inclusive os "de saúde"?
muitos beijos, querida amiga!
Iza
Por Lílian
"Lu e Iza" (e demais)!
As expressões de afeto/amor são realmente recorrentes na RHS – afeto pela RHS, pelo trabalho em saúde, entre os participantes….
Acompanhando a vida da RHS pela leitura longitudinal/cronológica dos posts, “de fora”, percebi alguns laços se estreitando com o passar do tempo, amizades sendo construídas, uma intimidade nas trocas dos comentários (como apareceu no diálogo entre vocês)… Vocês (e quem mais quiser participar) poderiam comentar como vivenciam isto?
Já se conheciam antes? Se conheceram aqui na Rede? Houve algum encontro presencial? Conhecer pessoalmente faz alguma diferença…?
(De minha parte, devo dizer que a sensação é de que já conheço as pessoas que participam da RHS…!)
Abraços!
Por Luciane Régio
Não vamos falar em "tempo"… mas, "fisicamente", (re) "conheci" a Iza depois de encontros na rhs! "entre" conversas pelos posts e uma legítima maratona filosófica, atrás de exemplares esgotados! O texto do Lapoujade (O corpo que não aguenta mais), depois de tê-lo conhecido em Sampa, só faltava mesmo almoçar com a Iza 🙂 quem me cedeu cópias de tudo!
A partir daí, ficou confirmado que somos gêeemeas…
Bjs!!!
[áh, tu e eu, nos encontramos em breves momentos da tutoria pedagógica em 2008-9, na ESP 🙂 ]
quando diz que tem a sensação de já nos conhecer.
Minha estória com a Luciane tem o sabor do encontro de um modo de ser e de pensar ( desculpe a redundância ) que vejo nela. Comecei a admirá-la pelas coisas que dizia em seus posts. Depois, dizíamos coisas parecidas, em sincronicidade. Viramos as gêmeas. Mas essa é uma mirada bem narcisista de minha parte.
O que mais nos aproxima é que , `as vezes, ela completa meus modos de ver, desviando-os para outros territórios, levando-nos para outras viagens inusitadas.
Iza
Por Luciane Régio
……. pra ver!!!! Hemingway, dirigido pelo W. Allen !!!!! Duas paixões, numa só?! Demais! [Quem tem medo do lobo mau, lobo mau?? – sempre com nossos assuntos "tr@ns"… eis que "confidencio" que só recentemente venci o "medo" de assistir "A garota da capa vermelha", rsrs, o máximo de terror que permito na minha vida – ? – rsrs, lembra que não vejo esse tipo de filmeee… ] E, em pensar, que a morte, pelas conexões da rede, eu venci o medo! Será que o lobo se tornou mais aterrorizante?? Dã, Xá pra lá, hehe. Pipocas e Woody, muito muito melhor! E com amor então! Morte?Quem tem medo da morte??
Vida longa, em potência de vida!
Bjs da gêmea!!!
e ele não gostou muito. Só babou com a trilha sonora e a fotografia, além de morrer de rir das caracterizações dos escritores, pintores e outros artistas que Allen coloca num outro filme dentro do filme.
Uma outra leitura do filme pode dar um belo post sobre o que é saúde mental hoje. Vamos fazê-lo a quatro mãos, depois que vc assisti-lo?
Iza
Por Lílian
Cláudia! (Não sei se vc lembra, mas nos conhecemos no seminário em Santa Maria, em 2009…!)
A música já diz muito… mas temos tempo e se outras "expressões" surgirem serão acolhidas também!
Abraço!
Lílian
Por patrinutri
Querida amiga,
Cadê tua alma que se confunde com o espírito desta rede?
Explique a Lilian a emoção de ser faxineira… ahahahha
Explique a Lilian sua habilidade de transbordar humor nesta rede…
Coloque em palavras a força de nosso afeto costurado por entre sua páginas, posts e trabalhos de edição…
Tanta coisa a dizer… talvez num mal momento, sei lá, mas sei que tudo que vivemos neste espaço vai além desta música, transcende…
Conte a Lilian de seus planos de abrir uma lan house em Pejuçara só para não precisar sair da rede e nem ter a conexão caida ehehehe
Muito mais você pode nos dar… saudades amiga desta faxineira de Peju… do Peru eheheheh
Ah faltou falar da troca de quadrinhos…entre monicas, magalis, luocos etc…
Cade sua essência?
Beijo grande
Pat
Por Marco Pires
Um embrião em gestação de uma mente coletiva que seja solidaria e inclusiva com humanos e não humanos.
Um jeito ser que nos desapossa do passado para podermos ganhar o futuro.
Um monte de "nós" interagindo para deixarmos de ser apenas eu. Para sermos mais do que nós.
Ufa! Muito em poucas frases…
Por Lílian
Oi, Marco! O muito em poucas frases é intenso! Ufa, mesmo!
Você traz à tona outro aspecto que tenho achado muito interessante e se você (e quem mais quiser colaborar!) quiser/puder "esboçar" um pouco mais… trata-se desta passagem do eu ao nós (ou, como você diz, "mais que nós"). Como é isto? Seria possível relatar esta experiência? É uma intenção?
Abraço!
Por Marco Pires
Veja lá em cima no que deu teu questionamento. Já indo na direção da passagem do eu ao "nós" de nodo de rede. Antes uma paradinha nas relações de gênero.
Delícia este movimento de pensar/escrever coletivamente.
Obrigado!
Oi Lilian,
Que belo recorte você fez das transbordâncias da nossa rede. Me remeteu a um passeio mental sobre os diversos postes publicados, tentando identificar o(a) autor(a) de cada citação feita. Muito legal.
Entrei na rede em 2008 de forma bem singular. Estava participando da I Mostra Interativa do SUS realizada aqui em Teresina, e incentivada pela Annatalia Gomes, nossa Consultora da PNH, no próprio espaço, acessei o site da rede e produzi um pequeno post sobre o evento. Fiquei empolgada com o feedback estabelecido, e tomei gosto pela coisa. A partir daí, comecei a buscar a leitura de outros posts, conhecendo os modos de produzir saúde de outras realidades susistas, me interagindo com outros companheiros do sistema, e não parei mais.
Eu vejo a rede como um espaço conectivo com múltiplas dimensoes: aprendizado e construção coletiva; compartilhamento de idéias, acontecimentos e de fatos cotidianos; trocas de afetos… Na rede, me sinto à vontade para falar não só da minha vivencia profissional no território do SUS, mas dos meus sentimentos, das minhas angústias e por ai vai. Aliás, quando estou na rede me sinto energizada, revitalizada. Posso dizer que esta rede conseguiu incluive, resgatar uma dimensão moleca, que já estava adormecida em mim. Às vezes, me surpreendo com comentários que faço, e fico me questionando, será que extrapolei? É uma rede de pura efervescência e transbordamentos, pela forma afetuosa, cuidadosa, com que todos são acolhidos nas suas diversas formas de manifestações.
Ih, acho que transbordei!
Um grande abraço!!!
Emilia – Assistente Social, Apoiadora da PNH no Piaui
PS. Fui a décima votante! Legal!
Por Lílian
Oi, Emilia! Obrigada por sua contribuição!
Você menciona o valor dos feedbacks (e do quanto isto te estimulou a seguir participando) e dos seus próprios comentários ("será que extrapolei?"). Estes são aspectos que tenho me questionado acerca da Rede… fico pensando (e li em alguns comentários em outros posts) como é a expectativa ao escrever um post e como é a sensação quando ele não é comentado ou não gera muita repercussão? E ao contrário, quando o post produz movimentos e comentários que levam à continuidade da reflexão?
Da mesma forma com relação ao ato de comentar um post, quando se está "do outro lado"… o que mobiliza a comentar? O que seria "extrapolar"?
Estas são questões que vocês também se fazem?
Bem, fico na expectativa dos comentários!!
Por patrinutri
Com certeza Lilian, o grupo de cuidadores desta rede reconhece a potência produzida pelos comentário nos posts, pois isso além de gerar diálogo e debate, gera uma força motriz para produção de novos posts, bem como demonstra respeito pela ação de tornar público o SUS que dá certo.
Esta tem sido nosso papel por aqui dentre as muitas tarefas que assumimos e que se reproduz aos que chegam quando assim são acolhidos como tão bem relata Emília sobre sua entrada neste espaço.
Isto é produção de acolhimento, diretriz da PNH, diretriz desta rede.
Bjs Patrícia
Por Lílian
Patrícia!
Tenho acompanhado a importância dos cuidadores para acolher e estimular a participação e o envolvimento na Rede…
Mas queria te perguntar: que questões os cuidadores se colocam a este respeito (quanto à participação dos usuários na continuidade dos debates propostos)? Que percepções vocês têm?
(Já te agradeci em outro comentário, mas reforço: obrigada por estar sendo – junto com outr@s – cuidadora das questões relativas a esta pesquisa!!!)
Oi Lilian,
E aqui na rede tem um time que faz isso muito bem, alias um timaço. Adoro o que essa turma escreve, pois quando o faz, não faz apenas com a razão, faz com o coração também, faz com paixão. São os “transbordantes”. Coloquei no masculino, porque, esta não e´ uma exclusividade apenas das meninas não, tem uns meninos que também “transbordam”, e como!
Um grande abraço!
Emilia
Por Rejane Guedes
Olá garotas e garotos.
Esclareço que, para resolver a questão de gênero no verbo transbordar, usamos o símbolo @ para indefinir o termo L@s tr@nsbordantes. Assim, nem estamos falando de homens nem de mulheres.
Penso que tr@nsbordar é um estado de espírito mais criativo , menos engessado, menos formatado e mais brincante.
Abraço brincante. Rejane.
Por Lílian
Eu imaginava algo assim como você descreve, Emília. De que há expectativa em ver a discussão ir adiante (muitos "pedem" isto ao final do post…), de ver outras opiniões… não se trata apenas de informar (embora alguns post, sim), mas de dialogar, não é mesmo?
Estou fazendo um levantamento sobre isto (nos posts de 2010) e trarei mais adiante para discutirmos…!
Abraço!!
Por patrinutri
Querida Emília,
Sua participação efetiva nesta rede tem um papel muito importante não só porque nos conecta a este pedaço do nordeste brasileiro, como também porque trazes esta militãncia pelo SUS junto com este jeito afetuoso e como vc mesma diz "moleca de ser".
Com certeza sua participação por aqui vai além da contribuição com conteúdos para este rede, mas vc se faz editora e cuidadora desta rede.
bjs Pat
Queridas Jacque, Pat, e demais
Que idéia genial esta da Lilian!
Por patrinutri
Este novo movimento por dentro da rede dá mesmo este tom curioso de saber o que as pessoas deste coletivo pensam sobre o que estar neste fazer coletivo, neste movimento antropofágico de se devora e quer mais , quer construir e ser construido.
Isso mesmo Emília acho a Lilian trouxe esta nova dimensão para a rede e para todos nós revelando esta sentimento curioso por aqui.
Ainda muito curiosa!
Bjs Pat
Cara Lílian,
Depois de uma tarde chuvosa, a lua reapareceu ainda mais “transbordante” aqui na cidade do sol. Ela me faz lembrar os amigos virtuais /reais que fiz por aqui.
Fico aqui pensando como deve ser prazerosa a experiência de pesquisar aqui na RHS, virá-la, revirá-la, surpreender-se com as pérolas encontradas…
Vamos lá!
Sou do sertão da Paraíba e moro em Natal há quase trinta anos. Enfermeira, atuo no SUS, mais especificamente na atenção “básica” há vinte e três anos, dentre estes, nove anos na Estratégia Saúde da Família no Panatis – Região Norte de Natal-RN.
Tenho paixão por histórias. Paixão por escrevê-las. Encanta-me ver palavras escritas, preenchendo espaços em branco, registrando, se fazendo memória. Postei na RHS pela primeira vez em 09/08/2008 e de lá pra cá posso contar nos dedos os dias que fiquei sem acessá-la. Na família, temos o hábito de escrever uns aos outros mesmo quando estamos próximos. Recebi pelas mãos da minha irmã mais velha, uma carta em que ela relatava sua experiência como usuária do SUS. A carta despertou a vontade de publicá-la; assim, como havia conhecido recentemente a RHS na Mostra Saúde da Família, ela virou o post: “cantando baião”.
Além do modo carinhoso com o qual o relato foi recebido, causou-me impacto a forma com que usuários da rede reagiram ao oportunismo de uma empresa privada que tentou promover sua publicidade utilizando-se do conteúdo do post. De início, fiquei zonza, sem entender muito bem, mas tinha aquela sensação que diz "esse corpo me convém” (rs). Percebi que aqui eu encontrava pares, parceiros, gente que acreditava naquilo que fazia; pessoas que falavam outros sotaques/linguagens, mas que se faziam compreender, acolhiam as diferenças e singularidades e, mais que isso, despertavam respeito pelo outro. Eu, que mal sabia digitar um texto no computador, ao entrar na rede, me senti como se estivesse escrevendo cartas aos amigos. A rede rapidamente se transformara em lugar de encontro, de compartilhamento de experiências; um lugar que despertava potência.
A RHS faz a gente perder a noção da hora, entrar pela madrugada lendo ou comentando posts, sentir falta quando um (a) companheiro (a) de conversa se ausenta. Faz querer tecer redes, juntar pessoas dos mais diversos lugares, das mais diversas “tribos”, ouvi-las/vê-las e afetar-se com a força das palavras.
Se faz mutante por meio de seus visitantes, cresce e acrescenta, amplia-se, modifica-se, forma-se e desforma-se, mas mantém essa coisa de ser lugar acolhedor, lugar de bons encontros… Potência da palavra que nutre e que se neologiza. Faz querer ter alma "Ízica"; faz do outro o “nosso”. Palavra eu /nós escrita, marcada, demarcada, desmarcada, re-marcada, re-escrita. Palavra que quando dita/escrita ganha novos sentidos, ignora os mapas, rompe fronteiras, percorre mundos… já não pertence mais a um só. Faz-se comum. Palavra que se faz ato vivo no trabalho, na vida.
Grande abraço,
Jacque
Por patrinutri
Querida Jacque , hoje resolvi responder a provocação da Lilian de falar do que nos faz parte desta rede.
De propósito não li seu comentário antes de escrever, pois sabia que ele poderia ressoar em minha fala, dada nossa forte conexão (eu, vc e Claudinha).
E de fato considero que fiz bem, pois suas palavras me fizeram chorar e minhas emoções me impediram de ler suas palavras pelo cair das lágrimas.
Que maravilha construimos aqui amiga… quanto força tem este afeto, e suas palavras retratam muito bem este sentimento quando vc fala das produções da RHS: "ízica" e "nosso", como estas palavras inventadas nos dão sentido de pertencimento, um jargão que é da RHS e de quem a controe.
Beijo grande cheio de saudades!
Pat
Patrinutri,
Lembrei do nosso primeiro encontro presencial em São Paulo. Lembro também de ter insistido com Ricardo que esse encontro de "editores" acontecesse aqui no NE e ele argumentava: "mas a Escola do Futuro é aqui" (rs). Temendo não ser identificada por você e Claudinha Peju, viajei vestindo uma camiseta laranja da PNH (brinco dizendo que essa camisa, vesti e não tirei mais); claro, fui imediatamente reconhecida! A sensação de encontrá-las "ao vivo" foi indescritível. As conversas e risos rolavam soltos madrugada a dentro no quarto do hotel. Parecia que nos conhecíamos há muito tempo. Você e Claudinha tiveram toda a paciência do mundo me ensinando a desfazer os erros que eu cometia ao postar os vídeos. Claudinha tem poderes mágicos de consertar tudo brincando e fazendo rir…E você, querida, norteia, dá segurança; uma bússola viva nessa navegação!
Ah, o seu abraço é maravilhoso!
Beijos,
Jacque
Por patrinutri
Lilian obrigada por nos proporcionar esta explosão de afeto entre os internautas desta rede!
Jacque o encontro só ataram mais ainda os laços que já haviamos construido em nossos encontros virtuais.
Sabe Lilian a potência desta rede está sim em termos uma causa pela qual lutar e também por um perfil de pessoas que são atraidas por este propósito: sonhadores, lutadores e acima de tudo corajosos, mas sem perder a ternura!
Bjs Pat
Por Shirley Monteiro
Jacque,
… Lindo.
Voce sempre escreve assim, de forma envolvente que fala por tod@s nós … Saudade Amiga !
Por um instante, percebendo o quanto este post tem despertado nossas emoções recentes e presentes; imaginei como será para nós ler a tese da Lílian !! Em algum dos seus comentários, ela quis saber se todos já se conhecem presencialmente, … se há encontros presenciais entre alguns, entre quem … ??? Isso claro, remete aos nossos encontros intensos no virtual, como os presenciais, e faz lembrar grupos l@s-transbordantes, como não ??… Então pensei: Temos que nos reunir presencialmente mais vezes, e seria tão bom estarmos juntos todos com a Lílian no dia da sua Defesa !
Lílian, desculpa esta precipitação, este tranbordar … já nos convidando para a defesa da sua tese, que ainda em primeiros passos, tem aquecido esta Rede. As vezes a gente faz isso, a partir dos encontros RHS, começamos a "bordar" a vida, ou seja, capilarizando-se para metáforas outras; lembro-me quando o Ricardo " o nosso" conheceu as idéias inicialmente brincantes de l@s-transbordantes, e se disse " trans-bordado" pelo grupo. Esta foi outra palavra aqui criada, e inesquecível !
beijos !!
Por Luciane Régio
Teremos que fornecer um dicionário desse nosso vocabulário tr@ns para Lílian……….. tem palavras que são quase "senhas" haha.
Bjs, LuHU
Por Lílian
Shirley!
Estão desde já convidad@s à defesa! (que "responsa"! Espero que tudo isto trans-borde na tese e corresponda às expectativas que vão se criando…! rs)
E, Luciane, seria ótima a elaboração de um glossário… identificando este jeito próprio de se comunicar na RHS! (Sim, nos encontramos no curso da ESP/UFRGS… fico muito feliz com isto!)
Abraços!
Há alguma coisa muito especial nesta paraibana querida. Todos os editores/ cuidadores são muito especiais e cada um em uma praia diferente. Mas a Jacque é hors concours total. Se vc me pedir prá dizer o pq, direi que ela é doce e puro acolhimento. Precisa mais???
Ricardo Teixeira é da mesma turma de contágio imediato.
Iza
Há alguma coisa muito especial nesta paraibana querida. Todos os editores/ cuidadores são muito especiais e cada um em uma praia diferente. Mas a Jacque é hors concours total. Se vc me pedir prá dizer o pq, direi que ela é doce e puro acolhimento. Precisa mais???
Ricardo Teixeira é da mesma turma de contágio imediato.
Iza
Por patrinutri
Os verbos agir e comunicar provocaram este movimento inicial da RHS. Momento este que muito me orgulho em ter vivido juntamente com Ricardo Teixeira e os queridos companheiros da Escola do Futuro e do coletivo de consultores da PNH.
Já antes da existência da RHS o coletivo vinha buscando estratégias de comunicação virtual e que eu colaborava com este movimento pelo e-PNH (boletim eletrónico que circuladva entre os consultores) a fim de comunicar o que acontecia nos territórios em relação a PNH e dialogar sobre os desafios que se imponham nesta tarefa de consultor.
No coletivo de consultores onde aconteceu o Café Humanizasus e o lançamento da RHS, lembro de Ricardo convocando a todos para concretizar o que até aquele momento era um projeto inicial.
Ao me convocar naquele espaço como editora da RHS, Ricardo demosntrou grande confiança no que eu poderia contribuir neste espaço, mas confesso que estava receosa para assumir este lugar, não só pelo desafio de me aprofundar nas ferramentas da RHS (sou apenas uma usuária que gosta de comunicação virtual e não especialista em computação), como de ser uma animadora para inclusão de novos parceiros neste espaço.
Me apaixonei pela tarefa e mais ainda me encantei pelo espaço virtual como um espaço de encontro vivo e real. Descobri esta outra forma de produzir encontros, em especial pautados pelo compromisso com uma idéia (humanização), sonho de ver uma "utopia" realizada (PNH) e a troca de afetos que re une os trabalhadores do SUS, gestores e usuários.
Tudo isso me reencanta a cada dia, e fazer parte da história inscrita com a minha vida e meu fazer diário representa não só contribuir para uma causa que me habita ao longo de minha jornada na saúde, como efetiva um apoio as ações territorias e potencializa o trabalho em rede de coletivos.
Um outro fator tem sido determinante para meu entusiasmo pela RHS: a efetivação de um trabalho coletivo permeado pelo afeto.
Ao encontrar, num passado muito recente, a Claudia Mattes e a Jacqueline Abrantes no espaço da RHS conheci uma nova possibilidade do sentido para a palavra amizade. Isto porque nos aproximamos pelo afeto em favor de uma causa e com isso nos iabrimos a uma relação de afeto que nunca havia experimentado e confesso que tinha até um grande receio, uma vez que as relações virtuais podem produzir também distorções de relações pela não presença dos corpos que falam.
Falo em especial desta relação, pois entendo que foi muito significativa para mim neste espaço, como também para a própria RHS, uma vez que este trio formado pela amizade verdadeira e pelo compromisso com o SUS, pelo viés da humanização, juntamente com o "nosso" Ricardo, o muso Dalton e o anjo Dani, em como o amigo Erasmo, por muito tempo e em diversos momentos, construiram uma base de sustentação para as conexões estabelecidas na RHS.
Em seguida e com o crescimento da RHS novos companheiros embuidos desta mesmo sentimento ampliaram este coletivo de editores: Mariella, Iza, Luciane, Shirley, Rejane seguiram neste espaço muito mais como construtoras desta rede nos aspectos funcionais e também como alimentadoras deste espaço de produção de informação e conteúdo.
Além disso, fazem parte importante de manutenção deste espaço os publicadores da RHS Marco Pires, Emilia entre outros participantes que tem este papel de manter conteúdos regularmente promovendo uma constante atualização dos temas e debates na RHS.
Com certeza o coletivo ampliado da RHS tem um papel significativo de sustentação desta rede, não só pelo fato de serem votantes dos posts da página como de acionar discussõe s em paralelo que mantém aceso o espírito da RHS em favor da desefa do SUS e da PNH.
Bem acabei falando do entorno para falar mais de mim pois sei que todo o encantamento produzido em mim durante este estar na rede se constroe neste entre de relações e afetos e sentido de pertencimento de uma turma que não só sonha, mas faz!.
Aliar o discurso e a prática pelo viés da RHS é uma potência que se mistura a meu fazer e viver que já não posso distinguir ao certo.
Só sei que construo a cada dia a RHS ao mesmo tempo que ela me alimenta e me constroe, me nutre!
Tenho muitas partes da história a relatar, mas vamos partes…
Bjs Patrícia
(patrinutri)
Por Shirley Monteiro
Pat,
Talvez também por estares assim, desde o comecinho; ainda hoje a tua forma de entrar e dar suporte nas situações diversas, vem de uma forma sempre muito nutriente, … é sério ! Voce nos dá chão, diante das mentes e emoções mais avoadas das transbordantes, e este é um equilíbrio que eu sempre achei e continuo achando super necessário e legal.
Beijos.
Por patrinutri
Querida ,
seus movimentos guerreiros em favor do SUS nos reencanta a cada dia nesta rede!
Bjs Pat
Por Luciane Régio
Tu és uma grande fonte de saber para nós, mão-virtual-amiga, que ensina, cativa! Lembro dos nossos encontros sobre GTH (tempos "idos", findos, sabia? Falamos nisso em outras oportunidades… pura tristeza), e o corpo que encontra o outro no Seminário Nacional e lá estavávamos, saindo das fotos e palavras!
Bjos, querida, obrigada por tudo!
Lu
Por patrinutri
Lu teu espírito transbordante dá a esta rede um balanço especial.
De São Sapé para o mundo nas asas da humanização!
Também tenho saudades de nosso encontro inusitado no seminário e cheio de movimento e alegria!
Obrigada por seu carinho espalhado nesta web de afetos!
Bjs Pat
Por Lílian
Novamente, Patrícia, aparecem as conexões, as redes na Rede!! É legal ver nomes, singularidades nesta composição!!
Valeu!!
Por Marco Pires
Todos de mulheres. A rede tem um forte tom feminino? Nós homens postamos bastante e somos bem comentados. Mas transbordamos menos.
Persistem em nós os rituais de autoridade e prestígio? Assinalo o debate em que lembrei que os comentários dos consultores turbinavam postagens e que os “nós” de convecção na RHS se encontravam pela itinerancia realizada pelos consultores em todo o país.
Nesta ordenação institucional da PNH se encontram entrelaçados aspectos de poder e de política. Os ritos de poder, no sentido de atuações de prestígio hierárquico. E os encontros políticos, no sentido de equações da vida coletiva e sua viabilidade. Ambos habitam simultaneamente qualquer espaço coletivo. Minha questão é se isso explica a timidez masculina em transbordar. Em atribuir significado afetivo.
Uma mente coletiva não teme a esquizofrenia. Serve-se dela. Pensamos com Fugante, Passos, Paulon, Benevides e outros teóricos da subjetividade e da esquizoanálise. Pensamos também com Bruno Latour, John Gray, Bourdieu, Bauman e inúmeros outros. Um inventário desses não é uma cartografia de cultos religiosos ou seitas de pensamento. Não é um inventário de prestígios hierárquicos da moda. Especialmente neste momento em que “tudo” está na moda.
Na RHS não está em jogo que tem os olhos mais abertos, quem produz e consome mais verdades. Mas isso não implica necessariamente que rituais de poder e de ascendência hierárquica com as decorrentes posturas de submissão e domínio não estejam presentes em qualquer coletivo, inclusive o nosso.
Na RHS, pude ensaiar algo como uma “Pequena Cartografia das Sexualidades Militantes” para iniciar uma conversa sobre nossos ritos de autoridade baseados em posições de prestígio. Esta postagem também tem sido só comentada por mulheres.
Então a RHS é também um espaço em que o reflexo dela mesmo no espelho da crítica pode emergir como neste meu pequeno comentário que penso em preservar como postagem em meu blog.
Um lugar de cuidado será sempre um lugar de hegemonia feminina? Certamente não por nossa intensão consciente.
Mas sem dúvida nosso devir lobo, quem sabe melhor ainda, nosso devir símio, nos impeça de significar o subjetivo tão bem como, nós homens, ousamos dar nome e sentido às “coisas”.
Para mim a RHS e a PNH são lugares/dispositivos/ferramentas para equipar os homens para ser pai num devir próprio e não feminino, para o cuidado do outro, da outra, dos contratos, das moradas, da cidade, das florestas, dos animais e de tudo o que comunga com a potência da vida. Para aceitar o devir que Fuganti define: que tornar-se outro é mais do que tornar-se "como" o outro.
Por Shirley Monteiro
Marco,
Mas voce é um dos nossos homens transbordantes !! … Como duvidas disso ?? O Pablo Fortes também o é … e o "nosso" Ricardo quando transborda, é quem mais escreve km’s de linhas , que sei todos nós lemos com grande prazer e curiosidade pelas surpresas trazidas !
Acho que está implícito no transbordar, que cada um o faz a sua maneira, e a partir de Si-mesmo, DE SUAS ÍNTIMAS peculiaridades, singularidades…, e histórias pessoais que se reavivam de potencia, ao poder se espalhar (como emoção líquida, trans-bordando, é esta a imagem) por um continente coletivo, para nós seguro de ser acolhido. Por isso, vejo o trans-bordar como um fenômeno de cada um, e de todos nós, que trás em si as revoluções moleculares, de que nos fala Guattari; tem catarse envolvida nesta historia, e tem produção de subjetividades também, processos de subjetivação dentro de um espaço que nos promove saúde; acho que acontece assim; … e o transbordar penso, nunca foi intencional. Penso que foi um efeito surpresa, e bem coletivo, inerente à Potência fomentada pela RHS, nestes encontros; e a partir de afinidades, afetos, e o plano-comum; mas sempre também, o lugar de encontro das diferenças e singularidades. .. Não exclui, por outro lado, elementos de poder inconscientes certamente; mas acho que a potência se faz mais presente que o poder.
Beijos !
Por Marco Pires
Sim. Tudo é como observaste. Os detalhes que nos escapam é que são o meu foco.
A RHS é um coletivo de milhares de pessoas conectadas em círculos concêntricos ou espirais de enolvimento cada vez mais complexo. Temos o post citado pela Lílian, redehumanizasus.net/2660-ainda-nem-completou-nove-meses que estabelece o centro irradiador desta singularidade.
Nele também se absorve energia e se ejeta radiação como nos pontos de infinita densidade espalhados pela fauna dos corpos celestes do cosmos.
Os dados de que disponho demostram que além desse círculo há uma quantidade enorme de observadores, mais ou menos contagiados que fazem os posts irem tendo incrementos de acessos continuamente. Um dos meus textos que teve sete votos tem cerca de 4000 acessos.
Muitas subjetividades e desejos atuam mais discretamente na rede. Isso não é menos do que normal e precisamente o esperado. Praticamente um padrão. Meu interesse é aprofundar o aspecto comunal desta maneira de pensar. Não se trata de tomada de posições, nem de confundir relato com juizo de valor.
Dialogar numa direção em que o inusitado fique em suspenso um pouco. Retardar o veredicto e ver, ler o escrito como uma forma de interação que provoca um acúmulo ainda misterioso.
O tempo nos fará dizer. Mas é importante fazer o registro que fiz. Uma série de interrogações apenas. O que nos faz subjetivar de forma tão íntima é uma espécie de condição existencial que convencionamos chamar de humana. A assimetria apenas sintomatiza a abertura para um devir masculino e transbordante e não territorial e marcado pelo ordem das ascendências e submissões hierárquicas.
Beijos.
Por Marco Pires
Shirley, agora, algumas pessoas, entre cem e cincoenta, irão se envolver nessa conversa. Mas estou postando para final de 2012 ou 2013 quando estas mensagens tiverem sido lidas por alguns milhares de interautas, entre alunos e trabalhadores da saúde..
A moça do título é meu tipo ideal weberiano. Ela veio até a arena por convocação. Mas a Lilian já terá apresentado seu trabalho de pesquisa quando o texto tiver chegado até as bordas da rede em dois ou três anos, talvez mais. É com eles que falo. Com os leitores silenciosos que nos incluem em suas vidas conforme o fluxo de compromissos lhes permite.
Parto dos dados que temos para acessos aos nossos blogs. Sei que alguns textos são de interesse para gestores, assessores, lobistas da área privada que tem contratos com o governo e as diveras assessorias de imprensa. No mais são pessoas como a Raquel que irão sendo contagiadas ao longo do tempo.
O nosso coletivo mais militante (que incui os editores, os consultores e os apoiadores que se somam ou acumulam, como eu, as funções de mediador, pesquisador, militante e trabalhador da saúde) compõe uma amostra mais óbvia e, quem sabe, mais fácil de cartografar. A genealogia do futuro que se insinua necessária é um desafio que me exita mais e é com ele que estou lidando.
Por isso me dou ao trabalho/prazer de transformar comentários em posts e diálogos em textos em outros blogs que edito: No final milhares de pessoas terão assimilado uma variedade de combinações das conversas que temos e dos conceitos que vamos tecendo.
É inevitável em médio e longo prazo. Forjar uma unidade em tamanha diversidade já era o sonho dos mestres da luta pela Reforma Sanitária. Meu objetivo acompanha o deles: Uma universalidade com igualdade e respeito a diversidade dos que não são, mas estão sempre sendo.
Outro beijo!
E toca a ver o jogo da Argentina e do Uruguai.
Convovada pela Pati e atendendo ao pedido da Lílian, vou ser rápida, mas começando pelas informações básicas: sou Raquel, moro em Campinas, atualmente como feliz estudante e aposentada. Psicóloga, sanitarista, psicodramatista, me dediquei à clínica, à gestão e à educação.
Tenho uma relação paradoxal com as redes e com a RHS não é diferente, embora tenha um carinho especial por ser a que ajudei no parto. Hoje minhas entradas são bem esporádicas, pois tenho priorizado encontros com presença concreta e não passo mais horas no computador como há algum tempo atrás.
Na esteira das trilhas sonoras, aí vai o link da minha na RHS: https://youtu.be/97JGiKnzsKc
Trata-se de O quereres, com Caetano e Chico, uma versão bem imperfeita e viva!
Abraços a tod@s!!!!
Por patrinutri
Que bom tê-la por aqui, estamos mesmo com saudades de suas entradas.
Obrigada por teres atendido ao chamado! eheheh
Carinho Pat
Volta, Raquel!!!!!
Iza
Por Lílian
Raquel!
Obrigada a você por ter aceito este convite (e à Patrícia por ter reforçado e estimulado o pessoal a participar!!).
E tomara que você acesse novamente porque gostaria, se for possível, que você falasse um pouco mais sobre sua relação paradoxal com as redes… Eu estou buscando entender como se dá a dinâmica entre a vida on-line e a vida off-line, particularmente no que se refere à RHS e as práticas do trabalho em saúde; entre o que você chama de "presença concreta" e o mundo virtual…
Quais diferenças você (e quem mais quiser participar e contribuir com este debate!) assinala entre esses mundos? O que os aproxima e o que os distancia? O tempo que se passa no computador, aqui na RHS, como é "contabilizado"? É tempo de trabalho? É tempo "fora da vida"? É tempo de produzir(-se)?…
Prezada Lilian,
Muito boa esta ideia de estudar mais profundamente sobre a rede humanizaSUS, lançar um olhar sensível e reflexivo sobre este manancial de ideias e afetos que circulam na rede. Há um tempo atrás havia escrito sobre a rede humanizaSUS e seu significado para mim em provocação anterior. No momento, a rede humanizaSUS continua sendo este espaço coletivo, democrático e solidário que permite a troca de informações, ideias, discordâncias, expressões múltiplas dos sujeitos que a ela ingressam. É espaço de pesquisa sobre a humanização na saúde, possibilita ligar as pessoas mesmo mais distantes neste Brasil, em torno da humanização, possibilita a divulgação e o compartilhar das ações em andamento no SUS e que os sujeitos se vejam neste processo. Muitas vezes suas páginas ilustram os flanelógrafos das unidades, favorecendo que todos percebam o alcançe do trabalho. Às vezes pode contribuir para comprometer a gestão com o andamento dos trabalhos…É potente na troca de afetos e motivação, pois os apoidores-editores da rede estão sempre atentos e presentes a fazer eco do que as pessoas manifestam.
Para mim enfim a rede é conexão, bom encontro, ferramenta de comunicação, troca sinérgica, lugar de produção de saberes e construção de novos olhares…
Vamos conversando…
bjs
Annatália
Por Lílian
Annatália! Todas as contribuições estão sendo muito importantes!
Seguiremos conversando, sim!!
Abraço!
Lílian
Por Rejane Guedes
Boa noite Lílian.
[Para mim] Falar sobre a RHS é fácil e difícil. Fácil porque muitos já sinalizaram com pertinência vários aspectos que considero relevantes. Dificil porque as palavras não são suficientes para dar conta de muitos aspectos que se confundem com a defesa do SUS e a produção de subjetividade enquanto relação ENTRE o fora e o dentro de nossas instituições e de nossas mentalidades.(Penso agora em Foucault e Deleuze)
Alguns autores contemporâneos dizem que é preciso ‘reformar o pensamento’, reformar as mentalidades, para assim interagir com a pluralidade de idéias, pensamentos e acontecimentos. De certo modo, percebo isso acontecendo algumas vezes por aqui.
Enquanto fã da RHS ouso dizer que aqui é um espaço onde exercitamos diversas experimentações. O respeito à expressão dos outros têm sido uma característica interessante. Me faz lembrar uma citação atribuida a Voltaire: " Não concordo com o que dizes, mas defendo até a morte o direito de o dizeres”.
Me respaldando nas palavras do Voltaire, ouso dizer que:
Enxergo a RHS como um vasto campo de possibilidades. Gosto de compará-la a um grande oceano que abriga muitas sagas, odisséias, rotas náuticas, cartografias, histórias que se enovelam, se desenrolam, se tecem, se nutrem, se transformam, se deformam, se reconformam.
Aqui somos demasiadamente humanos e personagens virtuais (avatares); maravilhosamente humanos e divinamente criadores de realidades; somos crianças aprendendo a aprender.
Somos buscadores, somos experimentadores, somos compartilhadores, somos ativadores. Somos professores que ensinam o que aprendem e aprendem enquanto ensinam.
De vez em quanto tr@nsbordamos para além dos supostos limites. Outras vezes recuamos e nos guardamos em conchas de silêncios que fazem mais barulho do que todo o barulho que possamos fazer.
Aqui somos FLUXOS e somos RITMOS. Fluxos de idéias, fluxos comunicativos, fluxos informativos, fluxos deliberativos; Ritmos sincronizados e dissonâncias, músicas harmoniosamente orquestradas e sons viscerais que fazem vir a tona algumas manifestações de intensidade tsunâmica. Somos intensidades variadas.
Digo ainda que por aqui já foram reveladas, apresentadas, criadas diversas expressões e manifestações artísticas, terapêuticas, estratégias organizacionais dos processos de trabalho que ocorrem pelo Brasil, numa micropolítica de desejos e de ações que estão na ordem do dia de um SUS em permanente ebulição.
Vou parando por aqui, mas ainda teria muito a dizer, pois a RHS hoje está mais presente em minha existência do que eu gostaria de admitir.
Saudações pensativas. Rejane Guedes. Natal/RN
Por Lílian
… também! Rejane, você traz muitas coisas interessantes!
Obrigada!!
Abraço,
Lílian
Oi Re.j.e,
Comentário incrível sobre a rede. Eu queria ter escrito cada palavra que vc escreveu! Beleza.
O Berg precisa fazer uma entrevista com uma nutricionista e eu sugeri vc, é claro!
Manda seu telefone e e-mail? É para a revista DNA, do Hospital São Luis, de sampa.
grande beijo,
Iza
Lílian,
Conheci a rede em uma Mostra de Saúde da Família em Brasília no ano de 2008 e logo me encantei,comecei a me interessar pela política de Humanização e seus dispositivos.
Levamos para a USF aonde trabalhamos com o apoio da minha amiga e parceira Jacqueline Abrantes; imprimíamos os posts e levávamos para as discussões; depois conseguimos as cartilhas e líamos em rodas com o pessoal da unidade. Pela RHS, conhecemos várias experiências do SUS que dá certo em todo o Brasil e divulgamos a nossa querida Tenda do Conto. Os encontros na rede nos fortalecem para o enfrentamento do dia a dia no trabalho.
Eu acesso diariamente a rede e aprendi muito, acredito que a rede seja um espaço de aprendizado, conexões,a rede me proporcionou conhecer várias pessoas maravilhosas como: Ricardo, Erasmo, Pablo,Claudinha,Patricia, Maria Luíza, Stella,Ana Rita e também possibilitou me aproximar de várias pessoas daqui do RN onde temos o grupo tecendo redes.
Abraços,
Lurdinha
Por Lílian
"Lurdinha"!
Obrigada por sua contribuição! Achei muito interessante vocês imprimirem os posts e levarem para as discussões, ampliando o acesso ao material e o debate!
Assim, a "vida" que circula por aqui ganha espaço na vida off-line e retorna ao dia-a-dia do trabalho em saúde!
Alguém mais tem alguma experiência neste sentido a relatar? Algum caso, situação, efeito no cotidiano de trabalho disparado a partir da RHS?
Abraço, Lurdinha!
Por taticaetano
Conheci a RHS através da Pati e nossa adorável convivência no coletivo chamado Comitê de Humanização do Médio Vale do Itajaí. E devo registrar que não há como conviver com a Pati e não se apaixonar pelo tema Humanização… Enfim, depois do chamado da Pati, resolvi conhecer essa ferramenta… e me encantei. Essa é a primeira palavra que me vem a cabeça quando penso nessa rede: encantamento. Esse espaço se tornou vital para conhecer experiências, trocar informações, conhecer novas opiniões, me reabastecer quando a luta diária parece árdua demais… A rede é um espaço vivo, de puro movimento, de promoção de mudança. Como já falei em outra oportunidade: estou devidamente viciada nesse rede. E sempre que posso, procuro viciar outros colegas e aumentar cada vez mais essa roda de discussão.
Abraços, Tati
Por Lílian
Oi, Tati!
Obrigada por sua contribuição! Isto é Rede, não é mesmo?
Lancei algumas questões em comentários do pessoal que foi postando antes… se você quiser seguir participando, será ótimo!
Abraço,
Lílian
lilian!
oi!
sou agente comunitária de saúde,da ESF do panatis em NATAL.expressar o que é a rede pra mim não é difícil,pois a rede me levou a um mundo de conhecimentos e enriquecimentos.conheci a rede na mostra de humanização em Brasília no ano de 2009,quando tive a oportunidade de participar com a tenda do conto junto com a equipe (jacqueline,lourdinha eu e josy).fiquei encantada com aquele mundo que era novidade pra mim,conheci algumas pessoas que ja faziam parte da RHS e me senti uma gigante no meio de "tanta gente importante".como ja praticava um pouco da política com a tenda e as rodas de conversas que ja tinhamos na nossa unidade, a rede veio pra completar e esse espaço de pulblicar os posters é muito bom porque agente fica sabendo dos trabalhos uns dos outros e fortalecendo a nossa rede.
acesso a rede e gosto de ler todos.daqui continuo gigante,agora postando esse comentário pra voçê.
beijos!
boa sorte
lucinalva
Por Lílian
Obrigada, Lucinalva, por seu comentário! É muito interessante acompanhar as diversas experiências que a RHS tem propiciado!
Veja também as questões que fui colocando em outros comentários… está convidadíssima (!) a seguir participando!
Abraço!
Por patrinutri
Liian, Você nos coloca aqui uma nova questão: Quem nasceu primeiro o afeto virtual ou o encontro?
Pergunta difícil viu!
Assim como aquelas já disputadas entre as grande teses da humanizadade…
Na verdade cada um que se insere nesta rede de cara recebe energias de inclusão, pois este é o espírito do grupo… acolher!
E com isto se constroi afeto, se aprofunda relacionamentos, se promove encontros virtuais e presenciais…
Por exemplo não conheço Emília pessoalmente mas é como se fossemos amigas de longa data… a data de sua entrada na RHS.
E assim vamos tecendo esta rede de afetos, pautada no respeito mútuo e admiração.
Já querendo te conhecer pessoalmente!
Bjs Pat
Oi Pat,
Emilia
Por Lílian
Patrícia e Emília!
Pelo que tenho acompanhado (e vivenciado!) as conexões que se estabelecem por aqui são (entre tantos adjetivos) "revitalizadoras"…
E me pergunto não apenas pelas relações online-off-line entre participantes da RHS (isto também, mas vocês já estão esclarecendo sobre isto!), mas pelas relações entre a RHS e as equipes do cotidiano. É sabido que o trabalho em saúde é múltiplo, demandando ação de diversos profissionais. Me parece que por aqui o "multiprofissional" funciona muito bem. Poderia arriscar dizer que aqui se configura um "trabalho de equipe"? E como este se relaciona com as equipes do dia-a-dia do hospital, da UBS, do CAPS, das diversas práticas e cirandas de educação em saúde, etc.? O que se encontra aqui que não se encontra "lá" E vice-versa? O que se complementa?
(Novamente – e sempre! – sejam tod@s bem-vindos a contribuir…)
Oi Lílian,
A saúde dentro de um conceito ampliado, implica num fazer coletivo, transversalizado, dialogado e a RHS cumpre esse papel muito bem. Pela sua natureza multi e trans, podemos afirmar que ela se configura num trabalho de equipe sim, e tão colaborativa e dinâmica quanto numa dimensão presencial. Às vezes, me impressiona a rapidez como a rede se mobiliza para atender as demandas encaminhadas pelos participantes. Tem sempre alguém de prontidão para acolher e disparar outros acolhimentos em torno dessas demandas. O que difere de uma equipe de trabalho presencial, é a impossibilidade do contato físico, do olho no olho. Na unidade, você conhece melhor todos os trabalhadores, e isso facilita as abordagens nos encontros, nas rodas. Se você faz uma inserção que não agrada, tem como saber de imediato, até mesmo através do olhar, isso facilita o feedback. Na rede como você não conhece todos os participantes e lida com pessoas de outras culturas, às vezes, você precisa escolher bem as palavras, pois num descuido, você pode desagradar, e via de regra, não tem como obter uma resposta instantânea. Entretanto, na rede, pelo mesmo motivo, ou seja, pela sua abrangência múltipla, você tem a oportunidadade de conhecer uma diversidade de experiências, de vivências, de compartilhar saberes, informações com pessoas de vários contextos susistas e isso amplia o leque de possibilidades nos processos de trabalho. Tem sempre uma experiência que motiva e abre caminhos para novas experimentações no cotidiano de trabalho da unidade em que atuamos. Outro facilitador da rede, é que, você entra numa roda de conversa, a qualquer hora, de qualquer lugar, sem a preocupação de convocação, de organização de espaço físico. Basta uns clic e pronto, você já está em interação. E a troca de afetos é muito potente. Participo de outras redes sociais, mas em nenhuma vejo tanto cuidado e solidariedade como vejo aqui na RHS. Um abraço! Emilia |
Por Lílian
Que interessante esta perspectiva, Emilia!
Outras pessoas que trabalham no mesmo local ou região que você também são participantes da RHS? Vocês fazem alguma troca sobre o que circula "por aqui" em outras "esferas"?
Abraço!
Colo aqui um comentario da Marly sobre a RHS, feito num post meu, que talvez possa lhe enteressar para sua pesquisa.
Enviado por Marly_Valentim em sex, 22/07/2011 – 17:40.
Boa tarde Emilia!!
Que bom que vc tambem me acolheu da forma que, de fato, eu espero que todos que aqui possam vir, e propor interação com a Rede sejam acolhidos.Obrigada!
Quanto ao que significa a RHS ,posso afirmar que é uma proposta,alias,um fato concreto ,de que nao da pra se pensar em construir uma sociedade justa,equanime,com direitos assegurados pela Carta Magna,de forma isolada,especialmente vindo as propostas de açoes dos Poderes Publicos apenas,ou seja exclusivamente dos gestores. A RHS vem consolidar as varias ideias,as varias vertentes para efetivação do SUS,RESPEITANDO os ideiais,valorizando os saberes pessoais e grupais,dos varios segmentos da sociedade.Alem do mais,e especialmente a RHS (re)constrói o individuo como pessoa unica,com poderes e valores pessoais e instransferiveis de PESSOA para PESSOA,nao de coisa,como a coisa publica,sem nos alienar,nos fazendo fortes e desejosos de partilhar nossas"intransferencias" com todos que passam a fazer parte de nossas vidas,mesmo sem nos conhecermos,unidos pela beleza do pensar coletivo um Sistema Unico de SAUDE
· UM ABRAÇÃO DO TAMANHO DA REDE!
Por Lílian
Obrigada Emilia e Marly! Todas as contribuições são muito importantes para a pesquisa e imagino (pelo menos seria uma expectativa minha..) que também para a própria Rede, na medida em que vão sendo explicitados sentidos e significados.
Abraços!
Lílian
Por Ricardo Teixeira
Lílian,
O post todo da Marly (de onde a Emília retirou esse comentário) e a conversa que se seguiu, falam demais do que é a RHS. Merece uma olhada: https://redehumanizasus.net/11954-maternidades
Emília,
Você é uma das mais importantes cuidadoras desta Rede! Obrigado!
Abraços,
Ricardo
Por Lílian
Ricardo…
Já imaginava que você estava, assim como outr@s, acompanhando o que está acontecendo, o que está sendo dito… que bom!
Mas é ainda melhor quando a gente tem esta confirmação diante da "colaboração explícita", não é mesmo?!
Obrigada pela contribuição. O post indicado é realmente muito interessante (aliás, como há muita coisa já dita em outros posts…!)!
Abraço,
Lílian
Obrigada Ricardo pela minha inclusão nesse time maravilhoso de cuidadores da rede! Fico muito lisonjeada com este reconhecimento!
Bjs!!!
Emilia
Oi Lilian,
Emilia
Por Luciane Régio
A rhs promove o exercício do pensamento, movimento…
Queremos notícias 🙂
Lu
Por Lílian
Olá, Emilia, Luciane e Iza!
Sim, a RHS promove pensamento e movimento! E como!!
E eu sigo trabalhando por aqui! Mas mudei um pouco a “estratégia” que tinha imaginado no início. Diriam o Eduardo Passos e a Regina Benevides: trata-se da inversão do meta-hodos para o hodos-meta – a pesquisa não apenas como o meio para alcançar as “metas”, mas que tenha relevância em si, que no caminhar sejam traçadas e retraçadas as metas… (PASSOS, Eduardo; KASTRUP, Virgínia e ESCÓSSIA, Liliana (Orgs.). Pistas do método da cartografia: pesquisa-intervenção e produção de subjetividade. Porto Alegre: Sulina, 2009).
Quando eu propus este post, imaginei que poderia funcionar como um fórum de discussão – um comentário levando a outro, novas perguntas surgindo (não como uma “entrevista”, mas em diálogo mesmo) e assim por diante. Foi isto que aconteceu no início, mas chegou a um limite, no qual não houve mais retornos… (achei por “bem” não insistir…, inclusive porque vi em outros posts a indicação de vocês para que a pessoa comentasse aqui também, incentivando a participação…; também entendo que algumas discussões iniciadas aqui foram levadas a outros posts, seguindo por outras linhas também muito interessantes…). Podemos entender este movimento de diversas formas (fica aberto às possíveis análises!).
Então, retornei ao que já havia começado antes: percorrer a RHS nela mesma, isto é, explorar o que é dito/escrito. E neste percurso há muito material para análise. Penso em seguir nesta linha de trabalho e mais adiante apresentar considerações sobre este percurso e colocá-las em discussão. (Por enquanto eu não tenho muita "notícia" para dar, visto que estou construindo, "ajustando o meu foco"…!)
A pesquisa na internet, de modo geral, é algo relativamente novo (sobretudo quando ela não é apenas o veículo, mas constitui-se como objeto) e particularmente para mim. Cabe, então, experimentar!
Já disse antes e reforço que as considerações de vocês são fundamentais, inclusive no diz respeito ao processo.
Obrigada pelo apoio!
Abraço!
Lílian
Querida Lílian,
Lembrar estes nossos amados mestres Edu e Regina e a inversão que tão bem fizeram, subvertendo nossas cabeças positivistas, é uma alegria!
Devo muito do que escrevo a eles, não só em termos de aprendizado, mas principalmente pelo que nos fizeram viver na relação com eles.
E também quero dizer que nunca vi antes uma relação entre vida e obra tão imbricada como a que eles mantém.
Saiba que esta rede é para mim uma extensão do compromisso ético-político que aprendi a empreender a partir do ensinamento deles!
saudades de bons tempos que reverberam em novas experiências sempre,
Iza
A Lílian não deu mais notícias sobre o andamento do projeto.
Iza
Por Cláudia Matthes
Embarquei de última hora num bonde chamado desejo.Peguei o pós em humanização partindo da estrada sem saber onde ia dar.
Cuja trajetória, florido por associações livres, insights e reconstruções…foi despertando a criança que existia em mim! " Olha o menino, olha o moleque, morando sempre no meu coração".Derrepente o que era pedra virou caminho, o que era dor amor!
Estação final:
https://www.youtube.com/watch?v=DQmcPwGSO2k
Era dia da formatura…pouco antes visitei ao chat e encontrei a notícia da existência da rede…. meu coração saltou!
Cláudia Matias nos apresentou o que seria os próximos trilhos embarquei nesse bonde chamado desejo! A esse passeio me entreguei de paixão.
Acho que a rede é uma forma de se manter vivo os desejos, e, receber "do sus" acesso, inclusão, reconhecimento. Re-existir as disputas políticas que interferem na defesa da vida. Essa paixão pela rede me trouxe o convite, através de Ricardo Teixeira (em uma noite fria no sul) para fazer parte de um grupo de Editores.
Quando acordei do sonho estava em pleno aeroporto em São Paulo esperando pessoas que eu só conhecia virtualmente: Mariella, Bruno , Ricardo Coda e Olga.
A Rede proporcionou para mim presentes únicos. Amigos maravilhosos. Potência. A rede segurou comigo petecas quentes! Momentos dose!
A rede chega no meio do sul…me embala ao vento, me faz sentir o calor e a doçura do nordeste, a potência e a beleza do sudeste!
Esse partilhar de diferenças nos colocam em movimentos.
Cada post uma nova aposta. Um fedback, um olhar, uma nova proposta um novo caminhar.
A rede trouxe equidade ao sus, dirente tipo de remédio, um spa para os profissionais de saúde!
A rede é um espaço para Tendas do Conto e encanto, Cajuina, Mate é uma linda e verdadeira tribo: minha roda de amigos!
Um bjão no coração
Com carinho
Peju
Por Lílian
… logo agora que eu já imaginava que “esta fonte [neste post] tinha secado”…!
Isto me permite vivenciar o efeito mesmo destas conexões, que surpreende!
São esses efeitos que mobilizam a participação nesta rede? Fico pensando que dá um certo trabalho mantê-la (ou não?)… o que faz com que depois de dia de trabalho ou no final de semana pessoas (vocês!) se proponham a escrever e compartilhar suas experiências e reflexões? Também penso nas diferentes implicações (seria isto?) entre os que escrevem os posts, os que comentam e aqueles que acompanham e desfrutam silenciosamente…
Em um post (acho que de 2009!) alguém perguntava o que mobilizava os trabalhadores do SUS a seguir atuando a despeito das condições de trabalho nem sempre favoráveis, de um salário muitas vezes incompatíveis… e a resposta de alguém foi de há que há “implicação”. E aqui (na RHS)?
"O que será, que será??"
Por Rejane Guedes
Cara Lílian.
Um dos encantos da RHS é essa revitalização que desvela recantos aparentemente adormecidos.
Quando navegamos pelo oceano RHSeano e encontramos alguma ilha de idéias, encontros e pensamentos que disparem nossos desejos,essa ilha insurge como um imenso continente.
Bom final de domingo. Ótima semana. Rejane.
Por Lílian
… um oásis?
“Fig. coisa, local ou situação que, em um meio hostil ou numa sequência de situações desagradáveis, proporciona prazer.” (Dicionário Houaiss)
???
Por Marco Pires
A força das imagens é tal que uma como esta, do oásis, é como um contrapeso para equilibrar o mundo. Tudo o que é sólido se desmancha no ar, segundo o velho e bom Marx. Mas hoje parece o contrário. De alguma forma as coisas parecem estar se materializando constantmente.
O mundo mesmo parece um deserto cheio até a duna mais alta de situações, diria de eventos, estranhos e desagradáveis.
Um outro sempre a pedir um olhar significante, realizante. O familiar e afetuoso dependem de um esforço que a alma não suporta mais sozinha.
Minha idéia de mente coletiva quer dar conta disso: Como podemos dividir solidariamente o peso e a aridez simultânia do mundo?
É possível uma comunião de sentido que seja ao mesmo tempo parte de cada um e uma comum(união)? Algo que viva em cada um de nós e em todos. Estou me desafiando a pensar.
Boa sorte na caçada aos dados! Um forte abraço.
Por Cláudia Matthes
é de ir contra a corrente. A PNH se (me) mostrou uma política de pessoas, de familias, histórias e de potência.
O que me faz e restar em rede é a possibilidade de encontrar algo que possa me reencantar.
Assim como os posts do Ricardo (o que se come em 1 semana no mundo):
https://redehumanizasus.net/667-o-que-se-come-em-1-semana-no-mundo
a História das coisas
entre outros….
Quando encontramos os post do Erasmo, Gustavo Tenório, Marco Pires, quando nos encantamos no Baião da Jaqueline, a maneira Izíaca da Iza, Estradeiros da Lu, os movimentos da Pati….sem falar em tantos outros nomes que rolam por aqui. Encontrar comentários do Eduardo Passos, Dário, Liane, Judete, da Moca (Simone Paulon) são suprassumos…Uma delícia ler Rejane…e enfim, ver os comentários de Sônia de Erechim…esta rede não dorme.
Na vida as vezes temos a bola no pé: só basta chutar a gol!
E, esse povo não coloca bola na trave! E Vibra!
A humanização me ensinou que implicação é com o trabalho e não entre pessoas. E como diria Liane: isso não é pouca coisa!
bjão
Fique certa comigo e a Rejane nada dormirá para sempre, mesmo que tente. Beijão
Òtimo domingo, para todos nós. Com carinho
Cláudia
Por Shirley Monteiro
Lílian,
Ler este post, onde descreves com tanta intensidade estes mosaicos que retratam a nossa RHS , como uma aquecedora e energizante colcha de retalhos me emocionou ! Enquanto eu lia, revivia intensidades e múltiplos momentos passavam na memória afetiva dos encontros que aqui tenho vivido, desde maio de 2009.
Para mim a RHS representa um espaço seguro, brincante, e comprometido com desafios válidos, que nos alimentam toda semana, na continuidade desta vida trabalho susista; mas é principalmente um espaço de aconchego, porque um espaço de ENCONTRO !!!
Espaço como bem falas, de convivência dos diferentes,porém que se encontram por sentimentos comuns, desejos e sonhos comuns, num fazer micropolítico de reencantar nosso cotidiano, nas práticas…. é um espaço de trocas, afetivas , técnicas, … e como vai potencializando nossos processos de subjetivação, aqui também se transborda as vezes, emoções e cumplicidades porque sabemos que, ainda que se escreva o inusitado e surpreendente: Sempre haverá um acolhimento a nossas singularidades, em meio a pluralidade que é a RHS. Ou SEJA, NESSE SENTIDO A FORÇA DO COLETIVO que ela representa por reais laços afetivos ( presenciais em alguns momentos/ apenas virtuais outros…) é que dá sustentabilidade a este sentimento de encontro e acolhimento dos nossos necessários e cotidianos processos de subjetivação; em meio aos desafios da Vida: Não mais e apenas de sermos trabalhadores do SUS, mas na Vida em todos os seus significados, pois lembro-me que aqui dividimos experiencias que tivemos com nossos filhos; nossas viagens, nossa infância, nossos estudos, nossas passagens de Vida em momentos marcantes. … Sim , ao longo dos anos a RHS tem marcado nossas Vidas, com potencia e qualidade de momentos singulares ! Diversos.
Beijos,
Shirley Monteiro.