Arte para Humanizar

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Arte para humanizar

A arte acalma, alegra, encanta, cativa, nos faz pensar e tem a capacidade de nos transportar para outro lugar. No Hospital Escola UFPel/FAU é justamente este o papel do Corredor Arte, um espaço que tem como objetivos principais humanizar o ambiente hospitalar e popularizar a arte, levando-a até pessoas que não costumam ou não podem, por condição de saúde, visitar galerias e museus.

O corredor principal do hospital deixa de ser um local apenas de passagem, e torna-se um local de visita, de contemplação. As obras são trocadas a cada 21 dias, renovando assim as cores, formas e também a vida e a esperança de pacientes, acompanhantes e trabalhadores da saúde.
Sem nunca ter parado as atividades, o Corredor Arte funciona desde 2000, sempre com a agenda repleta, alternando trabalhos de artistas de Pelotas e da região, alunos, grupos de saúde mental, ateliês, entre outros. Todos os tipos de arte adaptáveis ao espaço são recebidos, como pintura, desenho, gravura, fotografia e artesanato.

As janelas no Corredor Arte

As janelas deixam entrar a luz, que ilumina o ambiente e o ar, que refresca e renova. São elas que garantem a integração com o ambiente externo ou o isolamento. 
Pelotas completou 199 anos no dia 07 de julho. Para comemorar a data e dentro da programação de aniversário da cidade, o Corredor Arte do Hospital Escola UFPel/FAU recebeu a exposição fotográfica “Insólitos Olhares”, de Helena Schwonke.

Natural de Pelotas e apaixonada pela cidade, Helena registrou diversas janelas de prédios e casas antigas, das mais diferentes épocas e tendências arquitetônicas. “As janelas tem a função de fazer o contato com o público e o privado e também traçam um paralelo de outros tempos, lugares e memórias”, explicou.
Segundo ela, muitas vezes as pessoas já estão tão acostumadas com a paisagem que não percebem a verdadeira beleza que as janelas possuem. A exposição é um convite a contemplar de perto estas riquezas e principalmente a valorizar a cultura e o patrimônio da cidade.

O local das janelas não é revelado na exposição, propositalmente. Para Helena, o objetivo vai além de instigar as pessoas a tentar identificar de onde são. “Fiz uma seleção aleatória. Se fossem identificadas estaria dizendo que aquelas merecem destaque ou que só alguns locais da cidade têm janelas bonitas. A ideia é fazer com que as pessoas observem ao redor e percebam que elas estão por toda a parte”, explica.