O público e o privado na saúde: A inter-relação do SUS e os convênios particulares.

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  Ao assistir o filme documentário Sicko de Michael Moore, Norteamericano, percebo que a saúde nos EUA é algo que se paga muito e quando a pessoa precisa a maior parte das doenças que são de tratamentos logos e caros os convênios não dão cobertura. É mais fácil buscar ajuda para os Americanos em Cuba do que no seu país. Percebe-se que melhor é não adoecer, pois só têm chances à vida quem tem dinheiro, um sintoma de  país capitalista. O filme mostra uma pessoa com ferimento precisando de reconstituir os dedos, o médico dá o preço de quanto custa cada dedo e pergunta ao paciente quais ele poderá pagar pela cirurgia? Não existe uma rede pública de saúde gratuíta ou melhor dizendo, pagas pelos altos impostos que esse país executa.
No Brasil temos o SUS que serve de modelo para alguns países e que não se pode dizer que funciona da maneira desejada, vemos filas de espera em um pronto atendimento, consultas para especialistas agendadas com muita demora entre outros absurdos. Cabe aqui pensarmos, para quem pode interessar o caos na saúde? Quem lucra com o sucateamento da rede pública? Quem precisaria da rede privada se o sistema público for de qualidade?
Os convênios aqui estão de certa forma tomando um rumo semelhante. A privatização de hospitais públicos tem sido alvo de debates políticos e várias tentativas já foram feitas. A saúde privada nada mais é do que uma maquina arrecadadora que visa apenas o lucro. Deparei-me com uma situação em que precisava de um profissional de psicologia, o qual o meu convênio dá cobertura. Depois de esperar por várias semanas chega o dia da consulta. A burocracia dos documentos apresentados consumiram os primeiros cinco minutos da consulta e após, passarem vinte cinco minutos a terapeuta me comunica que a duração da consulta estabelecida pelo convênio é de trinta minutos apenas, pois a demanda é grande, e a ordem veio dos médicos dirigentes do convênio, diminuir o tempo, a qualidade e de alguma forma dar conta de satisfazer a todos, se terá um efeito terapêutico ou não isso é irrelevante, o que importa é cumprir as regras do contrato e atender a todos.
Penso que devemos lutar por nossos direitos e manter o SUS como referência de atendimento aos menos favorecidos e de nos mobilizarmos para que as práticas na saúde sejam humanizadas e de qualidade levando em conta a subjetividade de cada sujeito.