Comunidade Solidária – Equipe ESF Joaquim Bernardes da Agrovila Pana – Nova Alvorada do Sul/MS.

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Comunidade Solidária – Equipe ESF Joaquim Bernardes da Agrovila Pana – Nova Alvorada do Sul/MS.

                                                                    Dinaci Ranzi
Em Nova Alvorada do Sul/MS os trabalhadores acreditando na possibilidade de mudança de atitude e olhar para que o Sistema Único de Saúde cumpra a integralidade e a equidade das suas ações, constroem projetos que envolvem trabalhadores e usuários de um assentamento que foi constituído 12 anos atrás e recentemente transformados em distrito do município de Nova Alvorada do Sul.
A carência desta população perpassa pela distancia da cidade e ainda pela falta de opção de lazer para a comunidade, daí a observação após verificar a particularidade das comunidades rurais por meio das visitas dos agentes comunitários que detectaram a carência social na região, foi constatada a necessidade de se promover ações solidárias, buscando meios de orientar e fortalecer o vinculo dessa população com a unidade de saúde.
A equipe com intuito de fortalecer vínculos e criar alternativa que minimize as carências sociais da comunidade, busca estratégias de fomentar o fazer e construir com a comunidade, criando o projeto Comunidade Solidária.
Enfim a proposta para fortalecer o SUS é convidar a comunidade a fazer parte do processo de Humanização, pois cumpre um de seus pressupostos: a participação e o controle social. Segundo Benevides e Passos (2005, p. 563), a Humanização da atenção e gestão do SUS.
[…] se apresentava para nós como estratégia de interferência no processo de produção de saúde levando em conta que sujeitos, quando mobilizados, são capazes de transformar realidades transformando-se a si próprios neste mesmo processo.

Observa-se também a necessidade de uma mudança de mentalidade e de sensibilidade dos gestores e profissionais da saúde publica, pois não percebem que o progresso humano somente será efetivado quando houver respeito pelas diferenças, pela diversidade cultural e étnica que existe em nosso País e, principalmente, pelo aperfeiçoamento dos instrumentos que garantem os direitos individuais e coletivos.
Os serviços de saúde devem se organizar centrados no usuário e isto permitirá também a compreensão da proposta do adequado fluxo e do acesso aos usuários, facilitado por um pacto interno de gestão, tratando-se, pois, de um processo de construção de uma política já constituída, centrada na formação e na discussão de novas posturas e propostas de trabalho.
A mudança de atitude é real, entretanto difícil, pois a sociedade resiste quando se trata de algo diferente a ser produzido e organizado e o ser humano sempre tem medo do novo.  Mudar rotina de trabalho, partindo do pressuposto que o “outro” também “sou eu”, é um exercício continuo de humanidade.
Também é preciso desconstruir a cultura da doença que programa o ser humano para a morte. A humanização em saúde eleva seus profissionais e usuários a criar uma cultura para a vida, em toda sua plenitude, que é também um dispositivo para a liberdade.
Daí vem o resultado toda essa ação solidária tem permitido um novo olhar da comunidade envolvendo tais atores num processo de construção e promoção a saúde da comunidade que se ocupa e se envolvem no projeto buscando qualidade de vida para a comunidade, essa é a aposta da Equipe ESF Joaquim Bernardes da Agrovila Pana.