HUMANIZAÇÃO NO HOSPITAL INFANTIL LUCÍDIO PORTELA COMPLETA 5 ANOS

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SALVE O INFANTIL!
 
O Hospital Infantil Lucídio Portela
É referência no cuidado da criança
E todos são tratados com cortesia, carinho e segurança
Atenção, respeito, resolutividade
São as suas marcas de qualidade
Acolhimento e vínvulo afetivo
Também são suas prioridades
No Infantil, no Infantil
O cliente é um cidadão
De direito, de respeito
Que merece toda a nossa atenção
E os profissionais com sua competência
Na arte do cuidado dão show de eficiência
E os voluntários todos eles são
Grandes parceiros nessa nobre missão
Salve o Infantil! Salve o Infantil!
Por ser um dos melhores hospitais do Brasil
Salve o Infantil!
Pela qualidade de saúde que produz
Ele é cidadão, é do povo e é do SUS
Salve o Infantil, salve o Infantil!
Por ser um dos melhores hospitais do Brasil!
 
Autora: Emília Alves de Sousa – Assistente Social do HILP e Apoiadora da PNH
 
 
            No período de 17 a 19 de setembro, foi realizada a V Semana de Humanização do Hospital Infantil Lucídio Portela, em Teresina, tendo como objetivo refletir as ações e serviços prestados pelo hospital visando fortalecer o processo de humanização, voltado para a garantia de uma atenção e gestão resolutiva, digna e acolhedora.
            O evento contou com a presença de diversas representações da saúde do Estado, Diretores, Gerentes da unidade, Coordenação do Comitê Estadual de Humanização, Ana Maria Eulálio, e 54 trabalhadores do Hospital e de outras unidades de saúde, que contribuíram para formar um amplo debate em torno das diretrizes, dispositivos da PNH e avaliação do processo em andamento no Hospital visando a implementação de novas ações que aprimorem as práticas de atenção e gestão. 
A programação constou da realização de palestras, socialização de experiências, oficinas com foco nos dispositivos da PNH: Saúde de Trabalhador, Acolhimento em Saúde, Ambiência, Carta dos Direitos dos Usuários da Saúde e Ouvidoria; da temática do Acolhimento da Morte, rodas de conversa com o gestor, trabalhos em pequenos grupos, e homenagem a um voluntário médico. Foram propiciados momentos de descontração com dinâmicas vitalizadoras por Soraya Pessoa e Beatriz, Psicólogas que integram o Comitê Estadual de Humanização. Na reflexão de cada dispositivo, ocorreu a problematização das situações cotidianas na implementação das ações, tendo sido levantados os avanços e as dificuldades que o coletivo tem experimentado. Destaque ocorreu para a necessidade de garantir o respeito aos direitos dos usuários em todo o hospital.
            O “Acolhimento” da Morte, tema refletido neste encontro comemorativo dos 5 anos do HILP, teve a participação de Erasmo Miessa Ruiz que proferiu palestra e Annatália Gomes, que participou na roda de conversa com os profissionais sobre o tema. Muitas questões foram levantadas em torno da forma de acolhida, da ética e bioética no morrer, de como dar a notícia da morte do paciente aos familiares, como lidar com a morte de uma criança no ambiente do hospital em relação aos outros coleguinhas etc.
 
 
            A roda de discussão realizada com o Diretor Geral, Dr. Macedo e o conjunto de trabalhadores do Hospital, focou a importância do compartilhamento da gestão, sendo pontuadas pelos trabalhadores a necessidade da criação de espaços para escuta e democratização do poder. 
            A outorga do titulo – Amigo do Hospital ao Dr. Noronha Vieira,  feita por um paciente, foi momento de grande emoção para todos. Este título foi criado quando da realização da III Semana de Humanização deste Hospital, por sugestão do GTH, para homenagear pessoas, grupos ou entidades que, na condição de voluntários, tenham prestados relevantes e reconhecidos serviços a comunidade hospitalar. Dr. Noronha fez neste ano, 58 anos de medicina dedicado ao atendimento pediátrico. Embora aposentado como professor da Universidade Federal e como médico do Estado, continua trabalhando como voluntário no HILP. É um exemplo a ser seguido, pela forma ética e humana como cuida dos seus pacientes e se relaciona com as pessoas.
            No final, um grupo de adolescentes que fazem trabalhos com as crianças em hospitais, formada inclusive por pacientes de hospitais, apresentou uma peça teatral sobre a história da margarida que sentia frio e que precisava além dos cuidados convencionais, de calor humano. A música composta pela Assistente Social e Apoiadora da PNH, Emília Alves de Sousa e executada por dois músicos mobilizou a todos no sentimento de pertencimento e solidariedade.
Algumas falas dos participantes ilustram a importância do encontro para suas vidas e para o trabalho em saúde:
 
            “O que foi mostrado e discutido nesses dias me fizerem aprender um pouco sobre o meus deveres e direitos e como tratar os usuários. Me senti em casa, à vontade”.
                        
            “Foi maravilhosa a oportunidade de coletivamente, pensar, expressar idéias e planejar o processo do cuidado no hospital”.
 
            
Texto elaborado por: Annatália Gomes e Emília Alves de Sousa