Hospital Geral de Fortaleza implementa o processo de acolhimento

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“Você vê as coisas que existem e pergunta: Por que?
Eu sonho com as coisas que nunca existiram e digo: Por que não?"

O acolhimento vem sendo discutido pela equipe do Hospital Geral de Fortaleza que durante o ano de 2008, realizou várias rodas, reuniões, oficinas e encontros incluindo contatos com a Secretaria Municipal de Saúde e visita ao Hospital Odilon Behens, em Belo Horizonte.

O movimento tem se aquecido pelo resgate do GTH da instituição, participação da Diretora Geral e outros gestores e de grupos que se formam para trabalhar os processos de trabalho, discutir as questões do cotidiano e encaminhar soluções.

No dia 9, já no inicio de janeiro começarão as rodas com os profissionais da emergência para discussão do acolhimento e da classificação de risco. Ao mesmo tempo, os trabalhadores participação de oficinas que tratarão do SUS, da PNH, do seu papel na equipe, atribuições e funções, da organização do serviço, do acolhimento e da classificação de risco, por meio de metodologia participativa e interativa.   Muitos desafios atravessam esta realidade como a precarização do trabalhador, com grande maioria de vínculo cooperativado, a baixa resolutividade na atenção básica/atitude da população de buscar primeiramente o hospital quando adoece, desorganização dos fluxos e processos de trabalho, somente para citar alguns. Tantos obstáculos que encontramos nos põem a pensar: haverá saída? É quando olhamos para o tamanho da dificuldade, das iniqüidades no atendimento, que enxergamos também as possibilidades nas pessoas e nos coletivos que se põem a pensar o Hospital, a defender o SUS, a buscar resquícios de esperanças e se erguem, encontrando em nós do HumanizaSUS um apoio na busca de transformar essa realidade em prol de uma saúde digna e humanizada.   Os caminhos vamos trilhando, mais nas incertezas e des-construções do que com um mapa traçado que nos conduz a um lugar fixo. Buscamos re-inventar a nós mesmos e as realidades, refletindo os processos e se auto-analisando, compartilhando, abrindo-se ao novo, produzindo estranhamentos…deixando a vida pulsar e gerando junto com todos os outros, novas formas de olhar e fazer atenção e gestão em saúde.     Annatália Gomes    
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