COLEGIADO GESTOR – Um desafio tamanho do HGV

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                  Nas suas sete décadas de existência o Hospital Getúlio Vargas teve como modelo de gestão predominante “(…) o poder centralizador, com enfoque no trabalho individual, no qual a burocracia é freqüente e a comunicação é precária, todos os problemas são vistos pela direção como causados pelos trabalhadores. Já na visão dos trabalhadores, são relacionados às falhas da direção” (Torres 2009). Com a descentralização do poder, ou seja, com um colegiado gestor atuando efetivamente, os processos de trabalho serão pautados na co-análise, na co-decisão e na co-avaliação.
                       Parece-nos, num primeiro olhar, um obstáculo intransponível, quando se considera um corpo de trabalhadores que se somam pra mais de dois mil , e na sua maioria com uma cultura e processos de trabalho pautados no clientelismo, no individualismo, onde o usuário é visto como uma enfermidade e não como sujeito, onde é lugar comum o doente ser submetido a um procedimento, cirúrgico por exemplo, sem antes ter sido visto pelo profissional responsável pelo ato. E por aí vai!
                         Entretanto, há uma luz que se recusa a morrer, no fim do túnel! E ai no meio de tantos, uns bravamente continuam sonhando, embalados pelo canto que encanta dos princípios e diretrizes da PNH/HUMANIZASUS que nos afirma que integrar-se a gestão participativa torna usuários, trabalhadores e gestores protagonistas na implementação das diretrizes que garantem uma atenção integral, resolutiva e humanizada para a saúde de todos e a realização dos trabalhadores.