O ambiente físico hospitalar e nossas reações emocionais – Sobre a enfermaria de Urologia Pediátrica do HCFMUSP

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Na semana passada, a Clínica de Urologia do Hospital das Clínicas da Faculdade de Medicina da USP inaugurou sua unidade de internação pediátrica depois da reforma realizada com recursos provenientes de doações da iniciativa privada.

A equipe do Núcleo Técnico de Humanização visitou a enfermaria e não pode deixar de contar a você, leitor, nossas impressões.

O projeto arquitetônico da reforma da Unidade como um todo (enfermaria masculina, feminina e pediátrica) revela claramente a proposta de favorecer a ambiência e a humanização além do atendimento técnico qualificado – quartos equipados com pressão negativa do ar para assistência dos pacientes com doenças contagiosas por vias respiratórias, equipamentos de tecnologia de informação, banco de dados para pesquisa e assistência e instrumentos para ensino à distância, sala equipada com simulador virtual de cirurgia robótica para treinamento dos residentes.

Mas, a enfermaria pediátrica é uma experiência a parte…

Já na sua entrada nos sentimos capturados pelo ambiente que invade os olhos de beleza e provoca sentimentos mágicos!

São alguns metros quadrados de encantamento e surpresas, como um navio pirata com canhão, timão e mastros, do jeito que deve ser um verdadeiro navio pirata de brincadeira, instalado na varanda da enfermaria, cujo teto, azul e repleto de estrelas, faz a gente se sentir criança outra vez.

Há também uma Casa do Tarzan que vai dar em um escorregador e escada – e temos de admitir que a equipe toda sentiu vontade de brincar nesse escorregador! Um aquário, bancadas para leitura, computadores, jogos, e aparelho de TV LED.

Com o tema selva, bichos e plantas, todas as paredes têm imagens de animais pintadas à mão feitas com incrível capricho e criatividade, como você pode ver nas fotos.

Cada quarto tem como tema um dos cinco continentes: Europa, Ásia, África, América e Oceania. Não se assuste, mas na África você vai encontrar uma imensa girafa estampada na porta, e ao entrar no quarto vai se deparar com animais selvagens… Nas paredes.

Foi uma visita breve, mas a sensação de estarmos mais próximos a um mundo de imaginação de criança permaneceu.

Ficar doente e ser internado não costuma ser uma experiência qualquer. Considerando-se que a infância é um momento bastante delicado na constituição física e psíquica de uma pessoa, fazer com que tal experiência deixe marcas de uma prática médica sensível à vida anímica pode começar a mostrar às crianças que o hospital não é um lugar de castigo, mas de cuidado.

Para finalizar, não poderíamos deixar de agradecer à enfermeira Maria de Lourdes, que nos acompanhou atenciosamente durante toda a visita ao local, e ao chipanzé que, em um dos quartos passeou ao meu lado, como vocês podem ver na foto.

Por: Izabel Cristina Rios e Pedro Resende
 

Fontes: Assessoria de Imprensa – CCI do Instituto Central do Hospital das Clínicas – Bete Subires
Jornal HC Online, n. 325, e NTH