Oficinas de Implantação dos Protocolos de Acolhimento com Classificação de Risco, pediatria e adulto, em Fortaleza

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O município de Fortaleza, desde 2006, vem trabalhando com seus 9 (nove) hospitais públicos municipais para implementar o Acolhimento com Classificação de Risco – ACCR e outros dispositivos da Política Nacional de Humanização (PNH). Neste processo, produziu-se em 2007 um protocolo de Acolhimento com Classificação de Risco para pediatria e fizeram-se pequenas adaptações ao protocolo de adultos utilizado pelo Hospital Odilon Behrens, de Belo Horizonte-MG.
  

Para implantar os protocolos na rede hospitalar de urgência do município, foi realizada uma oficina (18 a 20/05/09), que contou com a participação de 45 trabalhadores (enfermeiros e assistentes sociais) dos hospitais municipais, estaduais e região metropolitana.
 

Este processo vem sendo construído com muitas discussões, rodas de conversa, estudos, trocas de experiências entre os hospitais de Fortaleza e com outros municípios, movimentos disparados em cada um dos serviços visando ampliar a conversação entre os profissionais, melhorar a ambiência, melhorar o padrão de acolhida aos usuários e suas famílias/ redes sociais e qualificar a atenção prestada nas portas de urgência.  
 

A implantação dos protocolos unificados em todos os serviços hospitalares, incluindo os hospitais estaduais na roda, aponta novas possibilidades de continuar qualificando a atenção e gestão nestes serviços, que ainda tem muitos obstáculos a serem enfrentados.  Um outro desafio colocado é implantar o mesmo protocolo para a classificação das urgências na Atenção Básica, mesmo compreendendo que as unidades básicas de saúde tem especificidades distintas e tem que adotar outros critérios para análise de vulnerabilidade e risco.
 

Para a validação do protocolo, uma questão bastante discutida na oficina, o documento será encaminhado a diversos órgãos como o Ministério da Saúde/PNH, Secretarias e Conselhos Municipal e Estadual de Saúde, entidades de classe de médicos, enfermeiros e assistentes sociais, Universidades e Ministério Público, no sentido de ampliar a discussão e obter a efetiva aprovação.      

 

Simultaneamente, a roda dos hospitais municipais se abre para constituir um Fórum que inclui os outros hospitais públicos estaduais e de municípios vizinhos para juntos potencializarem os movimentos da Humanização.

 

Ainda como encaminhamento da oficina, ficou acordado um novo encontro onde os serviços irão compartilhar suas experiências na aplicação dos Protocolos e apontar possíveis revisões, como também serão realizadas visitas de apoio institucional aos hospitais.
 

Lembramos também que a dimensão subjetiva do grau de urgência contido dentro da história de vida de cada paciente que procura as emergências dos hospitais públicos não se faz possível especificar na escrita de um protocolo. Portanto, na implantação destes devemos buscar articulações com outros dispositivos da PNH para que com o tempo a dimensão biológica exclusiva não predomine.
 

    Nesta perspectiva, ressaltamos que os Protocolos de Acolhimento com Classificação de Risco dos Hospitais de Urgência do Município de Fortaleza, adulto e pediatria, são o produto do trabalho coletivo de profissionais de saúde envolvidos e comprometidos com o processo de humanização da atenção e da gestão, contribuindo com o fortalecimento do Sistema Único de Saúde/SUS.

 

Para Baixar os protocolos para seu computador acesse:

redehumanizasus.net/node/6456

 

 

Adriana Lopes Lima Melo
Alciléia Leite de Carvalho
Erasmo Miessa Ruiz
Fátima Lúcia Ramos Batista
Francisca Elisângela Teixeira Lima
Ineida Maria Coelho Sales
Luciana Mesquita Abreu
Lucyla Paes Landim
Maria do Carmo Bezerra Martins
 Maria Elenice Silveira e Silva
Messias Simões Neto
Teresa de Jesus Martins